Manda na minha Estante #09 Gayle Forman

segunda-feira, 4 de maio de 2020


Oi gente que ama livros, hoje é dia da coluna Manda na Minha Estante, que consiste em compartilhar o meu amor por alguns autores com vocês. A autora do mês é a maravilhosa Gayle Forman. Gayle Forman nasceu nos Estados Unidos e se formou em jornalismo. Escreveu muitos artigos para várias revistas e seu primeiro livro foi publicado em 2007.

Qual o primeiro livro dela que você leu? Foi Se Eu Ficar. O livro nos traz a Mia, uma jovem de 17 anos que tem uma vida ótima. Não é rica, mas nunca passou necessidades. Tem pais presentes e amorosos, um irmão caçula esperto e cheio de carinho por ela, uma melhor amiga exemplar, sabe rir das suas conquistas e chorar com seus problemas e para finalizar, um namorado fofo, interessante e apaixonado por ela. Porém, uma tragédia acontece com Mia: ela e a família decidem fazer um passeio em uma manhã fria, com neve e um acidente de carro violento interrompe essa jornada feliz de vida. Mia então se vê fora do seu próprio corpo, assiste ser socorrida pelos bombeiros e vê os pais falecerem junto com o irmão. Como expectadora, Mia acompanha todos os procedimentos feitos enquanto é levada para o hospital e quando chega lá, acompanha cada visita, cada pessoa que está torcendo para que ela sobreviva. Enquanto várias coisas precisam ser feitas para que Mia não morra, uma enfermeira explica que ela só vai viver se ela quiser, ou seja, só vai ficar viva se ela própria decidir isso e a partir daí, entendemos o nome do livro.

Qual o último livro dela que você leu? Foi Eu Perdi o Rumo. O livro nos traz três protagonistas: Freya, Harun e Nathaniel que de forma alternada contam suas histórias a cada capítulo até se encontrarem por acaso no Central Park em Nova York. Os três estão vivendo momentos complicadíssimos e tentando encontrar novos caminhos para recuperar o rumo das suas próprias vidas. Freya perdeu a voz em meio às gravações de seu álbum de estreia, colocando em risco tudo o que construiu para sua carreira nos últimos anos. Harun não sabe o que fazer após o término com seu namorado, especialmente porque sua família não imagina — e não pode nem suspeitar — que ele seja gay e Nathaniel chega a Nova York com o objetivo de colocar um plano em prática. Até que uma situação um pouco absurda reúne os três e pouco a pouco dá contornos aos rumos que nenhum deles conseguia enxergar com clareza. Toda a história se passa em apenas um dia, mas os acontecimentos são tão intensos que sentimos acompanhar a vida dos protagonistas por muito mais tempo. A forma como a autora desenvolveu a narrativa do livro foi uma das coisas que eu mais gostei: a cada capítulo conhecemos um pouco mais de cada um deles e por vezes, a própria autora nos traz em terceira pessoa uma visão externa da chuva de acontecimentos que acompanhamos. Essa forma de escrever trouxe um dinamismo excelente para o enredo que fez com que eu mergulhasse na trama e me deixou presa a trajetória dos personagens.

Um livro dela que não pode deixar de ler esse ano? Não há nenhum lançamento previsto para esse ano e por isso  acredito que 2020 será sem a leitura de um livro da Gayle Forman.

Hora do hype: um livro superestimado dela: É Quando eu Parti. Esse livro chegou as livrarias com a promessa que era o livro adulto da autora e isso causou um certo burburinho, que não me convenceu tanto assim. O livro nos traz a Maribeth, uma mulher com quarenta e poucos anos, inserida em uma rotina muito tensa e estressante: ela é editora de uma revista famosa, mãe de gêmeos pequenos e casada com Jason. A loucura do dia a dia de Maribeth, com compromissos no trabalho e muitas atividades com as crianças, propiciam um infarto e como se não fosse o suficiente, ela é submetida a duas pontes de safena. Maribeth causa um grande susto no marido, que em função do repouso que ela deve fazer por causa da cirurgia cardíaca, precisa assumir sozinho a direção da casa e se atrapalha com tantas coisas por executar. Ele até chama a sogra para ajudá-lo, mas a mãe de Maribeth atrapalha mais que ajuda. Preocupada com a sua saúde e no limite do estresse, Maribeth decide ir embora. Coloca algumas trocas de roupa na mala, saca uma boa quantidade de dinheiro, vai para a estação de trem, compra uma passagem para Pittsburgh e simplesmente desliga o celular e não verifica mais seus e-mails. Acontece que a escolha do destino, embora tenha sido feita em um momento de surto, tem uma motivação: Maribeth é adotada e quer descobrir quem é a sua mãe biológica, se sua cardiopatia que é genética e seus filhos também podem vir a sofrer com isso. O livro se desenvolve neste exílio e na busca de Maribeth por descobrir em que circunstâncias  foi concebida e abandonada pela mãe. O processo de busca de Maribeth nos apresenta outros personagens importantes para o enredo. Durante seu tempo na nova cidade, ela precisa fazer consultas com um cardiologista para saber se a cirurgia deu certo e então conhece o Dr. Grant. Ela aluga um apartamento e faz amizade com jovens universitários, Sunita e Todd e claro, a pessoa responsável pela investigação da sua adoção, Janice, se tornará uma amiga querida.

