SÉRIES DO MEU CORAÇÃO #72 Dear Edward

segunda-feira, 17 de abril de 2023


Oi gente que ama livros, hoje venho com mais um post da coluna Séries do Meu Coração e compartilharei com vocês meu amor por mais uma série apaixonante.

A série do mês é Dear Edward.

Depois do sucesso estrondoso de This Is Us era natural que outras séries tentassem replicar a fórmula do dramalhão familiar para comover e conquistar o público. Dear Edward, disponível no Apple TV+, se distancia dos outros “clones” ao usar uma tragédia como ponto de partida para contar uma história sobre esperança e a importância de se conectar a outras pessoas –sem deixar de lado os momentos emotivos ou um necessário senso de humor.

Baseada no livro de Ann Napolitano, Dear Edward foi adaptada para a TV por Jason Katims, mente por trás de Friday Night Lights e Parenthood. Nas duas séries anteriores, o roteirista construiu sua trama em cima de coletivos – respectivamente, o time de futebol americano Dillon Panthers e a família Braverman. Em Dear Edward, a história mais uma vez gira em torno de um grupo, de apoio para enlutados.

Dear Edward é sobre uma tragédia de avião. Um voo lotado de Nova York para Los Angeles sofre uma pane e o acidente tem um único sobrevivente: o menino Edward, de apenas 12 anos. Ao longo do primeiro episódio, o público é apresentado a cada um dos passageiros, apenas para que sejam retirados de cena em um só golpe. Depois, a série explora como os familiares lidam com o luto. 


De uma só vez, Edward perde a mãe, o pai e o irmão mais velho. Ele vai morar com a tia, Lacey, uma mulher que sonhava com a maternidade há tempos, mas precisou abrir mão do desejo depois de gastar uma fortuna com tratamentos de fertilidade e sofrer vários abortos. A tragédia lhe rouba sua irmã mais velha, mas ao mesmo tempo lhe entrega, por linhas tortas, o filho que sempre quis.


Claro que nem tudo é tão simples: o “milagre” da sobrevivência transforma Edward em uma celebridade e a atenção da imprensa e dos vizinhos dificulta um processo de luto que já seria naturalmente complicado para uma criança e também para Lacey, que apesar do desejo intenso de ter um filho, não conta com o menor instinto maternal.


Outro eixo condutor da história é Dee Dee, uma dondoca cuja maior preocupação é escolher em qual loja chique da Quinta Avenida de Nova York usará o cartão de crédito Black do marido. Porém, ele morre no acidente de avião e a tragédia abre uma caixinha de Pandora para a qual Dee Dee não está preparada.

Há também Adriana, que decide pedir demissão de seu emprego no gabinete de uma deputada veterana por não aguentar mais os bastidores da política, mas se vê envolvida ainda mais nesse cenário depois do acidente que causa a morte de sua avó.

Linda, grávida de quatro meses, sem a menor condição de cuidar de uma criança enquanto lida com a perda trágica do namorado. 

Kojo precisa ir de Gana até Nova York para cuidar da sobrinha Becks, pois sua irmã e mãe da menina também estava no voo.


Todos os personagens principais de Dear Edward se reúnem em um grupo de apoio para enlutados. Suas histórias pessoais se entrelaçam e eles se tornam uma rede de apoio uns aos outros. A tragédia vira esperança e dá força para que sigam em frente, mostrando a importância de ter amigos e se relacionar. Uma lição tão necessária depois de dois anos de pandemia e de tanto tempo trancados em nossas casas.

O elenco parece ter sido escolhido a dedo. Connie Britton rouba a cena como Dee Dee. Anna Uzele e Idris Debrand realizam um bom trabalho com a história que receberam nos papéis de Adriana e Kojo. Por fim, Colin O’Brien no papel principal é uma revelação e faz com que o público sinta sua dor até em sua postura corporal – o jovem ator apresenta uma maturidade que vai muito além de sua pouca idade.

É uma série dramática, bem-feita e mesmo com muitos personagens, a produção faz com que você se preocupe com cada um deles.

Eu amei!

Trailer

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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