EU MATO (Giorgio Faletti)

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Quem assina a resenha de hoje é a Bel Sanz.

Definitivamente eu amo histórias policiais. Coloca um enredo de mistério, um assassinato ou mais (amo histórias de Serial Killers), um detetive/agente interessante, bonitão, gostosão e mesmo que não aparente ser assim tão “ão” mas que apenas pelo fato de estar lá desvendando mistérios, mostrando uma mente brilhante para ligar fatos e intuitivamente decifrar enigmas....pronto, a história já me ganhou. Então quando entro em sites de compra de livros já clico na aba “Policial” e vou ser feliz procurando os livros que possam me interessar. Em uma dessas “viagens” eu li o título ‘EU MATO’ e já pensei: “- Isso é Serial!” e li um trecho do livro:

- Até nisso nós somos iguais. A única coisa que nos diferencia é que, quando acaba de falar com elas, você tem a possibilidade de se sentir cansado. Pode ir para casa e desligar a mente e todas as suas doenças. Eu não. Eu não consigo dormir de noite, porque meu sofrimento nunca acaba.
- E nessas noites, o que faz para se livrar do seu sofrimento?
- Eu mato...

Pronto! Eu quero esse livro!!!! Comprei o livro, li logo que chegou e não me arrependi em nenhum momento da leitura.
O livro é eletrizante, fascinante e a história prende do início ao fim. Você pode pensar que quer parar de ler, precisa dormir, precisa comer, precisa trabalhar, precisa qualquer coisa, mas o livro está lá e você precisa mais ainda é terminar de lê-lo.
Esse é um livro de 531 páginas e que vale cada uma delas.
É a primeira história de Giorgio Faletti e a forma dele escrever no início pode ser de se estranhar para quem ainda não está acostumado porque ele esmiúça os personagens, nos conta sua história, faz com que entremos em sua vida, o conheçamos e então ele o insere na história do livro propriamente dito. No começo achei que ele estava exagerando em tantos detalhes mas logo me acostumei e terminando a leitura entendi suas razões para isso.

A história se passa no Principado de Mônaco, um lugar onde a policia é considerada a melhor do mundo. Um detetive e um agente do FBI, que cai de paraquedas na investigação, se vêem as voltas com um dos casos mais angustiantes de sua carreira.
O agente do FBI, Frank Ottobre, de luto após a morte de sua esposa resolve visitar seu velho amigo delegado da Sûreté Publique do Principado de Mônaco, Nicolas Hulot. Encontram-se por acaso próximo a cena de um crime e conversa vai, conversa vem, o amigo pergunta se ele não pretende voltar a ativa, Frank nega mas no fundo ele sente falta dessa adrenalina e diante do pedido quase desesperado do amigo ele o ajuda nas investigações e de acordo com o desenrolar da história fica cada vez mais envolvido, pessoal e profissionalmente, até não poder mais sair e procurar desesperadamente solucionar esse caso.
O assassino em questão, que se autodenomina “Ninguém” é um dos mais sanguinários que a policia principalmente a de Mônaco já precisou enfrentar. Ele escolhe suas vítimas aparentemente sem nenhum tipo de ligação entre si, as mata e não as poupa nem depois de mortas, retirando seu rosto. “Ninguém” passa a entrar em contato com uma rádio de Mônaco para anunciar seus próximos alvos, mas não faz isso diretamente, ele envia enigmas relacionados a músicas. Os peritos devem descobrir a música e o quê naquela música pode levá-los a desvendar a próxima vítima e o lugar onde o crime ocorrerá. Na demora dos peritos conseguirem desvendar, mais uma vítima é morta e seu rosto é retirado e, na cena do crime o assassino escreve com o sangue da vítima a frase “EU MATO”.
Os investigadores procuram entender o motivo por trás dos assassinatos e porque o assassino retira a pele do rosto de suas vítimas.
Várias pessoas vão sendo envolvidas no caso. Além do delegado e o agente do FBI, temos o carismático locutor da rádio, Jean-Loup Verdier, cujo programa apresentado é o escolhido pelo assassino para com seus telefonemas misteriosos enviar os enigmas; um general norte-americano pai de uma das primeiras vítimas do ataque do assassino que foi morta junto com seu namorado um famoso piloto de Fórmula 1; um funcionário da rádio deprimido por dever muito dinheiro a agiotas e por ter perdido uma grande chance em sua profissão; um rapaz especial que conhece tudo de música e tem como grande ídolo Jean-Loup. Tragédias pessoas afetam todos os envolvidos na investigação, pessoas que não estão relacionadas diretamente aos crimes mas o autor vai nos apresentando de acordo com a importância ao menos em uma parte da história. E a medida que os crimes vão acontecendo o caso chama atenção da mídia uma vez que muitas das vítimas são pessoas públicas, além do piloto de Fórmula 1, um gênio da informática e um bailarino.
Diferente de outras histórias o autor nos apresenta o assassino bem antes do final do livro, isso mesmo não precisamos saber quem está por trás dos assassinatos somente na última página do livro, mas não pense que o fato de já saber quem é o assassino cruel faz com que a história fique mais parada e enfadonha, pelo contrário. O autor consegue manter todo o ritmo de suspense e adrenalina mesmo depois da grande revelação e nesse momento começa a caçada para prendê-lo.
Na história de Faletti não temos heróis, temos personagens reais com seus problemas e dilemas, tentando sobreviver no mundo, isso faz com que nos identifiquemos com cada um deles, procurando conhecê-los e entender toda sua dinâmica. Histórias paralelas são bem exploradas pelo autor, mostrando que a vida das pessoas não se resume a apenas um fator, porém vários.

