Nome Original: Two by Two
Autor: Nicholas Sparks
País de Origem: Estados Unidos
Tradução: Fernanda Abreu
Número de Páginas: 512
Ano de Lançamento: 2017
ISBN: 9788580417012
Editora: Arqueiro
SKOOB | GOODREADS
Nicholas Sparks esteve no Brasil na primeira semana de Abril para o lançamento desse livro e mesmo frustrada por não
ter conseguido vê-lo (horário da distribuição de senhas e início do evento péssimos
para um dia de semana), não tirou a empolgação e curiosidade
pelo livro novo.
“Ser pai é isso. Fazer o melhor possível, morrendo de medo de estar errando. Na minha opinião, nada deixa os cabelos brancos mais depressa do que os filhos”. – página 194
A capa de “Dois a Dois” me pareceu
bem fofa e diferente dos romances de Sparks, já que retrata um homem e uma
criança e não um casal. A dedicatória já faz qualquer fã de Sparks se encantar ainda mais por
ele: o livro é dedicado aos seus leitores, com agradecimento por
acompanhá-lo há 20 anos. Como comecei a leitura sem ler a sinopse, imaginava que
a esposa / mãe pudesse ter morrido, mas não é o que acontece.
Russell é o narrador da história,
casado com Vivian e pai da garotinha London. Tem boa relação com os pais e é o
melhor amigo da irmã Marge, casada com Liz. A história alterna capítulos entre
presente e passado, Russell quer passar mais tempo com a filha e se dedicar
mais a ela, assim como também se sente mal ao frustrar a esposa.
"Uma vez li uma coisa sobre amizade e nunca mais esqueci. Dizia assim: “Amizade não significa há quanto tempo você conhece uma pessoa. Amizade significa alguém entrar na sua vida, dizer ‘Eu estou do seu lado’, e depois provar”. - página 291
A relação entre Russell e London
muda após Vivian ter viagens a trabalho, já que cabe a ele cuidar da filha e os
dois ficam bem mais próximos. O pai inclusive ensina a menina a andar de
bicicleta para que compartilhem uma das paixões dele juntos. Russell sempre lê
a história da arca de Noé para ela, na qual os animais entravam em pares, “dois
a dois”; consta também uma música com o título (“Two by Two”, de JD Eicher). Outra parte fofa é a relação entre London e
Bodhi, colegas de escola. Os dois se tornam amigos inseparáveis e
Russell se surpreende ao saber que a mãe de Bodhi é Emily, sua ex-namorada.
Devo reconhecer que até a metade, o
livro me pareceu bem irritante. Russell é extremamente inseguro e Vivian é bem
egoísta em diversos momentos, a leitura se salva somente pela fofura de London.
Por outro lado, a família de Russell é ótima: os pais sempre dispostos a
ajudar, aconselham e demonstram amor em todos os momentos, principalmente em
relação ao preconceito da sociedade pela relação entre Marge e Liz e a nova
fase da vida de Russell. Marge é a irmã super sincera, que o leva a tomar decisões
importantes e difíceis. Liz também merece destaque pela força e coragem em diversas situações.
Em determinado momento, o foco muda
e a história se torna bem mais interessante. Como característico do autor, há
um momento super triste, sofrimento bem descrito. É algo citado desde o início
do livro como um pressentimento e fiquei ainda mais impactada porque envolveu
alguém inesperado. Cartas também estão presentes na narrativa, uma delas gera
momento parecido ao descrito em “Querido John”, meu livro preferido do mesmo autor.
O livro trata de relacionamentos e
amor: entre pais e filhos (pais com Russell e Marge, Russell e London), entre
irmãos (Marge e Russell, apoio e incentivo sempre) e entre amigos (London e
Bodhi, Emily e Russell). Russell muda pela filha e se torna exemplo de força de
vontade pelo recomeço, consegue tomar decisões em momentos decisivos pelo apoio
das pessoas que ama. Assim como sua família, prioriza o bem estar do outro todos aproveitam os momentos especiais juntos.
"[..] Acabei me dando conta de que o cerne do verdadeiro amor é a aceitação, não o julgamento. Ser aceito inteiramente pelo outro, mesmo nos seus momentos de maior fraqueza, significa enfim alcançar a tranquilidade". - página 374
Tive a impressão do livro ter sido
inspirado na vida de Nicholas Sparks pelo fato de abordar divórcio, adaptação a
nova relação com filhos e doenças familiares. Mesmo que boa parte do livro não tenha me agradado,
o desenvolvimento e final da história valeram a pena e eu gostei muito. Recomendo!
Um pouco sobre
o autor: Nicholas Sparks queria ser atleta,
mas uma lesão o impediu de realizar esse sonho. Formado em economia, publicou
seu primeiro livro aos 31 anos. Suas obras foram traduzidas para 50 idiomas e já
venderam mais de 100 milhões de exemplares. Onze de seus livros ganharam
adaptações para o cinema. Nicholas mora na Carolina do Norte e tem cinco
filhos. Os livros de Nicholas Sparks
publicados no Brasil são:
- Diário de Uma Paixão
- Uma Carta de Amor
- Um Amor para Recordar
- O Resgate
- Uma Curva na Estrada
- Noites de Tormenta
- O Guardião
- O Casamento
- Três Semanas com Meu Irmão
- O Milagre
- À Primeira Vista
- A Escolha
- Querido John
- Um Homem de Sorte
- A última Música
- Um Porto Seguro
- O Melhor de Mim
- Uma Longa Jornada
- Três Semanas com Meu Irmão
- Dois a Dois
oi, ivi, também tive essa impressão de o livro ter sido baseado na vida dele, e inclusive comentei na minha resenha isso. Eu amei o livro, embora russ e vivian me irritaram bastante, mas achei viciante e não conseguia mais parar
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