Entre Quadro Paredes (B.A. Paris)

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Ficha Técnica:
Título Original: Behind Closed Doors
Autora: B.A. Paris
Tradução: Roberto Muggiati
País de Origem: Inglaterra
Editora: Record
Número de Páginas: 266
Ano de Publicação: 2017
ISBN-13: 9788501109606

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do primeiro livro lido em 2018 e foi Entre Quadro Paredes (B.A. Paris). Houve um burburinho grande quando este livro foi lançado e as primeiras críticas apareceram. Todos elogiaram bastante e claro, fiquei curiosa pra conhecer esta trama.

O livro nos traz a Grace, uma mulher sofisticada e bonita, casada com Jack, um advogado extremamente competente e que trata Grace como uma rainha. Ela tem uma irmã mais nova, a Millie, que tem Síndrome de Down e Jack é igualmente atencioso com a cunhada, inclusive, o que fez Grace se apaixonar por Jack foi o cuidado que ele teve com a irmã assim que se conheceram. Porém a vida de Grace é muito estranha aos olhos dos amigos do casal. Ela é praticamente a esposa perfeita e o casamento deles é a prova de contendas. Eles se adoram e nunca brigaram. Mas claro que isso é apenas a fachada porque na verdade, Grace vive uma relação extremamente abusiva.

O livro intercala duas linhas narrativas entre passado e presente e conhecemos a forma como Grace e Jack se aproximaram e como é a vida deles é no presente. Pouco a pouco conhecemos a mente doentia de Jack e o livro irá se desenvolver em Grace conseguir fugir da armadilha que ele construiu pra prendê-la, tendo como Millie o ponto fraco de Grace.

Eu tinha ouvido falar que Jack era um marido com uma mente perturbada, mas não estava pronta para o tipo de doença psicótica que ele tinha e quando a história se revelou para mim e entendi que tipo de violência ele executava, fiquei horrorizada. Jack é frio, violento e sagaz. E claro, todas as páginas lidas foram regadas a muita torcida para que Grace se livrasse deste maluco.

A escrita é muito fluida e as páginas ganham velocidade na medida em que você quer descobrir como Grace se livrará daquele homem. Ao mesmo tempo, a leitura é desconfortável porque a descrição é eficiente em fazer com que o leitor imagine todas as cenas vividas pelos personagens.

Eu gostei bastante do livro e algumas abordagens foram muito inteligentes, como explorar a esperteza de uma pessoa com Síndrome de Dom. O livro também desenvolve uma linha de reflexão interessante sobre o medo, que passa a ser o fio condutor de toda a trama e ao mesmo tempo em que você questiona os limites deste sentimento, não imagina sentir outra coisa se estivesse naquela situação.

Enfim, foi um livro que me agradou em relação à consistência da história, mas que gerou um incômodo constante em função do tema principal. Para quem gosta de livros com suspense e violência, é um prato cheio. Mas não se engane, aqui não teremos a violência tradicional, mas sim a psicológica, que em minha opinião, é muito mais intensa.

Eu gostei bastante.


Um pouco sobre a autora: B.A. PARIS, de ascendência franco-irlandesa, nasceu em 1958 e cresceu na Inglaterra. Foi viver na França, onde trabalhou durante alguns anos num banco internacional, até se formar como professora e fundar uma escola de línguas com o marido. Behind Closed Doors é o seu primeiro romance, que teve um excelente acolhimento por parte da crítica literária e um retumbante sucesso mundial, com mais de um milhão de exemplares vendidos. A sua publicação está assegurada em mais de 35 países e teve os direitos vendidos para o cinema. B.A. Paris vive na França com o marido e as cinco filhas.
Comentários
11 Comentários

11 comentários :

  1. Oi Ivi!

    Tudo bem? Eu raramente leio livros de suspense porque eles me incomodam mais do que qualquer coisa. Fico paranoica de verdade com certos livros e filmes do gênero.

    O que mais me chamou atenção foram as duas linhas de narrativas no passado e no presente. Livros assim costumam me prender bastante.