Recomendo totalmente a leitura para quem é fã de thrillers policiais e para quem não é também porque acredito ser impossível não se envolver com os personagens de Faletti e com a investigação e caça ao assassino.

Todos estão fechados numa prisão. Eu construí a minha sozinho, mas nem por isso é mais fácil sair. (Página 27)

Quando a luz abandona seus olhos, não dá para saber se está mirando o inferno ou o paraíso. (Página 122)


Um pouco sobre o autor: Giorgio Faletti, Nascido em Asti, no Piemonte, em 1950, com formação em Direito, tornou-se cantor, compositor e comediante de televisão. EU MATO, seu primeiro livro, foi lançado em 2002, permaneceu mais de um ano nas listas dos mais vendidos na Itália e foi traduzido para 25 idiomas. Todos os seus títulos publicados são Best-sellers. Títulos publicados no Brasil:
  • Eu mato (2010)
  • Eu sou Deus (2011)
  • Memórias de um vendedor de mulheres (2012)

Comentários
9 Comentários

9 comentários :

  1. Ah! Eu não conhecia esse autor O.O
    Também sou louca em policiais ♥ Adorei saber desse livro, vou procurar ele depois, adoro enredos assim humanos, sem exageros. E só de saber que não vou largá-lo, acho melhor lê-lo nas férias, pois senão vou pirar.... kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Beijos ~Bom final de semana!

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    1. Olá Raíssa!
      Esse autor realmente não é muito conhecido aqui no Brasil, mas foi um grande achado. Ele tem outros títulos lançados na Itália e já estou de olho e torcendo pra que lancem aqui no Brasil.
      Leia e depois me conta o que achou.
      Bjs

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  2. Oi Ivi!! Sou uma daquelas que também sempre procura coisas com mistérios e investigações!! E não conhecia este livro,mas me diga:
    - Como não enlouquecer de curiosidade com sua resenha??
    Nossa fiquei louca para compra-lo, mas infelizmente ele somente entrou para minha lista de desejados!
    Parabéns pela resenha...

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    1. Olá Michelli!
      Olha, se vc sempre procura por histórias de mistérios e investigações, então precisa ler esse livro! Com certeza vai amar!
      Bjs

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  3. Gostei da história já li muitos livros policiais mais nenhum nesse estilo gostei do envolvimento de vários personagens e do autor ter mostrado quem era o assassino antes do fim do livro

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  4. O trecho q vc colocou é eletrizante!!
    Amo filmes e séries policiais mas nunca li um livro do gênero, esse parece ser otimo para começar.

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  5. Eu gosto de filmes policiais, mas livros não, quando eu começo a ler eu até gosto, mas não me animo a começar esse tipo de livro, até hj não sei pq, já que os que eu li, eu gostei muito. Esse parece ser dos que eu gostaria. Bjs

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  6. O seu primeiro parágrafo descreveu bem como eu gosto dos livros, e como você disse, ainda mais com um bonitão de extra. Este livro eu não conhecia, mas já estou adicionando-o na lista. Este é mais um autor que eu não conheço.
    Bjs, ROse.

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  7. Também adoro livros policiais, cheios de mistério, suspense e muita adrenalina! São os melhores mesmo e este me chamou bastante atenção! A sua resenha ficou ótima e pude notar que não vai falar emoções ao longo da leitura, senti muita vontade de ler!
    beijos ♥
    quemprecisadetvparaverbeyonce.blogspot.com.br

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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