Ficha Técnica:
Nome Original: Close Enough To Touch
Autora: Colleen Oakley
País de Origem: Estados Unidos
Tradução: Valéria Lamim
Número de Páginas: 350
Ano de Lançamento: 2017
ISBN-13: 9788528622157
Editora: Bertrand Brasil
Oi gente que ama livros, hoje
venho com a resenha do 62º livro lido em 2017 e foi Perto o Bastante Para
Tocar (Colleen Oakley). Conheci esta autora este ano e como a minha
primeira experiência com sua escrita foi muito positiva, assim que soube deste
lançamento, quis ler imediatamente.
O livro nos traz a Jubilee,
uma mulher que possui uma doença muito rara e com consequências absurdas: ela
tem alergia a outros seres humanos. O contato através de um aperto de mão ou um
abraço, pode deixar seu corpo cheio de feridas, e após ser diagnosticada com
isso aos 6 anos, ela passou a ter uma rotina muito diferente de qualquer outra
criança. Ninguém podia tocá-la, nem mesmo sua mãe. Ela tentou levar uma vida
normal até que na adolescência, após o seu primeiro beijo, ela foi parar no
hospital entre a vida e a morte. Depois deste episódio, Jubilee se isolou
completamente dentro de casa, vivendo durante 9 anos sem nenhum contato humano.
Até sua mãe afastou-se.
O livro começa quando Jubilee
precisa sair de casa. Sua fonte de renda esgotou-se e ela precisa arrumar um
emprego, e apesar de todo trauma que este recomeço pode ter, ela começa a levar
uma vida relativamente normal, indo trabalhar na biblioteca da cidade.
Então ela conhece o Eric,
um empresário que está vivendo na mesma cidade de Jubilee há pouco tempo e que
adotou o afilhado Aja após a morte dos seus pais. Aja é uma criança
diferente. Com 10 anos de idade, ele tem fortes características de Aspenger,
ele ainda está tentando enfrentar o próprio luto. Eric e Aja conhecem Jubilee
na biblioteca onde ela trabalha e depois de uma situação muito complicada para
Aja e Jubilee, os três personagens começam a se aproximar cada vez mais.
O livro então se desenvolve na
amizade de Jubilee e Aja e no flerte que se estabelece entre Eric e Jubilee.
Apesar de não ter contato físico nenhum entre eles, é incrível a química que é
estabelecida na narrativa. Conseguimos entender e dimensionar o desejo entre os
dois, e claro, mesmo sabendo que é um amor impossível, torcemos a cada
paragrafo para que tudo se ajeite.
Jubilee é uma protagonista cheia
de nuances. Inteligentíssima porque todo o tempo de isolamento em casa foi
investido em leitura e estudo. Apesar de muito ressentida porque sua mãe foi
embora, ela não é dramática ou reclamona, mas percebe-se a questão não
resolvida com isso e o quanto a incomoda.
Eric é o típico personagem
masculino maravilhoso. Muito carinhoso e preocupado com Aja, ele vive uma
realidade paradoxal como pai. Ele tem outra filha com quem não conversa e isso
o tortura enquanto tenta deixar a vida de Aja o mais confortável possível. Uma
das formas que Eric tenta se aproximar da filha é lendo os livros que ela leu,
então, vemos algumas referências a Stephen King e Nicholas Sparks e isso me
aproximou bastante do personagem, admirando sua iniciativa em reconstruir o
relacionamento.
Foi uma leitura muito boa para
mim. Me envolvi no enredo e como disse, torci demais pelo romance do casal. As
páginas finais foram emocionantes com um desfecho inteligente e sensível e mais
uma vez, a autora me deixou muito satisfeita com sua forma de contar uma
história. O livro é doce e fofo, e ainda assim, muito adulto e consistente.
"É claro que os relacionamentos não se dissolvem por causa de um evento ou uma briga. São na verdade centenas de golpes dados ao longo do tempo - golpes no queixo, socos no rosto, cruzados certeiros. Mas alguns a gente nem sente e então, antes de se dar conta, você já está no chão, vendo estrelas e se perguntando como deixou chegar naquele ponto." Página 160
Recomendo para os românticos que
gostam de histórias originais, com amores impossíveis e várias referências
bibliográficas. A escrita da Oakley é leve, simples, mas muito viciante e eu
não conseguia largar o livro. Foi uma leitura maravilhosa.
Eu amei.
Um pouco sobre a autora:
Colleen Oakley é jornalista com artigos e ensaios publicados em jornais e
revistas como The New York Times, Women’s Health e Marie Claire. Vive em
Atlanta com seu marido, dois filhos e um enorme vira-lata chamado Bailey. Gosta
de escrever, ler e beber tequila. Não necessariamente nesta ordem. Seus livros
publicados no Brasil são:
- Antes de Partir
- Perto o Bastante Para Tocar
Olá Ivi!
ResponderExcluirO livro parece ser muito interessante... Uma pegada "Culpa é das Estrelas" pelo que pude perceber com sua resenha.
Para quem curte romance com certeza vai morrer de chorar com esse livro e não duvido que em breve terá uma adaptação cinematográfica heheh
Parabéns pelo texto, adorei.
Um grande beijo.
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirEu já tinha visto a capa desse livro, mas ainda não sabia do que se tratava. A sinopse me lembrou um pouco de Tudo e todas as coisas, da Nicola Yoon, acho que pela doença da protagonista.
Talvez por causa dessa semelhança, não achei o enredo tão original assim. No entanto, como adoro romances em que a gente fica torcendo pelos protagonistas, acho que leria esse livro.
Adorei a resenha e anotei a dica.
Beijos!
Oie!
ResponderExcluirSe não estou enganada essa é a primeira resenha que leio sobre esse livro e gostei bastante da proposta da obra, estou precisando de uma obra leve e que trate sobre assuntos importantes e ao mesmo tempo diferentes!
Bjss, vem participar do nosso sorteio, serão 3 Ganhadores e um levará um livro surpresa da Ler Editorial!
http://resenhasteen.blogspot.com.br/2017/08/sorteio-do-desapego-3-ganhadores.html
Oiii
ResponderExcluirNão conhecia a autora ainda. Achei a história bem original, lembrei de "Jimmy Bolha", mas esta com certeza é menos engraçada. Eu gosto de romances diferentes e este parece ser exatamente isto. hihi
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