Nome
Original: El prisionero del cielo
Autor: Carlos
Ruiz Zafón
País de Origem: Espanha
País de Origem: Espanha
Tradução:
Eliana Aguiar
Número de Páginas: 249
Ano de Lançamento: 2012
Número de Páginas: 249
Ano de Lançamento: 2012
Como gostei de “A Sombra do Vento”,
me interessei pela continuação e fiquei bem surpresa ao ler a nota que diz que
as histórias na verdade são independentes, somente ligadas pelos personagens e
que podem ser lidas fora de ordem ou separadamente. Ainda assim, devo alertar
que o texto possui spoiler sobre “A Sombra do Vento”.
O livro é narrado em terceira pessoa
e dividido em quatro partes, com capítulos pequenos: a primeira se passa em
1957, ano em que a livraria do pai de Daniel Sempere passa por uma fase difícil.
Um desconhecido compra o livro “O conde de Montecristo” e escreve dedicatória misteriosa
a Fermín. Um bilhete encontrado por Daniel no bolso da esposa Bea gera
desconfiança e aumenta o clima tenso dessa parte, trazendo perguntas a serem respondidas
durante a história.
“ – Então me deixe ajudar. A dois, os problemas parecem menores”. – página 53.
A segunda parte se passa em 1939, na
qual Fermín relata seu passado a Daniel e de como conheceu pessoas como David
Martín, Sebastián Salgado e Mauricio Valls, sendo que o passado de Fermín pode
interferir inclusive na vida de Daniel. A terceira relata inclusive o encontro de Fermín e Daniel e a quarta parte tem momentos
divertidos como tensos, como quando Daniel encontra
respostas sobre o bilhete endereçado à esposa.
Como em “A sombra do vento”, o autor
enfatiza a importância da escrita e das palavras, além de destacar a questão de
confiança, amizade, reciprocidade e o valor de promessas feitas. Demonstra
também que aqueles que parecem perfeitos podem ter segredos obscuros e desejos
de vingança, mas acima de tudo, o livro destaca a capacidade de recomeçar e as
oportunidades de construir o próprio futuro.
“Às vezes, a pessoa se cansa de fugir – disse Fermín – O mundo é muito pequeno quando não se tem aonde ir”. – página 80.
Senti falta de detalhes sobre a
personagem Sofia (prima de Daniel) que aparece em uma situação específica e
depois não é mais citada, acredito que fatos sobre sua história ou maior
participação dela enriqueceria o livro. Como é característico do autor, há
várias descrições: sensações e reações, assim como a rotina de vida na prisão e
os planos de fuga dos presos. O esconderijo de uma chave foi descritivo até
demais, mesmo que fosse seja comum para a situação em que o dono da chave se
encontrava.
A quinta parte é bem parecida com o
início de A sombra do vento, mas o epílogo abre novas questões e uma nova
história a ser contada e esclarecida pela atitude inteligente e pelas palavras
de David Martín no livro “O jogo do anjo”, que certamente está na minha lista para leitura.
“O futuro não se deseja, se merece”. – página 96.
Um pouco sobre
o autor: Carlos Ruiz Zafón nasceu em 25 de
setembro de 1964 em Barcelona, cenário de seus romances A sombra do
vento e O jogo do anjo, mas vive desde 1993 em Los
Angeles, onde trabalha como roteirista. Nos anos 1990, escreveu a trilogia
infanto-juvenil composta pelo livro O príncipe da névoa (1993), O
palácio da meia-noite (1994), As luzes de setembro (1995)
e também Marina (1999). Lançado originalmente em 2001, A sombra do vento vendeu
mais de dez milhões de exemplares em todo o mundo. Seus livros publicados no Brasil
são:
- O Príncipe da Névoa
- O Palácio da Meia-Noite
- As Luzes de Setembro
- A Sombra do Vento
- O Jogo do Anjo
- O Prisioneiro do Céu
- Marina