Nome
original: The Danish Girl
Autor: David
Ebershoff
Tradução: Paulo Reis
País de origem: Estados Unidos
País de origem: Estados Unidos
Número de
páginas: 368
Ano de Lançamento: 2016
ISBN: 978-85-68432-50-1
Editora: Rocco
SKOOB
SKOOB
Vi o trailer do filme e gostei de
saber que era baseado em um livro, me interessei pela história e ainda mais por
saber que é real. O livro baseia-se na história de Lili Elbe e sua esposa, Gerda,
mas o autor deixa claro logo no início que alterou tantos fatos que o livro é
totalmente ficção.
O livro é dividido em quatro partes
e a primeira se passa em 1925, na cidade de Copenhague. Einar era professor na
Academia de Artes onde conheceu a esposa Greta (alteração do nome pelo autor é
percebida logo nas primeiras páginas). Ambos são ilustradores, Einar pintava
paisagens e Greta retratos pessoais. Ele é tímido, se sente pequeno diante dela
e a iniciativa de contato entre os dois sempre parte de Greta. O conflito de
Einar tem início no momento em que a esposa pede que ele coloque um vestido
para que ela termine um quadro e sugere chamá-lo de Lili quando esteja vestido
dessa forma. Greta inclusive incentiva para que ele vá a festa como Lili, que
será apresentada como prima de Einar.
“O passado que mudara e o futuro que se estendia: ela atravessara tudo com audácia e cautela ao mesmo tempo e a coisa chegara àquele ponto.” (página 182)
Os capítulos seguintes descrevem a
infância de Einar (se vestia como menina e era repreendido pelo pai, se sentiu
atraído pelo amigo Hans) e o primeiro casamento de Greta (casou somente para
sair de casa, mas foi dedicada ao marido, que morreu de forma bem dramática).
De volta ao presente, já no baile e vestido como Lili,
Einar sente como se seu cérebro fosse dividido entre ele e Lili e ambos compartilhassem
o mesmo corpo. Conhece Henrik, mas o encontro é interrompido pois tem
sangramento e deixa a festa. Greta consegue localizar Hans (amigo de infância
de Einar) e ele se torna personagem importante na história, assim como
Carlisle, irmão de Greta.
A segunda parte do livro começa em
1929, em Paris, local que libertou Lili, já que lá ninguém os conhecia. Greta
começa a fazer sucesso com seus quadros retratando Lili e sugere que ela
procure um médico para ajudá-la a “escolher”, se referindo a cirurgia genital.
Até essa parte, eu quase desisti da
leitura, o ritmo muito é lento e há excesso de descrições a todo momento, desde
sensações, paisagens, acontecimentos, lugares até as pinturas de Greta, me
pareceu cansativo. O livro só fica mais rápido e interessante a partir da
terceira parte, ambientada na Alemanha, em 1925, no momento em que Lili decide
pela cirurgia para definição de sexo. Lili foi a primeira mulher transexual a
se submeter a uma cirurgia genital, tendo a esposa como sua maior incentivadora
(mesmo que ficasse em conflito algumas vezes).
A história é dramática e cheia de
conflitos: Einar enfrenta preconceito e demonstra coragem ao se assumir como
Lili, Greta sente a “perda” do marido, mas está bem com Lili, que inclusive a
fez alcançar sucesso como artista. Se sente atraída por outro homem, mas sente
que deve “cuidar” de Lili. Já Lili se sente em dívida com Greta pela ajuda
dela, mas não deixa de fazer planos com Henrik e contrariando a opinião da
ex-esposa, se submete a outras cirurgias. Como bem descreveu o autor, os
motivos e atos das duas estão inextricavelmente entrelaçados. A mensagem do
livro é de coragem, aceitação e persistência para atingir objetivos.
Nas últimas páginas, há uma conversa
com o autor, que conta sobre a pesquisa para o livro, explica porque mudou o
nome da esposa de Lili, sua fascinação pelo tema casamento e a luta do ser
humano para ser aceito por quem é.
“Um artista vê aquilo que ainda não existe. Ele ou ela imagina um futuro que outros não conseguem perceber. O artista interpreta a realidade, tornando-a ainda mais vívida e duradoura”. (página 188)
Ainda não assisti o filme, mas
fiquei curiosa para saber se o filme será fiel ao livro ou a história
real de Lili Elbe. Quando assistir, volto para comentá-lo aqui, se por acaso você já
assistiu, vou adorar ler seus comentários também sobre o filme.
Confira o trailer da adaptação cinematográfica:
Um pouco sobre o autor: Romance de estreia de David
Ebershoff, A garota dinamarquesa ganhou o Prêmio Literário Lambda de
2000 na categoria de ficção transgênero e foi transformado em filme estrelado
pelo vencedor do Oscar, Eddie Redmayne. Ebershoff figurou duas vezes na lista
anual das cem pessoas LGBT mais influentes, elaborada pela revista Out. Ele é
professor no curso de escrita literária da Universidade de Columbia e trabalha
há muitos anos como editor na Random House. Originário da Califórnia, David
mora hoje em Nova York. No Brasil, A Garota Dinamarquesa é o seu único livro publicado.
Oi Kelly, tudo bem?
