FILME DA VEZ #142 Furiosa: Uma Saga Mad Max

terça-feira, 28 de maio de 2024

Ficha Técnica:

Título Original: Furiosa: A Mad Max Saga
Ano de Produção: 2024
Lançamento no Brasil: 23 de maio de 2024
Duração: 149 minutos
Gênero: Ação, Aventura e Ficção Científica
País de Origem: Austrália
Classificação: 16 anos
Direção: George Miller
Elenco: Anya Taylor-Joy, Chris Hemsworth, Alyla Browne, Angus Sampson, Charlee Fraser, Daniel Webber, David Collins, Florence Mezzara, Goran D. Kleut, 
Ian Roberts, Josh Helman, Lachy Hulme, Lee Perry, Nathan Jones, Rahel Romahn, Tom Burke.
Sinopse: A jovem Furiosa cai nas mãos de uma grande horda de motoqueiros liderada pelo senhor da guerra Dementus. Varrendo Wasteland, eles encontram a Cidadela, presidida pelo Immortan Joe. Enquanto os dois tiranos lutam pelo domínio, Furiosa logo se vê em uma batalha ininterrupta para voltar para casa.
Oi gente que ama livros, hoje trago para vocês os meus comentários sobre Furiosa: Uma Saga MadMax

“O ódio é uma das grandes forças da natureza”, nos diz a passagem de Furiosa: Uma Saga Mad Max que melhor define o espírito da história estrelada por Anya Taylor-Joy. Com poucas palavras e expressões implacáveis, o diretor George Miller nos aproxima de uma protagonista que também é uma entidade em uma grande história que, já com o perdão de abusar da referência à natureza, expande as raízes de seu próprio universo com a extravagância de um blockbuster que deve se tornar referência no gênero.


Quase uma década após o lançamento do excepcional Mad Max: Estrada da Fúria, a saga de ação trouxe de volta a personagem que, vamos combinar, já era a grande estrela do filme de 2015. Em Furiosa, retornamos às origens da heroína interpretada por Charlize Theron: agora com a atriz de O Gambito da Rainha na liderança, o longa nos mostra a sequência de acontecimentos ferozes que levaram Furiosa até mais ou menos o estado em que a encontramos em Estrada da Fúria.

As primeiras cenas do filme nos mostram que, ainda criança, Furiosa foi vítima de uma virada trágica e violenta que a deixou nas mãos de Dementus (Chris Hemsworth), principal antagonista da trama, que toma posse dela como um objeto, uma espécie de troféu. Não demora muito para que Immortan Joe (Lachy Hulme) também surja em cena com a personalidade temível que já conhecíamos – e a presença destes homens é a materialização da violência.


Muito antes de chegar à fase jovem, Furiosa já tinha passado por todo tipo de sofrimento. Calada e sem saída. Ao dedicar tempo para nos colocar nesse clima, o longa dá o combustível necessário para a explosão que virá depois. Toda a brutalidade com que a protagonista age – em um bom trabalho físico e dramático de Anya Taylor-Joy – é combinação óbvia da infância traumática, da exposição ininterrupta à perversidade humana e à escassez do mundo em que vive.

Para além da protagonista, é ótimo o papel vivo que o universo da saga desempenha e mais do que isso, talvez, como a direção e o roteiro de George Miller não se esquecem em momento algum deste co-protagonismo. O deserto e o mundo pós-apocalíptico passam longe de ser apenas plano de fundo e há uma simbiose entre humanos e máquinas – são vários os momentos em que esta relação é explorada, mas me vem à mente, por exemplo, Furiosa sem um dos braços em seu carro sem uma das rodas.


Não sei se é o hábito de ver Chris Hemsworth como (super) herói de ação, mas é difícil vê-lo com tanta “seriedade”, se é que esta é a palavra. Não digo isso em termos dramáticos, mas em um alinhamento com o tom geral do filme. É interessante a quebra bem-humorada e caricata que Dementus nos traz de vez em quando – uma característica aparentemente inevitável do ator australiano –, mas o tipo de ameaça que ele representa me causou um certo estranhamento.

Dementus é chefe da gangue que tira Furiosa de sua comunidade e representa o que há de mais perigosamente patético em uma liderança autoritária, mas a sensação é de que é difícil medir seu potencial, de onde vem o poder que adquiriu – talvez seja justamente essa a intenção? A dinâmica que o filme estabelece entre Dementus e Immortan Joe é o que mais traz estas respostas e “posiciona” o personagem de Chris Hemsworth no cenário de Mad Max, mas há excessos que não parecem ter tanto mais a dizer do que o que já estava posto antes.


Tudo bem, talvez não seja ideal, mas não dá para evitar a comparação entre o filme de 2015 e o de 2024 – a conexão entre eles é profunda, direta e valiosa. Com uma protagonista tão arrebatadora e, como destaquei antes, uma expansão tão interessante no universo, Furiosa me deixou mais entretida do que Mad Max: Estrada da Fúria.

Ainda assim não cabe colocá-los em um ranking porque a sensação é de que as qualidades que o filme de 2024 têm vieram do que foi feito antes. 


Eu adorei!!!

Trailer:

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Ivi Campos

48 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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