Nudez Mortal é o primeiro livro da série Mortal de Nora
Roberts sob o pseudônimo de JD Robb. A autora já havia lançado mais de 90
livros de romance contemporâneo quando resolveu escrever um romance policial,
mas seus editores ficaram receosos em lançar, uma vez que ela era famosa com um
outro gênero literário, então, por isso, sugeriram que ela adotasse um
pseudônimo para lançar essa série policial que já conta com mais de 40 livros
lançados nos EUA, e aqui no Brasil já temos 22 livros dessa série.
Eu não li nenhum dos livros de Nora, então não fui influenciada por sua escrita anterior e por isso não tenho como fazer uma comparação com esse primeiro livro e seus romances contemporâneos que fazem tanto sucesso. Como gosto mesmo de romance policial, e por ser uma autora tão conhecida e aclamada, resolvi partir logo para o seu trabalho “diferente”.
“Nudez Mortal” é ambientada em um cenário futurista. A história se passa no ano de 2058, na cidade de Nova York, e nos mostra como será o futuro segundo a autora. Tudo muito diferente e triste, meio robotizado, mas até concordo com a autora que algumas coisas possam vir a acontecer. Desde café custando em torno de 300 reais o quilo, a carros voadores, até tvs interativas, o que hoje em dia já chega a ser possível. Mendigos e prostitutas, tem que ter uma licença para “agir”. Ninguém pode mendigar sem licença, isso chega a ser engraçado. E as prostitutas não podem oferecer seus serviços sem essa sua licença, e isso no livro é bastante falado uma vez que nessa primeira história o foco são as prostitutas. Ou o alvo, melhor dizendo.
A história é bem colocada, a ideia de ambientar no futuro é interessante, fazendo com que possa ser um charme à parte, um diferencial na maioria dos romances policiais que são publicados. As personagens são apresentadas no momento preciso e muito bem desenvolvidas. Apesar do gancho principal não ser original: uma prostituta que é parente de um figurão, e é morta em um assassinato em série, a história poderia ser bem amarrada e surpreendente. Poderia, mas infelizmente não foi isso que a autora fez. Não sei se pelo fato de já estar tão acostumada com romances policiais, eu consegui descobrir o assassino logo nos primeiros capítulos e levei a leitura do livro até o final por insistência e para saber como a personagem principal iria, finalmente, desconfiar de quem era o assassino e prendê-lo. O primeiro suspeito do crime, lindo e maravilhoso, o tipo de homem que eu não diria ser perfeito, mas que não deixa de ser o sonho de consumo de muitas mulheres, fica totalmente nítido logo que é apresentado, que vai ter algo mais com a tenente Dallas, uma mulher avessa a compromisso e que acredita que todos os policiais nunca deveriam ter um relacionamento sério porque isso atrapalha sua carreira. E Roarke é apresentado com um homem controlador, que faz tudo o que é preciso para conquistar quem ele quer, e consegue tudo que deseja. Bingo! Um romance tórrido, digno de um Cinquenta tons de cinza, sendo que a protagonista não é tão ingênua, porém se vê totalmente apaixonada. Não, isso não é um spoiler! É sério, logo de cara, até mesmo na sinopse já sabemos que isso vai acontecer, e a autora não nos surpreende, simplesmente faz acontecer.
Infelizmente a leitura não me envolveu totalmente, como disse me forcei a terminar para saber do passado de Eve Dallas, que também não me surpreendeu. A forma como ela descobriu o assassino e o prendeu até foi legal, mas não passou disso.
Não tenho vontade de continuar acompanhando a série, ainda mais que o fato de ser uma série tão longa com mais de 20 livros no Brasil e já tendo sido publicado 40 nos EUA, já desanimar, mas se a apresentação fosse mais interessante poderia me fazer ter vontade de, pelo menos, ler mais alguns livros, mas não tive, prefiro seguir por outros caminhos e ler tantos outros livros que ainda tenho em minha fila.
Mas, acredito que possa agradar a muitos outros leitores, principalmente aos fãs da autora. Então não se deixe levar por minha opinião e leia o livro, porque não vai deixar de passar horas agradáveis, porém sem surpresas.
