O Pessegueiro (Sarah Addison Allen)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Ficha Técnica:
Nome Original: The Peach Keeper
Autora: Sarah Addison Allen
País de Origem: Estados Unidos
Tradução: Alice Klesck
Número de Páginas: 256
Ano de Lançamento: 2013
ISBN-13: 9788542201253
Editora: Planeta do Brasil

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 12º livro lido em 2017 e foi O Pessegueiro (Sarah Addison Allen). Como recentemente a leitura de um livro desta autora foi ótima, decidi embarcar em mais um livro dela, uma vez que ele já estava na minha estante, adiantei a leitura.

O livro nos traz duas personagens marcantes. A Paxton, filha de uma família tradicional da pequena cidade de Asheville, na Carolina do Norte. Paxton é irmã gêmea de Colin, que saiu da cidade para fazer faculdade fora e atualmente mora em Nova York. Paxton sempre foi a menina privilegiada, que nunca precisou se esforçar para ter nada na vida. Seguindo os passos das mulheres da família, ela agora, aos 30 anos, é a responsável pelo Clube Social Feminino e alimenta uma paixão platônica pelo melhor amigo Sebastian, que a cidade inteira acredita ser gay. Seu irmão Colin retorna à cidade para ajudar Paxton em um projeto.


Temos também a Willa, a garota de condições humildes que na época da escola, era a grande responsável pelos trotes aos alunos ou para com a instituição. Como uma rebelde sem causa, Willa se arriscava para que a escola não fosse tão tediosa para todos e embora ninguém tivesse muita coragem de fazer as coisas que ela fazia, todos a invejavam secretamente.

O que Paxton e Willa tem em comum é que suas avós, Georgie e Agatha, foram grandes amigas na juventude, fundadoras do clube que Paxton lidera e agora, já com a idade avançada, guardam um segredo muito sério. E este segredo é desvendado quando Paxton decide reformar a sede do clube para a realização de um baile e para isso, remove um pessegueiro plantado ali, que não existia na época da fundação. Quando os empreiteiros removem a árvore, uma ossada humana é descoberta enterrada.
A felicidade é um risco. Se você não sentir um pouquinho de medo, não está fazendo a coisa certa. Página 221
Apesar da descoberta, o enredo do livro não se desenvolve sobre o mistério deste cadáver, inclusive isso é esclarecido muito facilmente, sem grandes explicações. O mote central do livro se dará nas relações que se estabelecerão a partir disso. Colin se aproximando de Willa. Willa, mesmo distante de Paxton, a ajudando em um momento crucial e Paxton se declarando para Sebastian. E tudo isso, sendo um desdobramento da amizade que um dia, as avós compartilharam.


Mais uma vez, a autora me envolveu com uma história consistente e uma narrativa bem fluida. A forma como os acontecimentos se dão no livro e as referências ao passado de todos os personagens, se dá de forma bem interessante e antes que o leitor perceba, ele já tem em mãos todas as informações que precisa para entender e conhecer cada um deles. 
O destino nunca lhe conta tudo de cara. Nem sempre lhe é mostrado o caminho de vida que você deve seguir. Mas se havia uma coisa que Willa aprendera nas últimas semanas era que, quando Você realmente tem sorte, encontra alguém com o mapa. Página 225
De certa forma, a narrativa é um pouco clichê e você sabe como tudo terminará, porém, o caminho para chegar na conclusão, é delicioso de ser feito. Eu me conectei muito facilmente com a Willa, porque na adolescência eu era a causadora das bagunças na escola. Mas também me envolvi com a Paxton e compreendi a paixão inexplicável por Sebastian. E embora o romance de ambos os casais seja fofo e interessante, eu não via a hora de Willa e Paxton se tornarem amigas.


O livro traz uma abordagem muito pertinente sobre a ajuda que as mulheres podem dar umas às outras. Não apenas um discurso feminista, mas o quanto o apoio de quem passa pelos mesmos problemas que você, pode pesar em um momento oportuno. Várias situações de sororidade estão inseridas neste enredo e para mim, este foi um ponto fortíssimo na obra.
A forma que as pessoas vivem suas vidas e por quem se apaixonam jamais deveria precisar de defesa. Página 229
Com um sutil toque sobrenatural, mais como folclore do que de fato acontecimento, o livro é uma história bonita sobre amizade, superação, amor e família. Eu adorei a leitura e mega recomendo para quem gosta de um romance leve, mas consistente e com uma aprofundada no tema da amizade.

