Viagem #17 Foz do Iguaçu – Parte 1 - Kelly Silva 2017

terça-feira, 16 de maio de 2017


O destino escolhido para a segunda parte das férias desse ano foi uma cidade que sempre tive vontade de conhecer: Foz do Iguaçu, no Paraná. O voo entre São Paulo e Foz dura por volta de uma hora e meia e lá estávamos nós (eu, minha mãe e minha tia) bem empolgadas para visitar a cidade conhecida por suas cataratas.

A viagem já começou bem ao encontramos o cantor Alexandre Pires no aeroporto, ele foi bem simpático, atencioso e por coincidência estávamos no mesmo voo. Chegamos em um ensolarado sábado à tarde, nos hospedamos em um hotel no centro da cidade e descansamos para nos preparar para uma semana cheia lugares para visitar.

Dia 1 - Parque Nacional Iguazu (Argentina): O primeiro passeio escolhido foi o lado argentino das Cataratas, já que várias amigas haviam comentado que este lado era mais legal do que o lado brasileiro. O procedimento de entrada na Argentina pode ser demorado (é necessário apresentar RG ou passaporte), mas foi tranquilo já que o guia do passeio ficou responsável pelo trâmite, coube a nós somente esperar a autorização e ganhar mais um carimbo no passaporte!


A entrada do parque é paga na bilheteria e somente em pesos argentinos (400 pesos para brasileiros, por volta de R$ 100,00). Pessoas com deficiência não pagam entrada, eu entrei sem o menor problema e não pediram documentação, mas por via das dúvidas é importante levar algum documento comprobatório sobre a deficiência. Logo que chegamos, há uma fila para pegar o trem que nos leva a algumas paradas dentro do parque.

Há três trilhas, mas optamos por fazer somente uma (a que leva a famosa “garganta do diabo”) porque todas eram muito longas e cansativas. Ainda que eu tenha atravessado as passarelas na cadeira de rodas cedida pelo parque, o trajeto era bastante irregular e a guia inclusive comentou que na cadeira eu me sentiria como se estivesse “andando à cavalo” e reconheço que a sensação foi exatamente assim.

O percurso dessa trilha rumo a garganta do diabo parecia bem sem graça até que finalmente chegamos ao ponto principal. Muita água mesmo (mesmo com um pouco de barro devido a chuva) e nessa trilha os visitantes não se molham tanto, levamos capa e nem chegamos a usar. A visão é muito impactante, vale a caminhada, recomendo! Saímos da Argentina por volta das 16:30 e à noite só saímos para jantar mesmo. Ressalto que Foz do Iguaçu é uma cidade bem barata para comer (em comparação a SP), encontramos uma padaria próxima ao hotel que oferecia opções de lanche, comida ou sopas e comemos várias vezes lá, delícia!


Dia 2 - Usina Hidrelétrica de Itaipu: Em pleno feriado, decidimos visitar a Usina Hidrelétrica de Itaipu. A usina é afastada do centro da cidade e oferece dois tipos de passeio: a visita panorâmica e o circuito especial. Considerando que mais uma vez não pagaria ingresso (devido a deficiência), optamos pelo circuito especial e reconheço que foi ótima decisão.

Há certas regras para se fazer esse circuito, sobre roupas adequadas e não ser permitido levar bolsas. Assim que entramos fomos direcionadas a sala para exibição de documentário de alguns minutos sobre a história da usina e depois ao ônibus para o início do circuito. Havia três guias, bem simpáticos e atenciosos. Já com os capacetes para entrarmos na usina, um dos guias ficou somente conosco enquanto outros acompanharam o restante do grupo. Ficamos próximas a sala de controle e tivemos explicações sobre o funcionamento da usina, tudo muito grandioso e estruturado, muito além do que eu esperava!

Estivemos em várias áreas e pudemos presenciar a estrutura e a complexidade da usina, além de acompanhar ainda que de longe alguns minutos do trabalho e da responsabilidade que envolve cada um dos funcionários. A surpresa foi a informação sobre o vertedouro, que esperávamos ver cheio como nas fotos de divulgação, porém, nos foi explicado que é raro que ele realmente esteja cheio. O circuito especial dura cerca de duas horas e meia e foi muito interessante, adoramos!  