Eu não li nenhum dos livros de Nora, então não fui influenciada por sua escrita anterior e por isso não tenho como fazer uma comparação com esse primeiro livro e seus romances contemporâneos que fazem tanto sucesso. Como gosto mesmo de romance policial, e por ser uma autora tão conhecida e aclamada, resolvi partir logo para o seu trabalho “diferente”.
“Nudez Mortal” é ambientada em um cenário futurista. A história se passa no ano de 2058, na cidade de Nova York, e nos mostra como será o futuro segundo a autora. Tudo muito diferente e triste, meio robotizado, mas até concordo com a autora que algumas coisas possam vir a acontecer. Desde café custando em torno de 300 reais o quilo, a carros voadores, até tvs interativas, o que hoje em dia já chega a ser possível. Mendigos e prostitutas, tem que ter uma licença para “agir”. Ninguém pode mendigar sem licença, isso chega a ser engraçado. E as prostitutas não podem oferecer seus serviços sem essa sua licença, e isso no livro é bastante falado uma vez que nessa primeira história o foco são as prostitutas. Ou o alvo, melhor dizendo.
“Aquilo era café de verdade. Não era uma simulação feita com concentrado vegetal aromático, tão comum depois da destruição das florestas tropicais no século passado.”Como o primeiro livro é sempre uma introdução, ele nos apresenta suas personagens principais, como Eve Dallas, a tenente de polícia de Nova York que deixa de dormir e comer enquanto não chega a uma solução para os casos que fica responsável. Eve é bastante jovem para o cargo que ocupa, não tem mais do que 30 anos e logo no começo do livro ela está com um grande problema em suas mãos, sendo afastada da polícia por ter matado um homem. Um caso que aos poucos durante o livro vai sendo desvendado e, também, qual foi o motivo que fez com que ela o matasse. Eve Dallas tem um misterioso passado, e esse é o fato que me prendeu mais a história do que o caso principal apresentado.
“De que adiantaria explicar a ela que não importa para onde a pessoa fuja, ou a velocidade com que corra, o passado está sempre dois passos atrás dela?”Mesmo Dallas tendo sido afastada temporariamente dos serviços até que seja submetida a todos os testes e tendo passado pelo julgamento psicológico da polícia, ela é escalada para um caso de grande responsabilidade e totalmente sigiloso com código cinco, que significava que ela deveria apenas se reportar ao seu comandante, não fazer relatórios abertos entre departamentos e sem nenhuma cooperação com a imprensa. Um caso em que ela estaria totalmente por conta própria: Um assassino que matou uma prostituta que era neta de um Senador. O fato da vítima ser uma prostituta não daria tanta ênfase ao caso, mas ela ser uma prostituta e neta de um senador muito conhecido na cidade de Nova York tornou o caso especial. A posição do corpo e um bilhete na cena do crime escrito: “Uma de seis”, leva a crer tratar-se de um assassino em série. Mas o grande escalão da política, e seu amigo secretário de segurança, não estão interessados nas outras prostitutas que o assassino possa a vir a matar, eles querem o assassino dessa em especial, e querem que todo o caso seja mantido no mais alto sigilo. Logo após visitar o local do crime e fazer todas as anotações pertinentes ao caso, se encaminha para casa e chegando lá encontra dentro de seu apartamento uma caixa contendo um disco com a gravação da morte de Sharon DeBlass, a prostituta neta do Senador. Nesse momento ela não tem mais dúvidas de que está envolvida no caso, queira ou não queira.
“Não havia esperma, Eve xingou, olhando o relatório da autópsia. Se ela fizesse sexo com o assassino, o anticoncepcional da vítima mataria os pequenos soldadinhos do sêmen por contato, eliminando todo o traço deles em no máximo trinta minutos após a ejaculação.”Outras personagens são apresentadas, como: Ryan Peeney, um velho amigo e ex parceiro de ronda que trocara as ruas por um alto posto na Divisão de Detecção Eletrônica, assim como o comandante Whitney responsável pelo caso. E o primeiro suspeito do crime, Roarke, sem sobrenome conhecido, irlandês nascido em 2023. Pais desconhecidos, solteiro. Presidente e principal executivo das Indústrias Roarke com filiais em 11 países entre EUA, Europa, Ásia e Oceania e agências fora do planeta na Estação Espacial 45. Um metro e oitenta e oito de altura, cabelo preto, olhos azuis e setenta e oito quilos.