    Acho que assim como você ficaria um pouco incomodada por causa do tema abordado, uma história com um relacionamento destrutivo não é exatamente o tipo de leitura que estou procurando no momento.

    Beijinhos
    www.paraisoliterario.com

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  2. Eita!
    Já fiquei na vontade de ler e curiosíssima pra conhecer melhor o Jack com certeza. Sua resenha mexeu bem naquela curiosidade de como será mesmo esse homem, como ele haje com a esposa e de que forma se dar essa violência.
    Sim, violência psicologia é terrível e em livros me deixam na maior aflição.
    Curiosa também para saber como a personagem Down rehage a tudo isso na trama.

    Bjs,
    Garotas de Papel

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  3. Ei Ivi! Toda vez que eu leio resenha sobre esse livro é uma vontade que bate de ler que só por deus, irmão! Eu sou fã assumida de suspense e thrillers psicológicos, fico pensando num mundo de situações e bizarrices que o Jack faz com a mente doente dele. E como você disse, a gente fica aflita pra saber como Grace vai sair dessa furada e mais, como a irmã especial também está envolvida, a aflição fica maior!
    Mais um pra minha lista interminável de leituras!
    Adorei a resenha!
    Bjoxx ♥ ~Aline~

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  4. Oi, Ivi!
    Tramas que incomodam não são as que eu mais gosto, mas vejo umagrande necessidade em sua existência porque de uma forma ou de outra elas podem levar os leitores a refleterem não só sobre sua prórpia vida, mas sobre a vida das pessoas que os cercam, além de possibilitar que percebamos que exitem pessoas perto de nós nas mesmas situações que os personagens retratados. A violênica doméstica em especial é uma das que mais devem ser mostradas para que as pessoas consigam mesmo fugir e parar de sentir medo. Pelo o que você disse, a narrativa me pareceu realmente muito inteligente e bem construída, então coloquei na minha lista para esse ano para descobrir como e se Grace foge :)
    Beijos!

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  5. Eu adorei a resenha e fiquei bastante interessado no enredo. A violência psicológica é tão grave ou pior que a violência física. O livro, com certeza está em minha lista de leitura. Obrigado por compartilhar com a gente. Eu não conhecia o livro.


    *☆* Atraentemente *☆*

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  6. Olá...
    Adorei sua resenha!
    Já li muitos comentários bons sobre essa obra e a cada resenha que leio essa vontade aumenta! Amei conferir suas impressões e achei a premissa muito interessante!
    Bjo

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  7. Hey!

    Não conhecia o livro, mas fiquei em conhecê-lo aqui. Gosto de suspense mas não gosto muito de violência. Sua resenha, no entanto, me deixou bem curiosa sobre a obra. Vou pesquisar mais sobre.
    Beijos

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  8. Olá Ivi!!!
    Eu li uma outra resenha sobre esse livro e sim como você disse ele não tem uma violência física mas sim psicológica, e sim esses são os mais difíceis de ler porque acaba mexendo com nossa mente também.
    Eu gosto da temática abordada, mas teria que preparar meu psicológico antes de ler o livro.

    lereliterario.blogspot.com

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  9. Oláá´!
    Eu já tinha lido uma resenha do livro e a leitora apontou os mesmos pontos que você. Então creio que eu não teria estomago para ler o livro, já que ambas colocaram que a violência vivenciada é muito forte.
    Estou me interessando cada vez mais por suspenses, mas vou começar com os mais leves para depois, se eu conseguir, ter a mente invadida por Jacks e outros.

    Vícios e Literatura

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  10. Olá, Ivi! Desde o lançamento deste livro me vejo ansiosa para o ler, mas sempre fico enrolando sobre o comprar, rs. Mas após ler a sua resenha acho que vou o adquirir em breve sim! Assim, como você acho que me incomodaria um pouco, porém quero me abrir para novos gêneros e essa é uma boa oportunidade para mergulhar no mundo do suspense. Beijis!

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  11. Olá!
    Eu ainda não conhecia essa obra, acredita? Mas achei a premissa muito interessante e também o fato de explorarem essa inteligência das pessoas com Síndrome de Down. Acho que nunca vi uma obra que fizesse isso.
    Beijos.

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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