Trouxas Book Tag

segunda-feira, 12 de julho de 2021


Oi gente que ama livros, hoje venho com a uma tag literária que tem por objetivo expor todas as vezes que um livro, série ou autor nos fez de trouxa.

Vamos conferir?

1-Seu livro favoritado, mas muita gente não gostou!
Sessão da meia-noite com Rayne e Delilah (Jeff Zentner) – O autor chegou ao Brasil com o perfeito Dias de Despedida e seu outro livro publicado aqui, Juntos Somos Eternos também é excelente, porem o terceiro lançamento do autor, Sessão da meia-noite com Rayne e Delilah (Jeff Zentner) foi esnobado, negligenciado e ao ser comparado com os outros ficou em uma posição negativa. Mas estou aqui para te dizer que é um livro maravilhoso e favorito na minha longa lista de livros do coração. O livro nos traz duas jovens prestes a terminar o ensino médio, Josie e Delia. As duas são amigas desde a infância e juntas apresentam um programa no canal de TV regional que traz os filmes de terror mais bizarros do mundo. Todas as semanas elas interpretam duas irmãs, Rayne e Delilah e embora o programa dê mais prejuízo que lucro, é uma grande diversão para as duas. Delia sempre teve um objetivo maior com o programa. Ela não queria fazer um sucesso estrondoso ou ser contratada por uma grande rede de televisão, mas sempre que se dedicava a produzi-lo, imaginava que seu pai pudesse encontrá-la, onde quer que estivesse. No passado, antes dele abandonar Delia e a mãe, os dois compartilhavam o amor por filmes de terror de qualidade duvidosa. Ela e a mãe não tem um relacionamento maravilhoso porque a partida do pai deixou sequelas fortes. A situação financeira não permite que Delia sonhe com a faculdade e ela muitas vezes imagina que o pai voltaria se soubesse como elas estão.

2 – Um livro em que você teorizou muito, mas errou todas as respostas!
Toda Luz Que Não Podemos Ver (Anthony Doerr) – O livro nos traz dois personagens muito fortes dentro da trama. Werner é um garoto órfão no início da década de 40, que acompanhado de sua irmã Jutta, mora em um orfanato no interior da Alemanha, em uma região de minas de carvão. Certa vez, ele e a irmã reviravam o que seria um aterro de lixo, quando ele encontra um rádio quebrado e na curiosidade de saber como aquilo funcionava, ele conserta o aparelho e passa a ouvir todos os dias. No rádio, Werner amava ouvir um programa que trazia os mistérios do universo e sua irmã gostava de ouvir músicas francesas. Paralelo a isso, em Paris temos uma garotinha chamada Marie-Laure, que ficou cega bem cedo em função da catarata e seu pai, um homem muito inteligente e amoroso, constrói uma maquete de Paris, para que apesar da limitação, Marie-Laure se tornasse uma pessoa independente. O pai de Marie era uma espécie de chaveiro no museu de Paris e diariamente, abria e fechava as portas da instituição. A filha o acompanha todos os dias para o trabalho e assim, tinha acesso a muitas pessoas inteligentes e interessantes. Marie aprendeu a ler em braile se tornou uma verdadeira fangirl do escritor Julio Verne. Ainda na infância, os dois personagens, em países e circunstancias muito diferentes em alguns aspectos e muito próximos por outras, se veem vivendo na segunda guerra mundial. Por causa da sua curiosidade com os rádios e aparelhos eletroeletrônicos, Werner passa a consertar rádios quebrados e conserta o rádio de um homem importante e com isso, ganha uma bolsa de estudos em uma escola nazista. Quando a guerra avança sobre a França, Marie e o pai fogem para uma cidade chamada Saint Malo, na região bretanha da França e da mesma forma que o pai construiu uma maquete de Paris, constrói uma maquete da cidade para que a independência de Marie não sofra com as contingências. Eles moram com um tio do pai de Marie, que muito traumatizado com a primeira guerra mundial, tem medo de tudo e todos. Fiquei o livro inteiro teorizando em como seria o encontro dos dois jovens e embora tenha gostado de ser surpreendida, todas as minhas teorias não serviram de nada.

