Título Original: Mean Girls
Ano de Produção: 2023
Lançamento no Brasil: 11 de janeiro de 2024
Duração: 112 minutos
Gênero: Musical
País de Origem: Estados Unidos da América
Classificação Etária: 12 anos
Direção: Arturo Perez Jr e Samantha Jayne
Elenco: Angourie Rice, Reneé Rapp, Avantika Vandanapu, Bebe Wood, Auli'i Cravalho, Jaquel Spivey,
Christopher Briney, Tina Fey.
Sinopse: Meninas Malvadas: O Musical é um filme inspirado na produção norte-americana Meninas Malvadas, de 2004, dirigido por Mark Waters (Minhas Adoráveis Ex-Namoradas, Ele é Demais) e estrelado por Lindsay Lohan, Rachel McAdams, Amanda Seyfried e Lacey Chabert. Seguindo a história original, o musical acompanha Cady Heron (Angourie Rice), uma jovem que se muda da África para os Estados Unidos e precisa começar uma nova vida, enfrentando dificuldades para se adaptar à mudança de rotina - principalmente no novo colégio. Entre os vários estudantes do North Shore, Cady conhece o grupo das garotas mais populares do local, comandado por Regina George (Renée Rapp), a abelha-rainha da escola. Inicialmente, Cady sente que as coisas podem funcionar e que ela consegue se encaixar entre as novas amigas, mas a situação começa a fugir do controle - principalmente depois que ela se apaixona pelo menino errado.
Oi gente que ama livros, hoje trago para vocês os meus comentários sobre Meninas Malvadas – Musical.
Após o sucesso nas telonas com Rachel McAdams e Lindsay Lohan, o já clássico do cinema adolescente de 2004, Meninas Malvadas (Mean Girls) ganhou um musical na Broadway (2018-2020) e volta aos cinemas.
Adaptação de Tina Fey do livro de auto-ajuda Queen Bees and Wannabes, o ensino médio retratado como uma selva perigosa para saúde mental das meninas ganhou o coração de uma geração. O principal motivo para esta adoração, no entanto, não se encontra nessa re-adaptação — ou refilmagem — dos diretores estreantes Samantha Jayne e Arturo Perez Jr: o carisma das protagonistas.
Para uma refilmagem de 20 anos, era esperado uma atualização dos discursos e de como os adolescentes interagem entre si. Contudo, a história é quase de ponta a ponta exatamente como o roteiro do primeiro. Após uma temporada de expedição no Quênia e uma vida de estudos em casa, Cady Heron (Angourie Rice) entra em contato com outros adolescentes no ensino médio. Em um misto de ingenuidade e displicência, ela envolve-se no moinho das Poderosas.
Nesta versão, Cady tem apenas a mãe (Jenna Fischer) no quadro familiar, mas nenhuma explicação sobre a maternidade solo. Algumas cenas icônicas desapareceram, como a do elogio de Regina ao bracelete de Cady, mas grande parte, mesmo as roupas, são semelhantes ao original. A novidade é realmente as canções do musical da Broadway, as quais funcionam como alívio cômico em alguns momentos e, em outros, apenas traz a estética do videoclipe para dentro do filme.
Angourie Rice é uma graça, principalmente em Homem-Aranha: Longe de Casa (2019), mas em comparação aos olhares maliciosos misturados com uma certa candura de Lindsay Lohan no original, sua versão é pálida. Sua Cady não toma iniciativas, como por exemplo a de salvar a apresentação de Natal e roubar a cena com sua desenvoltura. Ela, entretanto, chega sem esforço aos mesmos resultados em um passe de mágica. Talvez seja isso que Tina Fey deseje com esta refilmagem, da qual, além de roteirista, é produtora.
Reneé Rapp possui os temperos de Regina George, mas Rachel McAdams deixou uma impressão difícil de superar e, portanto, ela precisaria ainda de preparo para chegar no ponto certo. Será que a rapper Megan Thee Stallion não seria uma opção mais ousada e fresca para além da parceria musical? As fiéis escudeiras Karen (Avantika) e Gretchen (Bebe Wood) são engraçadinhas como meninas bonitas e burras, mas por que repetir exatamente a fórmula da garota tola de duas décadas atrás?
Jogadas as pedras sobre o elenco fraco e o roteiro preguiçoso, as canções são divertidas, mas longe de marcantes. No final, o título I’d Rather Be Me, cantando por Auli’i Cravalho, é o único momento realmente empolgante, pois é interpretado com paixão. O único momento de redenção sobre a mensagem de sororidade e aceitação do filme. A atriz havaiana destoa do resto do elenco pela experiência no meio musical.
Aliás, os personagens Janis (Auli’i Cravalho) e Damian (Jaquel Spivey) são realmente melhores do que da versão original, porque o estilo gótico de Lizzy Caplan foi deixado de lado para algo mais artístico e o amigo gay ganha cores e mais molejo nas suas falas. Nestes dois casos, o talento dos novatos fala mais alto. Outra aposta para arrancar risos da plateia são as participações especiais de Lindsay Lohan, Jon Hamm e Ashley Park. No fim das contas, Tina Fey copia, muda os atores, cola, adiciona algumas músicas e revende a mesma fórmula, mas com um sabor artificial acentuado.
Meninas Malvadas deve agradar o público cativo pelo reencontro nostálgico, mas esta versão não tem o brilho do musical e nem o charme do seu antecessor cinematográfico.
Meninas Malvadas deve agradar o público cativo pelo reencontro nostálgico, mas esta versão não tem o brilho do musical e nem o charme do seu antecessor cinematográfico.
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