Oi gente que ama livros, hoje venho com mais um post da coluna Séries do Meu Coração e compartilharei com vocês meu amor por mais uma série apaixonante.
Após ler o livro de mesmo nome da autora Liany Moriaty, eu fiquei muito empolgada em conferir como aquela história ficaria na TV, mas confesso que demorei bastante para começar a ver a série.
O ponto central da trama é a vida de três mulheres: Madeline, Celeste e Jane, que vivem conflitos por conta de relacionamentos, da criação dos filhos e das fofocas e comentários da pequena cidade de Monterrey, na Califórnia. O que se sabe logo no começo é que houve um assassinato e todas as “pessoas de bem” do local são potenciais suspeitas.
Tudo isso é mostrado de forma não linear, com os investigadores colhendo depoimentos para saber o que aconteceu, enquanto vemos cenas das vidas dos personagens antes do incidente. Tal técnica contribui para o aumento da expectativa do público, que é levado a procurar pistas do que e com quem aconteceu em todos os episódios.
Porém, todas as pequenas intrigas são apenas a superfície da atração, que mostrou uma discussão muito mais profunda: a violência doméstica e o quanto isso afeta uma casa. Se no início a série parecia ter a Madeline como personagem principal, o final mostrou que a história não era de uma Abelha Rainha rodeada de suas amigas e sim mulheres afetadas de modo terrível pela violência de um homem que se uniram e conseguiram sobreviver a isso.
O personagem central da violência é Perry, vivido muito bem por Alexander Skarsgard. Com poucos diálogos, o ator expressa agressividade principalmente pelo olhar e pela movimentação do corpo. Shailene Woodley também se destaca, com o drama pessoal da origem e criação de seu filho Ziggy. Quem a conhece apenas pela saga Divergente pode esquecer a garota da franquia adolescente e esperar por uma jovem atriz madura, que entende muito bem o drama de sua personagem e se entrega de verdade ao papel.
Diferente de outras produções, Big Little Lies teve seus sete episódios dirigidos por Jean-Marc Vallée, conhecido por filmes como Clube de Compras Dallas e Livre, que confere um ar delicado e importante às cenas dramáticas. Todo o movimento de câmera é em prol dos personagens e esse detalhe fica mais evidente no último episódio, que utiliza o recurso principalmente em uma festa beneficente e na sequência final.
A atração termina deixando o público novamente com algumas dúvidas, principalmente das consequências do clímax, mas reitera a força das protagonistas que superam os traumas por si mesmas e também através de seus filhos, usados de forma delicada como a imagem do futuro daquelas famílias. Big Little Lies mostra com competência como uma atração pode ser dinâmica, misteriosa e madura.
A segunda temporada tem como objetivo responder as questões levantadas no desfecho do último episódio e ainda que a qualidade seja inferior da primeira temporada, ainda assim, é uma série excelente.
A primeira temporada é extremamente fiel ao livro, o que sempre é um ponto positivo para os leitores.
Super indico.
Trailer Oficial:
Mês que vem trago mais séries do meu coração.
Beijos