3-Surto no plot twist: Um livro com uma reviravolta marcante e inesperada!
Lembra Aquela Vez (Adam Silvera) – O livro nos traz o Aaron, um adolescente de 16 anos que vive um momento bem triste de sua vida. Há alguns meses seu pai cometeu suicídio e isso foi tão avassalador, que ele próprio tentou se matar algumas semanas depois. Apesar deste período turbulento, Aaron tenta seguir com a vida da melhor forma possível. Ele tem um grupo de amigos divertidos e uma namorada muito apaixonada por ele, a Genevieve e ele quer focar nessas coisas boas para não desistir da vida. Porém a namorada foi aceita em um curso de arte em outro estado e eles ficarão três semanas longe um do outro. É nesse período que Aaron conhece Thomas, um adolescente que mora próximo a ele e eles se aproximam tanto que Aaron se apaixona por Thomas. Como o sentimento não é recíproco, Aaron se interessa em passar por um procedimento chamado Leteo que promete apagar lembranças de sua cabeça, e ele acredita que se apagar o sentimento que tem por Thomas, sua vida pode voltar ao normal quando sua namorada retornar do curso. O livro se desenvolve na luta interna de Aaron recusar os sentimentos que nascem dentro dele e tentar convencer a família que o procedimento é seguro. No meio do livro há uma virada inesperada e muito importante para embasar o argumento do autor. É o tipo de reviravolta que eu jamais poderia esperar, mas que até aquele ponto da narrativa, o autor deu as pistas e os indícios para que de fato aquilo acontecesse. A partir daí, o livro mergulha em um mar de melancolia muito intenso porque você entende claramente onde o autor quer te levar e que não haverá meios de voltar. A partir desta virada é fácil entender o comportamento inicial de Aaron e os verdadeiros motivos das tragédias que abrem a história.

4-Ué? Um livro que parecia uma coisa, mas era outra!
Eleanor Oliphant está Muito Bem (Gail Honeyman) – A história traz a Eleanor, uma mulher escocesa de trinta anos que tem um dia a dia muito sistemático. Ela trabalha na área administrativa de uma agência de marketing e é responsável pela contabilidade. Mora sozinha e sabemos que alguma coisa aconteceu no seu passado devido a cicatrizes em seu rosto. Eleanor não tem amigos e sua vida se resume em ir de casa para o trabalho e do trabalho para casa, aos finais de semana é acompanhada de uma garrafa de vodka, já planejando os próximos dias de sua rotina imutável. Seus companheiros de trabalho vez ou outra zombam dela e embora Eleonor já seja adulta e saiba se defender, se sente fragilizada porque ninguém de fato se aproxima. Até que uma noite Eleanor vê um rapaz de longe e se apaixona. Então decide mudar algumas coisas na sua vida com o objetivo de se aproximar dele e chamar a sua atenção, sendo que praticamente ao mesmo tempo, também conhece o Raymond, um rapaz do seu trabalho que um dia vai consertar seu computador. Mesmo sem querer a menor aproximação com Raymond, eles ajudam um senhor que passa mal na rua e a partir disso, a amizade dos dois se estreita ao mesmo tempo em que ela segue investindo em si mesma para conquistar o homem por quem se apaixonou. Comecei a ler este livro achando que se tratava de uma comédia romântica e me deparei com um drama cheio de camadas intensas que me surpreendeu e me fez sofrer.

