NA ILHA (Tracey Garvis Graves)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014


Oi Gente que ama livros, hoje a Kelly e a Ívi são as responsáveis pela resenha. Elas leram juntas o livro NA ILHA (Tracey Garvis Graves), e trazem pra vocês os comentários sobre o livro. Os parágrafos em azul foram escritos pela Ívi e os parágrafos em roxo foram escritos pela Kelly. Divirtam-se!

Expectativa e realidade:
Minha expectativa para com o livro era baixa. Não tinha grandes pretensões, não tinha referencias da autora e desconhecia completamente a história, acreditava que seria um romance ambientado em um paraíso tropical e nada além disso, porem o livro me surpreendeu da melhor forma possível. Uma vez que iniciei a leitura, não consegui parar até concluir.
Este livro foi uma das minhas aquisições na Bienal e comprei porque gostei da capa (praia linda, cenário de filme!) e da sinopse, bem parecida ao filme “A lagoa azul”.
Narrado por perspectiva dupla, nos primeiros capítulos, a trama é bem semelhante ao filme. Com o decorrer do livro, outras questões são apresentadas, o que faz com que a leitura seja bem válida e interessante.


Os personagens principais e como suas vidas se cruzam na história:

O livro nos traz a Anna, uma professora de inglês de 30 anos em um momento de estagnação na sua vida emocional. Ela mora com o namorado a anos, porém ele não quer se casar com ela ainda e ela já percebe que não sente mais a mesma coisa por ele. E temos o T.J., um adolescente de 16 anos que sobreviveu ao câncer, está atrasado no colégio em função do tratamento que teve e a sua família contrata Anna para ajudá-lo durante as férias que a família passará nas Maldivas.
Eu adorei os dois personagens. Existe uma empatia suave entre os dois e a amizade que eles constroem entre si é completamente natural. Apesar das dificuldades que eles enfrentam na ilha, eles não perdem tempo com constantes reclamações embora a autora deixe bem claro o quanto a situação é horrível para eles e a maneira como eles se importam um com o outro é de fazer suspirar o coração, ainda que a princípio não houvesse nenhum envolvimento romântico entre eles.
Anna tem 30 anos, professora de inglês, está em um relacionamento há 8 anos sem perspectiva futura e decide aceitar a proposta de dar aulas para TJ, um garoto de 16 anos com câncer em remissão. Ele quer aproveitar a vida com os amigos, mas acaba concordando e os dois viajam juntos para uma ilha das Maldivas. Já próximos ao destino, o piloto tem um infarto e o avião cai, deixando os dois perdidos em uma ilha.

O que conta a narrativa e como a história se desenvolve:

Anna e T.J. viajam dois dias depois que os pais e as irmãs dele seguiram para as férias porque ele tinha uma festa com os amigos e não queria perder. Porém quando eles estão em um hidroavião já perto do destino final da viagem, o piloto da aeronave tem um ataque cardíaco e o avião acaba caindo no mar cercado por muitas ilhas. Anna e T.J. conseguem chegar até uma praia e é lá que terão que sobreviver.
A história nos é contada pelo ponto de vista dos dois protagonistas em capítulos intercalados com a narrativa em primeira pessoa e assim temos um panorama abrangente do livro. Conseguimos facilmente entrar na cabeça do T.J. e da Anna e a autora escreve de uma maneira tão interessante e envolvente que durante a leitura e eu cheguei a sentir fome e sede com os personagens e em outros momentos, senti a tristeza e a alegria das decisões que eles teriam que tomar.
Após a queda do avião, começa a luta de ambos pela sobrevivência, seja por não morrer afogado após a queda do avião, por água e por algo de comida, como eu imaginava que seria, bem estilo “A lagoa azul”.
 A questão da narração pela perspectiva dupla é bem legal, os momentos tensos são bem descritivos e fiquei envolvida pela história. Imaginei tanto o sofrimento deles ao estarem privados de tudo quanto o sofrimento dos familiares, que acreditavam que os dois tivessem morrido e inclusive organizaram funeral para eles.
Cada momento em que um avião aparecia e eles esperavam ser resgatados sem sucesso ou alguém adoecia acrescentava tensão ao livro, mas como sempre prefiro finais felizes, torcia para que tudo acabasse logo e bem! Um fato que pode ser visto como uma tragédia para a maioria das pessoas envolvidas foi o responsável por salvá-los!
Pela influência do filme, me pareceu previsível que eles se aproximariam, mas me surpreendi porque a história não termina por aí.
Apresenta nova situação com argumentos convincentes, como se fosse uma segunda parte da história, com os protagonistas mais maduros e enfrentando problemas diferentes.