Os queridinhos: qual seu top 3 dela?
    • Se Eu Ficar
    • Pra Onde Ela Foi
    • Eu Estive Aqui    ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Sem fôlego: um livro dela que te surpreendeu? Foi o livro Eu Estive Aqui. O livro nos traz a Cody, uma moça pobre que mora no interior dos Estados Unidos e que acabou de receber a notícia que sua melhor amiga da vida inteira (Meg) morreu. Meg cometeu suicídio e o fez de forma planejada, tanto que escreveu um e-mail para a família e para Cody e programou o envio deste e-mail para quando ela já estivesse morta. Cody recebe a notícia e além de profundamente triste, ela fica chocada, pois de todas as pessoas que ela poderia esperar este tipo de atitude, Meg era a última que faria isto. A família de Meg pede para que Cody vá até a república onde a filha morava e recolha seus pertences e ela descobre um monte de coisas que não sabia sobre Meg quando atende ao pedido da família. Conhece os amigos que Meg fez enquanto estava na faculdade e entre eles, está Ben que não era exatamente um amigo, mas um flerte dela. Meg e Ben ficaram juntos, foi um lance casual, porém Cody descobre que ela enviou muitos e-mails para ele, que a ignorou. Além disso, Cody começa a alimentar a possibilidade que talvez Meg não tenha feito tudo sozinha e que de uma forma sinistra, alguém a tenha estimulado a tirar sua própria vida. Decidida a desvendar este mistério, querendo encontrar um culpado para o que Meg fez, Cody mergulha numa fixação em refazer os últimos passos dela. 

Não, não acaba: qual livro dela você queria uma continuação? Eu queria um conto ou uma continuação de O Que Há de Estranho em Mim. O livro nos traz a Brit, uma adolescente de 16 anos vivendo um momento muito crítico da sua vida. Ela foi feliz por grande parte da infância, até sua mãe começar a manifestar os sintomas de esquizofrenia e sumir. Quando a mãe começou a adoecer, o pai de Brit se recusou a interná-la porque acreditava que ela melhoraria, mas ela fugiu e a vida precisou seguir. Seguiu ao ponto do pai de Brit casar-se novamente. A madrasta de Brit não é uma pessoa que a menina admire muito e depois que o meio irmão nasceu, as coisas ficaram mais complicadas. Além destas dificuldades dentro de casa, Brit descobriu o seu talento na música e passou a tocar em uma banda de rock, o que resultou em tatuagens, cabelo rosa e o pai decidiu interná-la em uma instituição para curar a filha da rebeldia. É assim que Brit chega a Red Rock, clínica com internas com diversos problemas e lá faz amizades depois de uma certa resistência inicial. O livro se desenvolve em Brit entrar no sistema da clínica e claro, tentar fugir dela, porque na verdade, a Red Rock é uma grande fraude: os profissionais não são formados para trabalharem lá, as terapias são abusivas, os cuidados muito negligentes e Brit decide que aquilo deve acabar, não somente para ela, mas para todas. Somado às amigas, Cassie, V, Martha e Bebe, desenvolverão um plano para que a Red Rock seja fechada.

Qual seu personagem favorito dela? É o Nathaniel do livro Eu Perdi o Rumo

Qual a capa mais bonita de um livro dela publicado no Brasil? É a do  Eu Perdi o Rumo.

Enfim, pude esmiuçar um pouquinho da obra maravilhosa desta autora. Se você nunca leu nada dela, comece agora porque sem dúvida, é uma autora que merece a atenção e o amor de todos os leitores.

Beijos
Comentários
5 Comentários

5 comentários :

  1. O únicos livros que gosto da Gayle é Perdi o Rumo e O que ha de estranho em mim, acho eles ótimos

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  2. Que lindo seu amor pela autora! Já não posso dizer o mesmo, nunca tive um contato com ela, apenas assisti a adaptação, porém também tenho 2 livros dela, tenho curiosidade... Eu perdi o rumo é o que mais me chama atenção

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  3. Olá Ivi!!!
    Dos livros da autora eu tenho "Se Eu Ficar" e "Para Onde Ela Foi", pois quando terminei o livro fiquei louca pela continuação e acabei ganhando o mesmo de aniversário e eis que são apenas esses livros da autora que tenho na minha estante.
    Apesar de ouvir muito bem dos outros livros da autora minha curiosidade é grande pelo livro dela "Eu estive aqui".
    Adorei saber mais sobre uma autora que domina sua estante.

    lereliterario.blogspot.com

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  4. Oiii,

    Eu adorei a coluna! É bem interessante, mas não sei dizer assim de uma vez quem manda na minha estante kkkkkk Eu acho que a J.Ward, porque eu tenho quase todos os livros de Irmandade da Adaga Negra, então acho que talvez seja ela kkkkk Mas Julia Quinn é uma autora que eu tenho várias séries kkkkkk. Eu tenho alguns livros da Gayle Forman, mas li nenhum deles ainda kkkkk.

    Beijinhos...
    http://www.equipenerd.com.br/

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  5. Ooi,
    Não li nada da autora, só vi o filme e chorei um monte! hahah Adorei a coluna, acho que tenho alguns autores que 'mandam na minha estante' também! Foi legal conhecer melhor suas impressões da autora, fiquei com vontade de conhecer a escrita da autora.

    beijos!

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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