Como sempre a espera pela Bienal do Livro do RJ é pura
ansiedade, ter um espaço imenso recheado de livros é puro êxtase! E nesse ano
lá fui eu de novo visitar o paraíso.
A Bienal do RJ esse ano é do dia 03 a 13 de setembro, no
Riocentro, eu fui no domingo, dia 06 de setembro. Comprei o ingresso na noite
anterior pela Internet. Como na outra Bienal do RJ a venda de ingressos fora do
local é muito fácil: tem postos de venda em vários bairros da cidade, pode comprar
por telefone ou pela Internet, como eu fiz. A taxa de conveniência escolhendo a
opção de imprimir o ingresso em casa, é de R$1,60, o que eu achei até barato
pela facilidade, apesar de achar que eles já poderiam se modernizar um pouco
mais e não precisarmos mais imprimir ingressos, apenas mostrar o ingresso
comprado pelo celular com o número do serviço, como vários lugares já fazem.
Quem sabe na próxima Bienal do RJ eles pensem nisso, pelo menos eu dei a
sugestão no site.
Mesmo com tantas opções de compra antecipada, a fila para
comprar ingressos no local estava bem lotada. Não sei se estava com o
atendimento rápido porque eu entrei pelo acesso de ingressos antecipados e não
tinha ninguém na fila. Entreguei meu ingresso para uma menina simpática, mas
que já devia estar entediada porque a entrada estava muito tranquila. Uma dica:
Pegue sua via do ingresso quando entrar, uma vez que tem estandes que dão
desconto do valor do ingresso se a pessoa comprar mais de R$80,00. A Companhia
das Letras, onde eu comprei livros, não estava participando da promoção, mas quem
sabe alguém tenha mais sorte.
O estacionamento estava lotado e imaginei que dentro do
Riocentro devia estar uma loucura, mas até que foi tudo muito tranquilo. A
entrada, como disse foi fácil e sem filas, e os estandes estavam bem cheios,
alguns muito lotados onde esbarrávamos e tínhamos dificuldade de andar e pegar
os livros nas prateleiras, mas a fila para pagamento, apesar de muitas estarem
bem longas, não estavam demorando. Na Companhia das Letras a fila estava
enorme, mas tinham muitos caixas e pelas minhas contas não demorei nem 10
minutos entre entrar na fila e sair do estande, então dou nota 10 para a
eficiência deles. Não posso fazer uma comparação direta com outros estandes,
porque como já disse, só comprei na Companhia das Letras, mas durante o passeio
pela Bienal reparei nas filas e estavam andando bem rápido. Alguns estandes
estavam mais cheios, outros mais vazios, mas todos muito bem frequentados.
Em relação ao preço dos livros. Os livros que eu costumo
pesquisar na Internet pude reparar que não estavam em conta. Alguns estavam com
quase o mesmo preço das lojas online e a grande maioria bem mais caro. Para que
vocês tenham uma ideia, o livro “A garota na teia de aranha” encontramos online
por 28 reais, na Bienal, no estande da editora, estava sendo vendido por 54
reais. Se a pessoa tem o costume de comprar online, como eu, não valia a pena
comprar e ainda ter que carregar o peso até em casa. Na Internet além de estar
mais barato, alguns sites não cobram frete comprando a partir de um determinado
valor. Eu comprei dois livros, para não sair da Bienal sem nada. Comprei
Joyland, lançamento de Stephen King pela Suma de Letras que faz parte da
Companhia de Letras. Estavam cobrando por ele R$29,90, na Internet encontramos
por R$18,00. E comprei “Tudo é eventual” também de Stephen King, esse comprei
porque sempre que procuro nas lojas online só encontro o livro de bolso, então
por isso paguei sem problemas os R$39,90 que estavam cobrando apesar de achar
bem caro. Resumindo: Vale a pena comprar os livros na Bienal caso você não se
importe de pagar mais caro, caso queira sair da Bienal carregando um monte de
livros, chegar em casa e cheirar, arrumar seus livros na estante e não ficar
preocupada com contas a pagar. Fora isso, o passeio é ótimo, como sempre, mas
os preços não.
Na programação oficial nesse ano tivemos entre os autores
internacionais Julia Quinn, Colleen Hoover e Sophie Kinsella, entre outros. E entre os autores nacionais temos Carina
Rissi, Pedro Bandeira, Thalita Rebouças, Maurício de Sousa, Ana Beatriz Brandão
- uma jovem autora de 15 anos com dois livros já publicados e vários outros já
prontos.
Os estandes estavam bem caprichados, mesmo aqueles que não
se preocuparam com decoração conseguiram arrumar os livros de maneira cômoda,
apesar de algumas dificuldades para o acesso aos livros nos estandes mais
lotados. Gostei dos corredores iluminados do estande da Argentina (país
homenageado desse ano), da exposição dos produtos típicos ao país, dos vídeos e
quadros contando a história, das músicas que podíamos sentar e ouvir com fones
de ouvido. Uma pena que não estavam distribuindo lembrancinhas.
O estande que eu achei mais lindo foi da Novo Conceito, mais
uma vez eles arrasaram na decoração. Ano passado, em São Paulo, eles estavam
com a decoração mais linda e esse ano novamente foi o número um nesse quesito.
A entrada era como entrar em um livro, as laterais tinham lombadas enormes de
alguns dos seus principais lançamentos, a distribuição dentro do estande estava
perfeita e ainda tinha um espaço bem bonitinho onde os autores batiam papo com
os leitores e autografavam seus livros. Muito lindo e aconchegante.
O estande que ficou em segundo lugar em decoração foi o da
República dos Livros, não apenas pelo painel imenso, apesar de ter sido isso que
mais chamava atenção, mas por todo o espaço deles.
Em relação a lembrancinhas e marcadores de livros. Como eu
disse logo aqui em cima, no estande da Argentina não tinha lembrancinhas, o que
foi uma pena, mas em todos os estandes, todos os estandes que eu entrei, não
tinha muitas lembrancinhas e nem marcadores a vontade como em todos os anos
anteriores. Em alguns estandes falavam que tinham acabado, mas não repunham e
em outros eles ficavam com os expositores e quando pedíamos eles davam no
máximo três. Esse ano a economia foi grande com os brindes.
Enfim, o passeio como sempre vale a pena, esse ano mais para
descobrir novos livros e depois comprar pela Internet, vale para conhecer novos
autores que sempre podemos nos esbarrar começando a autografar seus livros ou
mesmo para um bate-papo. Vale pelo passeio já que o acesso está bem fácil com
diversas opções para chegar ao local, com vendas antecipadas de ingressos em
vários lugares. Pode ir fazer um piquenique porque a área externa é gramada e
bem extensa, mas leve seus lanchinhos porque os preços no local são
exorbitantes. Mesmo com os preços caros, se a pessoa gosta de ler e ama os
livros, vale muito o passeio. Combine com os amigos e divirta-se!