Valeu à pena?
Eu adorei o livro. A forma como o romance entre Anna e T.J. se desenvolve é ótima porque não é imediata, existe toda uma construção de confiança e cumplicidade antes que eles de fato se apaixonem e a maneira como eles conseguem sobreviver em uma ilha pelo tempo em que ficam lá é muito bem feito. As dificuldades de adaptação, a busca por comida e por água sem nenhum tipo de facilidade e o medo do futuro é muito bem inserido na história. Eles levaram dias e mais dias até conseguir fazer fogo. Tiveram dificuldade para desenvolver um mecanismo para armazenar água da chuva e não foi nada fácil aprender a pescar.
O livro pode parecer em um primeiro momento apenas mais um romance, mas é muito mais que isso, é a história de um casal que jamais se apaixonaria e tentaria viver este amor se tivessem se conhecido em uma situação comum. O livro ainda fala sobre as expectativas, a vida, a família e sobre como o amor vai contra o que as vezes planejamos. Um livro com uma história incomum, mas completamente verdadeira. Super recomendo para os românticos e também para quem gosta de uma leitura séria, bem desenvolvida e coerente.
Sim, valeu a pena!
Com o passar do tempo, o menino TJ se transforma em um adulto preocupado e responsável, capaz até de uma atitude surpreendente. Por outro lado, Anna também tomou uma decisão difícil, mesmo que isso pudesse sacrificar a relação deles.
O livro trata da capacidade de adaptação do ser humano, de preconceito por diferença de idade, de respeito pelo outro e principalmente de superação. Recomendado!
"Flutuei em um mar de nada, sem peso, até que outra sensação me dominou. Pensei que a morte traria alguma paz, mas ela doía e seu peso opressivo esmurrava o meu peito." página 150


Um pouco sobre a autora: Tracey Garvis Graves é uma escritora americana que também se diverte escrevendo em seu blog pessoal sobre a cultura pop dos Estados Unidos. Vive com o marido e os filhos no Iowa e no Brasil o livro NA ILHA é o seu único trabalho publicado.
Comentários
4 Comentários

4 comentários :

  1. Eu também adorei esse livro, achei um misto de “A lagoa azul” e "Náufrago" com Tom Hanks, tem romance e é bem realista na forma como eles conseguem sobreviver na ilha durante anos, gostei muita da segunda parte da história depois que eles são encontrados e amei o final.

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    Respostas
    1. ahhhhhhhhhh o final foi perfeito!!! Adorei este livro do começo ao fim. O livro não perde o ritmo! bj

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  2. É um livro que eu acho que não olharia duas vezes, a não ser que estivesse muito barato, pq a capa ia ficar linda na minha estante kkkk.
    Mas a resenha me despertou a vontade de ler o livro.
    Adorei a resenha dupla.
    Bjs

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  3. Quero esse livro para ontem! Meu Deus, só pela expectativa de vocês fiquei louca para lê-lo. Parece ser uma história maravilhoso, é interessante também essa coisa toda da adaptação, gente que situação! Acho que o livro em breve fará parte das minhas aquisições também. Amei! E essa capa me dar uma saudade da praia, limpa, refrescante... Perfeita!

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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