5-Um personagem principal que mudou da água para o vinho!
Flores para Algernon (Daniel Keyes) – Sempre encontro um jeito de inserir este livro nas minhas indicações porque nasci para espalhar a palavra de Flores Para Algernon, mas sinceramente, não existe nenhum outro protagonista que atenda ao requisito desta questão como este. O livro nos traz o Charlie, um homem de 32 anos com um severo comprometimento intelectual. Charlie tem Fenilcetonúria e por conseguinte, um Q.I. baixíssimo, mas uma enorme vontade de aprender e de “ser inteligente”. Sua grande motivação para aprender o torna a cobaia ideal para um experimento desenvolvido por cientistas em uma universidade: uma neurocirurgia capaz de aumentar a inteligência de um indivíduo. A experiência já foi realizada no rato Algernon e os resultados foram excelentes, então Charlie é submetido ao mesmo procedimento. De fato, a cirurgia é um sucesso e o Q.I. de Charlie começa a aumentar. Estimulado por leituras e até por sugestões hipnóticas, seu cérebro começa a absorver conhecimento cada vez mais rápido. A evolução intelectual do personagem é acompanhada pelo leitor inclusive na forma como o texto é escrito. No começo, os relatórios pelos quais Charlie conta sua história são repletos de erros de ortografia e sintaxe e depois da cirurgia, ele aperfeiçoa não apenas a grafia das palavras, como também o vocabulário e a estrutura de seu texto.

6-Caí no golpe: Um livro que me decepcionou!
My Brother’s Name is Jessica (John Boyne) – Com muita dor no coração, tenho que colocar um livro do John Boyne em uma categoria negativa e tudo isso não se deve apenas a minha expectativa sobre qualquer trabalho do Boyne, mas com o fato do livro ser problemático em aspectos muito importantes dentro da comunidade LGBTQ+. O livro nos traz o Sam, um menino de 13 anos que vive uma situação peculiar em sua vida. Desde sempre, Sam viu no seu irmão Jason o modelo de ser humano perfeito. Sempre ouviu as histórias que os pais contavam sobre o quanto Jason queria ter um irmão e o quanto ele se doou para o pequeno quando ele nasceu. Toda a infância de Sam é marcada por momentos muito positivos na relação com Jason e sem dúvida, ele é o seu ponto de conforto, acolhimento e segurança dentro de casa enquanto os pais estão ocupados com suas próprias carreiras. Em especial a mãe, por ser política e ter grande popularidade, com a previsão de se tornar a primeira-ministra da Inglaterra. Minha decepção com o livro veio pelo autor colocar a dificuldade de Sam como protagonista do enredo, o que é um pouco absurdo porque quem não está vivendo a transição de gênero – me perdoem se eu não estiver usando o termo correto – não precisa se sentir constrangido pela sociedade hétero, normativa e binária em que vivemos. A dificuldade não é da pessoa ou do familiar que tem alguém trans no seu meio familiar ou de convívio e a sua posição precisa ser apenas de apoio e acolhimento. O autor insere situações em que Sam é hostilizado na escola por ser irmão de uma menina trans, mas nem de longe, essa situação é maior que a de Jessica, nome que Jason escolhe para si. Embora a própria sociedade não permita que aceitemos o outro diferente de nós, nosso desconforto com isso, originado sem dúvida por ignorância e falta de empatia, não deve ser o foco da circunstância.

7-Eu pareço uma palhaça? Um livro com casal irritante!
Verity (Colleen Hoover) – O livro nos traz a Lowen, uma escritora que atravessa uma fase difícil da vida, falida e totalmente insegura em relação ao próprio talento. Após o falecimento da sua mãe ela se encontra sozinha, cheia de dívidas e decide aceitar o trabalho de ser coautora de Verity Crawford, uma escritora best-seller, que não poderá concluir uma série de muito sucesso devido a um acidente. Para isso, ela terá que morar na casa da escritora que se encontra acamada e conviver com o marido dela, Jeremy e o filhinho do casal. Quando Lowen começa a trabalhar nas anotações e manuscritos de Verity, descobre que ela estava escrevendo uma autobiografia e ao ler este trabalho, tem acesso a confissões muito sérias sobre a vida da autora. Sua consciência pede que ela mostre tudo aquilo a Jeremy, mas ao mesmo tempo percebe que ele sofre por causa das circunstancias que o assolaram nos últimos tempos. O livro se desenvolve em conhecermos a vida pregressa de Verity, acompanhar a atração entre Lowen e Jeremy nascer e crescer e aos poucos sabermos as circunstancias que as filhas de Jeremy morreram. De todos os casais inapropriados que  já encontrei na ficção, este é um dos que mais me incomodou.