ResponderExcluirEu só assisti ao trailer, mas espero poder ver o filme em breve. A história parece ser bem promissora e quero ver para tirar minhas próprias conclusões. Imagino que deva ser um filme bem emocionante e já li várias críticas positivas sobre a história de modo geral. Gostaria de ler o livro também.
Beijos, Fer
Eu também vi o trailer e fiquei curiosa com o filme, mas antes tenho que ler o livro e pelo que você falou, é muito bom. Acho que o enredo seja muito complexo e forte, fico imaginando o quanto ele sofreu e o quanto ela também deva ter sofrido com essa mudança do marido.
ResponderExcluirOi Flor
ResponderExcluirAdorei suas impressões sobre a obra. Confesso que estou com muita vontade de ver o filme, mas o livro não seria um leitura para este momento.
Pela sua resenha dá para ver que é uma obra magnífica. Sem contar que a temática e o processo de aceitação não é fácil.
Gostei muita da sua análise.
Beijinhos
Rizia - Livroterapias
Olá
ResponderExcluirAinda não vi o filme mas quero bastante. Não me interessou muito a leitura mas fiquei curiosa em saber como o personagem administra essa mudança perante a sociedade ao se assumir, deve ser uma baita lição.
Everton Equipe Rillismo
rillismo.blogspot.com.br
Eu já tinha visto o trailer do livro r não tinha me interessado. E mesmo agora lendo sua desenha do livro continuo sem interesse pelo assunto abordado. Claro que é um tema forte e interessante. Acredito que ainda seja necessário muitos outros livros como esse para abrir a mente das pessoas em relação a transexualidade. Mas sei lá não è um enredo que me prenderia ainda mais por ser tão arrastado e detalhado como você mencionou.
ResponderExcluirBj
Camila Bernardini Coelho
Oie!
ResponderExcluirEu ainda não consegui assistir o filme, e nem li o livro :O Estou curiosa com essa trama, para conhecer mais sobre que eles passaram, tanto o homem como a mulher. E o que mais me interessou é a aceitação da esposa. Gostei bastante.
Bjks!
Histórias sem Fim
Olá Kelly,
ResponderExcluirAdorei sua resenha. E gostei demais da premissa do livro.
Não sabia que o livro viraria filme e, pelo trailer, será uma boa adaptação.
Gosto muito de livros dramáticos e conflituosos, A Garota Dinamarquesa é um prato cheio, pelo visto.
Já anotei o nome e espero ler em breve.
Beijos,
http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/
Oiee Kelly ^^
ResponderExcluirEu só soube que tinha um livro quando terminei de ver o filme, e, como adorei o filme, fiquei doida para ler....hehe' É uma pena que a história seja lenta no início e só flua para valer bem depois :/ acho a história muito interessante, adoro livros do tipo e histórias dramáticas ♥
MilkMilks
http://shakedepalavras.blogspot.com.br
Oi Kelly, tudo bem?
ResponderExcluirSabe que sempre ouvi falar muito desse filme, mas não fazia ideia que tinha um livro também. Acho que a trama parece boa e envolvente, é um assunto delicado e importante que é tratado nele, acredito que eu daria sim uma chance ao livro para ver se eu iria gostar mesmo, e assim assistir ao filme.
Beijos
http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2016/03/resenha-beleza-cruel.html
Acredito que pelo livro tratar de um tema onde tem como base a coragem, a aceitação e a persistência em alcançar os objetivos como você bem pontuou na resenha, a história deve ser bem densa e deve ser um ótimo meio de partida para reflexão dos leitores. Espero que um dia eu tenha a oportunidade de ler e de ver o filme. :)
ResponderExcluirBeijos
Vento Literário / No Facebook / No Twitter
Oi *---*
ResponderExcluirNão tenho vontade de ler o livro como tenho de assistir o filme mas vendo suas impressões ele parece espetacular. Pra época era um tabu esse gay e imagino tudo que o personagem enfrenta, deve ser muito emocionante. Só com mais vontade.
Bjos
rillismo.blogspot.com.br
Ola Kelly o enredo é muito interessante e pelo visto bem trabalhado, uma pena a leitura ser um pouco lenta o que deve me atrapalhar um pouco, mas gostei demais da premissa diferente e da personalidade do protagonista que se veste de mulher onde haverá muitas mudanças. Vou assistir primeiro o filme dessa vez. beijos
ResponderExcluirJoyce
www.livrosencantos.com
Olá... tudo bem??
ResponderExcluirOuvi muitas críticas positivas do filme e confesso que meu interesse em assistir se deu a partir delas, mas o livro não me cativa para ler... você citou algumas partes lentas... e acredito que desistiria exatamente nestas partes e mesmo curtindo o restante do livro, sei que de alguma forma valeu a pena para você... pretendo assistir o filme em breve... pelo trailer, fiquei mais curiosa ainda.. Xero!
Eu ainda não assisti ao filme, digo ainda porque eu já pretendia fazer isso e agora depois da resenha mais ainda. O que você escreveu sobre a lentidão da leitura no começo me desincentivou a ler o livro, mas a história me deixou ainda mais curiosa pelo filme. Aliás, quero muito ver a sua opinião sobre o longa!!
ResponderExcluirBeijos,
Mariana Baptista
umavidaporlivro.wordpress.com