Billy Summers (Stephen King)

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Ficha Técnica:
Nome Original: Billy Summers
Autor: Stephen King
País de Origem: Estados Unidos
Tradução: Regiane Winarski
Número de Páginas: 470
Ano de Lançamento: 2021
ISBN-13: 9788556511294
Editora: Suma de Letras

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 96º livro lido e foi Billy Summers (Stephen King). Esta foi a minha décima escolha para a TBR de outubro que é composta apenas por livros de terror e horror e como Stephen King é o rei do gênero, ele não poderia ficar de fora desta seleção.

O livro nos traz Billy Summers, um matador profissional que quer se aposentar. Mas, antes, ele aceita um último alvo; Summers é um atirador de elite e se tornou assassino de aluguel ao voltar do Iraque. Ele só aceita trabalhos que envolvam pessoas ruins, e esse parece o caso. Seu alvo é outro assassino de aluguel – Joel que está indo a julgamento por alguns crimes, e parece ter informações importantes que o colocaram na mira de um figurão.


Esse figurão quer Joel fora da jogada antes do julgamento, e Billy é a peça para fazer isso acontecer. Até acontecer, no entanto, Billy precisa usar uma identidade falsa e se manter nas redondezas sob o pretexto de escrever um livro. A surpresa é que Billy realmente começa a escrever, e pega gosto por isso. E tem muito a contar.

Billy Summers foi uma boa surpresa. O autor escreve terror e suspense psicológico muito bem, mas seus dramas costumam ser tão intensos e impressionantes quanto.

Aqui, temos uma história com um protagonista de personalidade complexa, com um passado tenso e terrível e com um último trabalho misterioso e importante. Billy Summers é um personagem principal interessante de se acompanhar; a bússola moral dele é cheia de peculiaridades, com o foco principal sendo: ele mata pessoas ruins. Não se abstêm da culpa de tirar uma vida, mas tem sua própria balança do “que é justo e do que é certo”.

É quase um Punisher, só que menos violento e mais metódico. Todos os outros personagens ao seu redor são complexos. Em sua maioria, de moral duvidosa. E eu falo isso porque estamos vivendo um momento em que ler histórias com personagens babacas, preconceituosos, que tem falhas, que falam coisas horríveis está sendo colocado na balança como "este livro é horrível por isso".


Billy Summers é um romance adulto. Romances adultos nem sempre existem para trazer uma moral pra gente porque se espera que o público consiga discernir o que é errado por conta própria. Às vezes as pessoas só são horríveis e se dão bem por isso. Às vezes elas não são tão horríveis, mas têm falhas. Às vezes elas são boas e coisas horríveis acontecem com elas. O autor faz esse balanceamento muito bem no decorrer da história. Assim, cria um drama bastante intenso por causa disso.

Até lá suas 150 páginas, ele apresentou e declarou qual seria o clima de Billy Summers. Com algumas reviravoltas e o surgimento de uma personagem importante lá pra metade do livro, King dá uma guinada no que era um último trabalho para uma trama muito mais complexa envolvendo vingança e caçada.

Alice, personagem que aparece na metade do livro, em muito acrescenta para o decorrer da história. Ela e Billy constroem uma relação de companheirismo, e tem muito mais por trás disso com o desenvolvimento da trama principal – mas não vale comentar porque foi uma surpresa agradável para mim, então talvez seja pra você.

Billy Summers também aborda muito da guerra e das cicatrizes que ela deixa. Tanto pelo Billy quanto pelos relatos do que aconteceu em seu período servindo no Iraque; um horror completo, e realista ao extremo.

Em relação ao lado desperto escritor dele, o King escreve escritores bem demais. Eu não me decepcionei com nenhum até agora; o jeito com que o Billy se conecta com a escrita, com essa coisa de “extravasar memórias e sentimentos” com as palavras, em colocá-las no mundo, tão reais quanto na sua cabeça, é muito verossímil.


Se você procura um drama envolvendo guerra, reviravoltas e amor, Billy Summers pode ser uma leitura superinteressante. É um livro tenso e intenso; fala sobre família, sobre moral e justiça (e vingança) em bons termos.

Eu gostei demais!


Um pouco sobre o autor:
Stephen Edwin King é um escritor americano, reconhecido como um dos mais notáveis escritores de contos de horror fantástico e ficção de sua geração. Os seus livros venderam mais de 350 milhões de cópias, com publicações em mais de 40 países. 

Livros do autor que eu já li:

1977 – O Iluminado
1977 – Fúria
1979 – A Zona Morta 
1982 – Quatro Estações
1982 – Cujo
1983 – O Cemitério 
1986 – It – A Coisa 
1987 – Misery – Louca Obsessão
1996 – À Espera de Um Milagre
2000 – Sobre a Escrita
2005 – A Dança da Morte
2006 – LOVE: A História de Lisey 
2009 – Duma Key
2009 – Sob a Redoma 
2011 – Novembro de 63 
2017 – Belas Adormecidas
2021 – Billy Summers
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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