Eu adorei!!!


Um pouco sobre a autora: Autora best-seller do New York Times, seus romances misturam a sua criação no Sul dos Estados Unidos com a magia de contos de fadas e uma pitada de romance. Ela nasceu e foi criada em Asheville, na Carolina do Norte. Seus livos publicados no Brasil são: 

  • A Garota que Perseguiu a Lua
  • O Pessegueiro
  • Encantos do Jardim
Comentários
19 Comentários

19 comentários :

  1. Sempre quis muito ler esse livro, mas ainda não tive a oportunidade, sem contar que acho essa capa maravilhosa. Achei legal essa questão dos apoios que as mulhes devem ter uma com as outras, realmente é um ponto bem forte. Os elementos que você comentou também me deixaram ainda mais curiosa, desde a parte sutil do sobrenatural, até as outras abordagens.
    Beijos, Fer

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  2. Eu AMEI a sua resenha! Eu nunca ouvi falar dessa autora, mas mulher, você realmente me deixou curiosa sobre o trabalho dela. Realmente fiquei bem curiosa sobre Paxton e Sebastian, de tudo o que você contou, os dois foram o que mais me deixaram curiosa. Com certeza colocarei esse livro na minha lista. Obrigada pela dica! ♥
    Beijos,
    http://romanceerotic.blogspot.com.br/

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  3. Olá! Eu não conheço a autora, mas já ouvi maravilhas sobre a escrita dela. Sobre a história ser clichê, Bom, encontramos tantos livros assim! Mas se o caminho encanta, creio que valha a pena. Outra coisa linda eh falar sobre a amizade, afinal, são elas que movem nossas vidas. Abraço e obrigada por compartilhar....

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  4. Oi, Ivi!
    A autora gosta de dar um toque de magia/sobrenatural em seus livro não é? É partir disso que a história pode se desenrolar, mas sem isso ser o foco da história.
    O livro parece ser bem leve e cheio de momentos de emoção. Nunca li nada da autora, só ouço falar e fico bem curiosa para dar uma olhada em seus livros. Obrigada pela dica!
    Beijão!
    http://www.lagarota.com.br/
    http://www.asmeninasqueleemlivros.com/

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  5. Olá Ivi ♥
    Bom, eu não conhecia a obra nem a autora, mas tenho que confessar que estou maravilhada com a premissa e com a capa. E para me deixar mais curiosa ainda você começa sua resenha falando de personagens marcantes, como não amar um personagem marcante e bem desenvolvido? Pode até ter um clichê, mas as vezes um bom clichezinho não faz mal. O fato da narrativa ser fluida so me deixa com mais vontade de ler o livro. Amei sua resenha, Ivi. Espero poder fazer a leitura desse livro o mais breve possível. Beijos!

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  6. Oi Ivi,

    Já tinha visto essa capa por ai, mas nem sabia do que se tratava. Achei a premissa interessante e apesar de ser um pouco clichê, acho que é uma leitura bem agradável.
    Pior que o que mais me chamou a atenção, que foi a questão da ossada, é o que não recebe tanto o foco da história. rsrsrsrs Mesmo assim anotando a dica.

    Bjs,
    Garotas de Papel

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  7. Oi, tudo bem?
    Ai que amor, sou doido para ler este livro! É uma das capas que eu mais gosto e me aparentou ter um enredo incrível depois dessa sua resenha maravilhosa, espero conhecer a escrita logo, logo! Pois não aguento mais esse livro na minha listinha de desejados desde o ano passado! UHAAUAHUAHA.

    Beijos,
    Lu - @justificou

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  8. Fascinante é bem meu tipo de livro romance leve, mas com um enredo intenso o suficiente para te prender até o final. Quero muito ler, ótima resenha!!

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  9. Oie! Tudo bem?

    Não conhecia esse livro, mas me interessei e muito por ele! A capa é linda e a história pelo o que você falou tem tudo para me agradar! principalmente quando fala sobre amizade e família! Irei anotar a dica para quem sabe futuramente realizar a leitura!