Dia 2: Circuito Iguazu (Argentina): Como apaixonada pela Argentina que sou, claro que eu voltaria lá para conhecer também a cidade. Encontrei esse passeio que contemplava várias coisas, realizado sempre à noite pois o comércio é fechado durante à tarde. A primeira parada foi em uma loja para fazer degustação de doce de leite e alfajor (coisas que eu AMO). A segunda parada foi para o jantar. Houve degustação de vinho (que eu não curti porque eram vinhos secos), mas a mesa era linda e as explicações bem legais. O ponto alto para mim foi a apresentação de tango durante a refeição, uma das danças que mais admiro. Como éramos um grupo pequeno, houve até aula de tango para quem quisesse participar e rendeu momentos bem engraçados.

Após o jantar, o último destino foi o Bar de Gelo Iguazu, experiência muito diferente e divertida! Antes de entrar, nos deram uma jaqueta super quente e luvas para aguentarmos a temperatura e mesmo assim senti certa agonia ao entrar no local, mas logo me acostumei. Só é permitido permanecer lá durante 25 minutos e as bebidas são liberadas durante todo o período (provamos a com licor de doce de leite, delicia!) e servidas diretamente em copos de gelo que eu gostaria de ter trazido para casa se não fosse derreter. Mais carimbos no passaporte, já que mesmo tendo estado lá no dia anterior, o procedimento de entrada e saída no país foi feito novamente. Indico esse passeio para quem queira conhecer um pouco da comida e cultura da Argentina, sei que minha opinião é tendenciosa, mas eu curti demais e super valeu a pena para mim!

Dia 3 - Paraguai: Mais um dia de atravessar fronteiras e também enfrentar um pouco de trânsito. Chegamos a Ciudad del Este, especificamente ao shopping del Este, que era o ponto de partida do nosso passeio por lá.


Novamente éramos só nós três na van e a guia Andrea que falava português super bem foi muito atenciosa, divertida e tirou fotos ótimas durante todo o trajeto! A primeira parada foi na Catedral San Blas que tem formato de barco e lindos vitrais em seu interior, inclusive um que retrata as padroeiras dos países da tríplice fronteira. Contrastando com essa Catedral, está a Igreja San Lucas, bem mais imponente em sua decoração e construída com ajuda dos fiéis (com nomes das famílias que contribuíram gravados nos bancos).

Passamos por alguns lugares como a Plaza China, paramos no Lago de la República (super tranquilo, para caminhar, praticar exercícios ou simplesmente relaxar) e também na Mesquita da cidade. Como já imaginava, é necessário tirar os sapatos para entrar e cobrir os cabelos (no caso de mulheres) com a vestimenta oferecida antes de entrar no local. A moça que nos recebeu respondeu a todos os nossos questionamentos e dúvidas (desde horários de oração até costumes da religião muçulmana) e informou sobre livros em português ou espanhol, oferecidos gratuitamente aos visitantes. Como nunca tinha estado em uma mesquita, foi uma experiência bem interessante.

O último destino foi na cidade de Presidente Franco, especificamente “Salto del Monday”, consideradas as Cataratas do Paraguai. A entrada é cobrada, mas já estava inclusa no passeio que fizemos. O local é menor e o acesso é muito mais fácil do que as cataratas argentinas, pois caminhamos somente alguns minutos e já chegamos ao elevador de acesso. A visão foi bem impactante, principalmente porque decidimos pegar o elevador que leva ainda mais próximo à queda d’água. O acesso é pago (R$ 20 por pessoa), mas super recomendo, do ângulo em que estávamos parecia que a água caía do céu e poderia cair diretamente na nossa cabeça, sensação incrível.

Voltamos ao shopping e tivemos tempo livre para compras. Os preços de alguns produtos importados eram atrativos e o comércio na rua é parecido com a Rua 25 de Março (em São Paulo), em que sempre vale a pena pechinchar para conseguir um preço melhor. Considerando tudo, foi um passeio surpreendente, realmente nos mostrou um outro lado da cidade, muito além do circuito de compras pelo qual Ciudad del Este é famosa.


Foram três dias de vários passeios, conhecemos pessoas, lugares e culturas diferentes, muito divertido e interessante. Logo voltarei para comentar sobre outros passeios que fizemos especificamente em Foz do Iguaçu.
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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