Nome Original: Normal People
Autora: Sally Rooney
País de Origem: Irlanda
Tradução: Débora Landsberg
Número de Páginas: 264
Ano de Lançamento: 2019
ISBN-13: 9788535932560
Editora: Companhia das Letras
Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 100º livro lido em 2020 e foi Pessoas Normais (Sally Rooney). Esse livro vem sendo comentado como um dos melhores do ano e depois do lançamento da série baseada no livro, o hype aumentou consideravelmente. Minha curiosidade não ficou imune ao enredo e eu parti para a leitura com a expectativa nas alturas.
O livro nos traz Marianne e Connel, dois jovens no último ano do ensino médio no interior da Irlanda. Marianne tem uma vida financeira confortável e a mãe de Connel é faxineira na sua mansão e apesar dos dois estudarem na mesma escola, eles só se aproximam porque Connel sempre vai buscar a mãe no trabalho. Marianne é a estranha da escola, não tem amigos e não perde uma oportunidade para confrontar estudantes e professores. Sempre vítima de bullyng, ela não dá a mínima pra ninguém. Já Connel, é o garoto popular, cercado de amigos e capitão do time de futebol. Ele e Marianne acabam se envolvendo, mas Connel pede para que ela nunca conte nada na escola ou para qualquer outra pessoa e Marianne não se importa com isso porque afinal, ela não tem amigos na escola. Porém esse segredo acaba gerando conflitos entre os dois conforme nascem os sentimentos.
Quando o ensino médio acaba e ambos partem para a faculdade na capital Dublin, a situação se inverte. Marianne passa a ser popular e admirada e Connel a ficar na sombra dela, gerando novos conflitos, mas intensificando o amor entre os dois.
O livro conta uma história simples entre um casal que se apaixona, mas tem sérias questões emocionais não resolvidas na vida. Marianne vive em um lar problemático e de constante abuso emocional. Connel sente a pressão dos amigos sobre tudo o que ele faz e quer e isso o joga em um lugar desconfortável para se viver. Seja no colégio ou na faculdade, a falta de comunicação entre eles é o que acaba criando uma distância dura entre eles, ainda que os sentimentos sejam fortes e verdadeiros.
Os personagens secundários servem apenas para sustentar a problemática da relação entre Marianne e Connel, porém a mãe dele, Lorrayne, é uma personagem que chama a atenção todas as vezes em que aparece. Honesta, carismática e com um forte senso de justiça, ela rouba a cena todas as vezes que tem a oportunidade de se posicionar dentro da trama e, sem dúvida, foi minha personagem favorita.
O livro é escrito de forma diferenciada. Sem travessões e aspas para identificar os diálogos, exige atenção do leitor que pode se deparar com um diálogo ou um fluxo de pensamento em uma única página. Outra característica que diferencia o texto da autora é que ela não segue uma narrativa linear e os capítulos são marcados por intervalos de tempo, outra vez exigindo do leitor mais atenção que o necessário.
Eu gostei demais do livro! Me envolvi com a história do casal e torci o tempo todo para que as dificuldades pudessem ser resolvidas e consegui entender os dois lados do relacionamento, porém o que me decepcionou foi o final, por ser aberto e assim, nenhum pouco conclusivo.
Como disse no início, o livro foi adaptado para a TV em uma série e no momento que escrevo essa resenha estou no episódio 7. A série até aqui é extremamente fiel ao livro e isso me deixou feliz, mas confesso que estou torcendo por um final diferente.
É um livro diferente que conta uma história comum e talvez por isso, tenha conquistado tantos corações pelo mundo afora.
Eu gostei.
Um pouco sobre a autora: Sally Rooney nasceu na Irlanda em 1991. Membro do corpo de debate da Trinity College em Dublin, do qual foi campeã universitária, ela se formou em letras pela mesma faculdade, além de fazer um mestrado em literatura americana. Seus textos já foram publicados nas revistas Dublin Review e Granta. Seus livros publicados no Brasil são:
- Conversa Entre Amigos
- Pessoas Normais
Olá,
ResponderExcluirJá li algumas resenhas dele durante o ano mas não sabia que tinha sido adaptado para televisão, o que sempre me deixa um pouco curiosa, com vontade de ler para só depois assistir (e poder comparar haha). Entretanto, apesar dessa curiosidade, acredito que a forma de escrita descrita por você me incomodaria um pouco, o que no geral atrapalha meu envolvimento com a história.
Beijo!
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