    Bjss

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  10. Olá, tudo bom?

    Lendo sua resenha, comecei a imaginar: como tudo isso coube em um livro de 256 páginas? É muita coisa (dois romances e um mistério) para pouca coisa, mas fico feliz em saber que deu certo. Não conhecia essa obra, mas já me interessei, principalmente por saber da sonoridade feminina presente no enredo. É ótimo ver duas melhores que não são rivais e na verdade se ajudem em momento de necessidade.
    Além disso, adorei essa abordagem de ter dois romances no desenvolvimento e já fiquei curiosa para saber os motivos para a cidade inteira achar que Sebastian é gay.

    Enfim, obrigada pela dica ;)
    Abraços.

    http://instantesmemoraveis.blogspot.com.br/

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  11. Oi, tudo bem?
    Confesso que não me senti atraída pela história em si, porque como você disse soa clichê, mas seus elogios mudaram minha visão quanto à obra. Fala de assuntos importantes e achei bacana abordar a sororidade também, tema importante nos dias atuais. Beijos!


    ourbravenewblog.weebly.com
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  12. Oie...
    Sou completamente apaixonada por esse livro! Já faz uns dois anos que o li e até hoje ele desperta um sentimento muito bom em mim... Adoro esse toque de magia que a autora coloca na obra, a forma que ela conduz a historia, a construção dos personagens, enfim, tudo!
    Leitura mais que recomendada...
    Beijos

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  13. Oie!
    Eu já tive a oportunidade de ler esse livro, e adore a história. Não é o primeiro livro que leio da autora, e a história incrível, daquelas que não consegue parar por nada. Uma ótima dica, que todos precisam conferir.
    Bjks!
    Histórias sem Fim

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  14. Oi Ivi!

    Tudo bem? Antes de mais nada a capa de "O Pessegueiro" é maravilhosa, de uma delicadeza e sinceramente acho que é uma das mais bonitas de todo o catálogo da Editora Planeta até o momento (e isso quer dizer alguma coisa né? hahahaha)

    Bom, apesar de conhecer o livro não sabia muito bem que ele possui essa questão do apoio mútuo entre as mulheres e gosto muito deste tipo de abordagem na literatura (quando mostra o que pode acontecer quando mulheres se unem!) então com certeza é mais um motivo para eu dar uma chance ao livro!

    E sinceramente não tenho problemas coma clichês desde que tenham sido bem escritos e usados acho que podem muito bem funcionar para o desenvolvimento do enredo.

    Beijinhos - Jessie
    www.paraisoliterario.com

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  15. Oi Ivi, acho que já vi este livro antes, mas nunca parei para ler o mesmo, a sinopse não chama muito a minha atenção, mas parece ser uma boa dica para uma leitura mais leve..

    Bjs Jany
    http://www.leituraentreamigas.com.br

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  16. Olá!
    Não deve ser fácil ser apaixonada pelo melhor amigo. E o pior, que todos acham que é gay.
    Me senti bastante cativada pelos personagens. Mesmo sendo meio clichê, me senti curiosa e atraída pelo "apoio mútuo entre mulheres". Gostei bastante da capa.

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  17. Olá!
    Olhando essa cada, eu nunca imaginaria que o plot chegaria em ossos encontrados hahahah gosto de livros que focam na relação dos personagens, mesmo aqueles que terminam de forma previsível, o que vale é o caminho <3 adorei a indicação!
    Beijos,

    Luana

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  18. Oi Ivi
    Como eu nao conhecia a autora??
    Amei a capa, a história e a lição central do livro. Gosto muito de histórias que envolvem amizade, família e amor.
    DICA MAIS DO QUE ANOTADA! haha

    beijos
    Livros & Tal

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  19. A capa é linda! Não conhecia o livro e a autora, deve ser muito charmoso só pela capa! Só ela já me faria colocar o livro na minha estante, huahuahuah!

    Adorei o livro só por sua resenha. Os personagens parecem ser encantadores... Acredito que não me identificaria com nenhum deles, uma vez que não era a mimada, mas também não era a encrenqueira. Gostaria de ter uma tradição assim na minha família...

    Ótima indicação!

    Abraços!
    www.asmeninasqueleemlivros.com

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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