Passarinha (Kathryn Erskine)

quinta-feira, 11 de junho de 2015


Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 29º livro lido em 2015 e foi PASSARINHA (Kathryn Erskine). Este livro já estava na minha estante a bastante tempo, mas nunca consegui encaixar a leitura dele. No último fim de semana, olhei pra ele, ele olhou pra mim e resolvemos resolver nossas pendências.
Ah. Perder é uma palavra estranha. Já olhou no Dicionário? Tem perder do tipo perder os óculos que é quando uma coisa desaparece. Tem perder do tipo perder o ônibus se você não se apressar porque tem que pisar em todas as rachaduras na calçada antes de chegar até ele. E tem perder querendo dizer que um parente morreu. Página 24
O livro nos traz a Caitlin, uma menina na faixa dos 10 anos portadora da Síndrome de Asperger. Caitlin está atravessando o pior momento de sua família: seu irmão Devon morreu e o seu mundo está sendo revirado. Caitlin é uma criança sistemática, não gosta que desrespeitem sua rotina, não tem amigos, não consegue olhar as pessoas nos olhos e muitas vezes era o Devon quem facilitava a vida dela quando o mundo se tornava insuportável para ela. O pai de Caitlin está enfrentando o seu luto da melhor maneira que pode: precisa dar atenção e amor a Caitlin e sente muita falta de Devon e em função disso, Caitlin passa a frequentar a sala da orientadora da escola, a sra. Brook e ela tentará ajudar Caitlin.

O livro se desenvolve em Caitlin tentar se ajustar. Ela sabe que é diferente das outras crianças e isso já é bastante desgastante para ela e somado a saudade do irmão, Caitlin tenta desenvolver empatia, fazer amigos e ajudar o pai a enfrentar a sua perda.

O livro é simplesmente maravilhoso. Narrado em primeira pessoa sob o ponto de vista da Caitlin, temos acesso ao mundo rico e organizado de uma criança com Asperger. Caitlin nos explica porque o mundo dela precisa ser assim e chega a ser divertido o modo como ela não consegue entender sarcasmo ou figuras de linguagem. O livro traz muita sensibilidade na construção das palavras e das situações e é incrível passear com a personagem pelas páginas e ver o esforço que ela faz para melhorar a vida das pessoas que estão ao seu redor.

O livro traz o tema da morte e da perda de uma maneira triste, mas completamente superável e através disso, a autora expressa a maneira inocente e verdadeira que uma criança sente, interage, se esforça e se revolta mediante as contingências da vida.

Lamento não ter lido o livro antes porque este é aquele tipo de livro que só agrega e que faz você desejar ser uma pessoa melhor. O livro é recheado de emoções e sentimentos e é impossível não perceber o amadurecimento dos personagens na jornada de Caitlin. Não é apenas ela quem consegue alcançar seu objetivo, mas ela acaba estimulando isso nas pessoas ao seu redor e é impressionante.

Adorei a leitura e acredito que é seja leitura obrigatória para todos aqueles que gostam de drama com superação, que apreciam uma narrativa original e bem construída e para quem arrisca em deixar sua zona de conforto e se entregar à uma história bonita do começo ao fim.

Super recomendo!
Corro e me escondo atrás de papai. E chupo as balas. São de hortelã. Eu preferia que fossem minhocas de gelatina porque são as minhas favoritas, mas sei Lidar Com Isso. O bom é que não posso falar com a boca cheia porque é falta de educação por isso se eu ficar de boca cheia posso continuar no meu próprio mundo de Caitlin. Página 18


Um pouco sobre a autora: Kathryn Erskine exerceu a advocacia durante 15 anos antes de voltar para o seu primeiro amor: literatura. No seu site pessoal, ela disponibiliza uma infinidade de informações sobre o autismo e a Síndrome de Asperger, além de endereços úteis, links, artigos, bibliografia, fontes de pesquisa e sugestões para educadores;.Ela mora com o marido e os dois filhos. Passarinha é o seu único livro publicado no Brasil.
Comentários
2 Comentários

2 comentários :

  1. Oláá
    A sua resenha está ótima e eu estou looouca por esse livro a muito tempo, pois adoro temas assim mais fortes e já ouvi muitos elogios sobre o livro.

    Beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

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  2. Faz tempo que esse livro está na minha lista de desejados, mas ainda não li. Gostei da resenha, aumentou minha vontade de iniciar a leitura desse livro.

    Bjs

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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