8-Onde estou? Uma série que mudou completamente o enredo com o decorrer dos volumes.
Malorie (Josh Malerman) – Não é uma série, mas uma duologia e o segundo livro desconstruiu muitas coisas importantes que foram afirmadas no primeiro volume que conquistou um público imenso. Esse livro se passa dez anos após o término do primeiro, quando os filhos de Malorie já têm 17 anos. Após um acidente na escola para cegos, Malorie deixou o lugar com as crianças e passou a viver com elas em uma fazenda, cada vez mais assombrada com o medo das criaturas e ainda mais rígida quanto as normas de nunca abrir os olhos. Isso passou a ser uma obsessão tão forte para ela, que gerou problemas no relacionamento com o filho Tom, que como todo adolescente, se tornou curioso e impaciente. O livro começa com um homem batendo na porta da casa deles e avisando que talvez os pais de Malorie tenham sobrevivido, o que faz com que ela queira deixar a fazenda e ir ao encontro deles. Para isso, ela embarca em mais uma jornada, desta vez em um trem.


9-Nesse golpe eu amei cair: Um livro com vilão carismático(a)
The Kiss of Deception (Mary E Pearson) – O livro nos traz a Lia, princesa do reino de Morrighan. Ela é uma jovem descendente de uma forte linhagem de primeiras filhas. Na cultura desse povo, todas as primeiras filhas possuem um dom especial: um tipo de visão que faz com que elas vejam o futuro – o que faz com que muitas delas sejam transformadas em poderosas armas de guerra. Lia nunca manifestou esse poder e acreditando que ela não tem nada de especial, o pai decide casá-la com o príncipe de Dalbreck, firmando uma aliança entre os dois reinos e manipulando a política do continente para fortalecer seu reinado. Entretanto, Lia não quer fazer parte desta jogada do pai e cansada das cobranças por trás das bênçãos de ser uma princesa e primeira filha, decide fugir do destino e descobrir por conta própria que tipo de mulher ela quer se tornar. Ela nunca viu o seu noivo e nem imagina como ele poderia ser, mas não quer arriscar se casar e ser infeliz e deixa o reino no dia do seu casamento, acompanhada de sua melhor amiga Pauline. Porém, o príncipe não ficou nem um pouco satisfeito em ser abandonado no altar e decide ir atrás da noiva fujona. Não é só ele quem em busca de Lia, pois um reino inimigo envia um assassino treinado com o nobre objetivo de matá-la. Tanto o príncipe como o assassino possuem uma missão e nenhum deles está disposto a deixar Lia seguir sua jornada de independência, o livro se desenvolve na fuga e no encontro destes três personagens. Porém os leitores não sabem quem é o príncipe e quem é o assassino. Quando os três caminhos se interligam e Lia os conhece, estamos iguais a ela, sem saber quem é quem e os dois homens são extremamente interessantes. O grande charme do enredo é descobrirmos quem quer matá-la e quem quer se casar com ela. Apenas digo que torci pelo assassino, pois acreditei que ele era o príncipe. 

10 – Meu destino é ser trouxa: o autor que você mais leu – e mais sofreu.
A autora que mais li foi a Julia Quinn, mas ela está longe de me fazer sofrer, pelo contrário, é uma autora que deixa meu coração quente e meu rosto com sorrisos. Sofro é para poder ter todos os seus livros na estante porque sua obra é enorme e quando lançados no Brasil, não são livros baratos. Seu último lançamento chegou aqui pela bagatela de 50 reais, o que eu acho um preço alto para um livro, mas como sou “cadelinha” da autora, sigo comprando.



Aqui ficou a minha exposição de leitora trouxa e agora quero saber quais seriam as suas respostas para as questões desta tag. Deixe nos comentários porque vou adorar conferir.
Beijos
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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