Nome Original: Remarkably Bright Creatures
Autor: Shelby Van Pelt
País de Origem: Estados Unidos
Tradução: Giovanna Chinellato
Número de Páginas: 400
Ano de Lançamento: 2023
ISBN-13: 9788550820040
Editora: Tag Inéditos
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Oi gente que ama livros, hoje venho coma resenha do 71º Criaturas Extraordinariamente Brilhantes (Shelby Van Pelt). Este livro chegou para mim através da caixinha da Tag Inéditos e eu nunca tinha ouvido falar da autora. Este livro traz na proposta uma reflexão sobre o luto, porém sob a perspetiva de um polvo e não, não se trata de um livro fantástico.
O livor nos traz o Marcellus, um dos narradores em primeira pessoa é um polvo-gigante do Pacífico, que odeia quando dizem que ele foi “resgatado”, sendo que ele “estava lá de boa” e trouxeram ele para um aquário. Ele é uma criatura curiosa que parece entender o que se passa ao seu redor.
Logo, no início da narrativa, percebemos que Marcellus, como ele é chamado, sabe de alguma coisa sobre a morte do filho de Tova, que é a faxineira do aquário. Ela, no entanto, nem desconfia que Marcellus saiba algumas pistas que podem solucionar esse mistério que perdurou por anos. Sendo assim, ele percebe que precisa mostrar a ela as pistas sobre o desaparecimento do seu filho antes que seja tarde demais.
Um detalhe bem importante é que a parte da narração do Marcellus, começa no dia 1299 do cativeiro, e temos a informação de que ele é um polvo-gigante do Pacífico, que não vive mais do que 4 anos, ou seja, o que quer que o Marcellus saiba sobre a vida do filho de Tova, que faleceu aos 18 anos, ele tem pouquíssimo tempo para revelar.
E, para ajudar, a amizade entre Marcellus e Tova começou graças a uma de suas escapadinhas. Embora seja um polvo, ele é absurdamente inteligente e gosta de sair do seu aquário quando ninguém está vendo e caçar as “suas comidinhas”. E a Tova, sempre ajudava ele a retornar ao seu lugar, como uma boa amiga. Nessas “fugidinhas” dele, ele também acaba encontrando vários “tesouros” dos humanos e as levando para o fundo do seu aquário.
Achei incrível a forma como a autora transmitiu a forma de pensar de um polvo, e achei isso absurdamente genial, porque torna a leitura mais divertida, principalmente porque ele julga os humanos o tempo todo, então, por mais que o tema abordado seja o luto, há vários episódios engraçados, o que deixa a leitura mais leve.
Tova é uma senhora adorável. Viúva de 70 anos que, mesmo aposentada, decide ajudar seu amigo, faxinando o aquário, para se manter ocupada. O enredo gira muito em torno dela e o mistério do que aconteceu com o seu filho, que desapareceu aos 18 anos, e que ela acredita que não tenha cometido suicídio.
Enquanto Tova executa o seu trabalho no aquário, ela percebe em Marcellus, uma criatura muito inteligente, afinal, parece que ele entende tudo o que ela fala. Assim, eles criam um vínculo de amizade muito forte, que os persegue até que ela nota que o tempo de seu melhor amigo, está se esgotando.
Em meio a tudo isso, ela ainda sofre um acidente que a afasta do trabalho e aumenta a sua sensação de solidão. Então, além da perda, ela ainda tem que lidar com o sentimento de se afastar daqueles que mais ama.
Um terceiro personagem importante é o Cameron. Ele tem 30 anos, não para em emprego nenhum, até que é demitido mais uma vez, sua namorada o expulsa de casa. Ele é o personagem mais complexo desse enredo. Ele foi abandonado pela mãe aos 9 anos, e tudo o que ele sabe é que, ela tinha problemas com o uso de drogas, e por esse motivo, o deixa aos cuidados da irmã dela. Ela também nunca lhe revelou quem era o seu pai.
Após algumas investigações da parte dele, no entanto, Cameron descobre que tem um possível paradeiro do seu pai e vai atrás disso, a fim de cobrar toda a pensão que ele passou anos sem receber e quem sabe, mudar sua vida financeira de uma vez por todas.
É claro que, em algum momento dessa narrativa, esses três personagens vão se encontrar, e o desfecho dessa história é bem previsível, porém, ainda assim, emocionante.
Eu não imaginava que ficaria tão ligada a uma história cheia de peculiares que na real, não me chamam muito a atenção, porém o livro me envolveu de uma forma que foi uma das minhas leituras favoritas do ano.
Existem temas sensíveis no decorrer da narrativa e a bela escrita da autora me manteve conectada na história durante todo o tempo.
Eu amei!
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