A história é bem colocada, a ideia de ambientar no futuro é interessante, fazendo com que possa ser um charme à parte, um diferencial na maioria dos romances policiais que são publicados. As personagens são apresentadas no momento preciso e muito bem desenvolvidas. Apesar do gancho principal não ser original: uma prostituta que é parente de um figurão, e é morta em um assassinato em série, a história poderia ser bem amarrada e surpreendente. Poderia, mas infelizmente não foi isso que a autora fez. Não sei se pelo fato de já estar tão acostumada com romances policiais, eu consegui descobrir o assassino logo nos primeiros capítulos e levei a leitura do livro até o final por insistência e para saber como a personagem principal iria, finalmente, desconfiar de quem era o assassino e prendê-lo. O primeiro suspeito do crime, lindo e maravilhoso, o tipo de homem que eu não diria ser perfeito, mas que não deixa de ser o sonho de consumo de muitas mulheres, fica totalmente nítido logo que é apresentado, que vai ter algo mais com a tenente Dallas, uma mulher avessa a compromisso e que acredita que todos os policiais nunca deveriam ter um relacionamento sério porque isso atrapalha sua carreira. E Roarke é apresentado com um homem controlador, que faz tudo o que é preciso para conquistar quem ele quer, e consegue tudo que deseja. Bingo! Um romance tórrido, digno de um Cinquenta tons de cinza, sendo que a protagonista não é tão ingênua, porém se vê totalmente apaixonada. Não, isso não é um spoiler! É sério, logo de cara, até mesmo na sinopse já sabemos que isso vai acontecer, e a autora não nos surpreende, simplesmente faz acontecer.
Infelizmente a leitura não me envolveu totalmente, como disse me forcei a terminar para saber do passado de Eve Dallas, que também não me surpreendeu. A forma como ela descobriu o assassino e o prendeu até foi legal, mas não passou disso.
Não tenho vontade de continuar acompanhando a série, ainda mais que o fato de ser uma série tão longa com mais de 20 livros no Brasil e já tendo sido publicado 40 nos EUA, já desanimar, mas se a apresentação fosse mais interessante poderia me fazer ter vontade de, pelo menos, ler mais alguns livros, mas não tive, prefiro seguir por outros caminhos e ler tantos outros livros que ainda tenho em minha fila.
Mas, acredito que possa agradar a muitos outros leitores, principalmente aos fãs da autora. Então não se deixe levar por minha opinião e leia o livro, porque não vai deixar de passar horas agradáveis, porém sem surpresas.
“Por mais que tenhamos avançado na área de Engenharia Genética, tecnologia in vitro e programas sociais, ainda não conseguimos controlar as falhas básicas do ser humano: violência, luxúria, inveja.”
Um pouco sobre a autora: Nora Roberts é uma escritora
norte-americana de mais de 200 best-sellers românticos. Ela escreve também sob
o pseudônimo de J.D. Robb (na série Mortal), Jill March e Sarah Hardesty (em
publicações no Reino Unido). Roberts foi a primeira mulher a figurar no Romance
Writers of America Hall of Fame.
Outros livros da série publicados no Brasil:
- Glória Mortal
- Eternidade Mortal
- Êxtase Mortal
- Cerimônia Mortal
- Vingança Mortal
- Natal Mortal
- Conspiração Mortal
- Lealdade Mortal
- Testemunha Mortal
- Julgamento Mortal
- Traição Mortal
- Sedução Mortal
- Reencontro Mortal
- Pureza Mortal
- Retrato Mortal
- Imitação Mortal
- Dilema Mortal
- Visão Mortal
- Sobrevivência Mortal
- Origem Mortal
- Recordação Mortal