GIANE (Guilherme Fiuza)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 47º livro lido em 2013 e foi GIANE (Guilherme Fiuza). Este livro é a biografia do ator brasileiro Reynaldo Gianecchine.
Este livro tinha tudo para ser amado por mim. Em primeiro lugar foi escrito pelo Guilherme Fiuza, o mesmo autor de MEU NOME NÃO É JOHNNY, livro que eu adorei na época em que li. Em segundo lugar, trata-se de uma biografia e com certeza, este é um estilo literário que eu amo apaixonadamente. A vida real sempre me seduz de forma mais intensa que a fantasia. Em terceiro lugar, é a vida de um dos atores mais lindos que temos na dramaturgia nacional e por fim, o livro iria falar sobre a doença que alcançou  o ator em 2011, Linfoma, então mais identificações comigo, impossível. Porém, foi uma leitura muito chata!!! Em vários momentos eu pensei seriamente em abandonar o livro.
Sim, o livro nos conta a vida de Reynaldo, desde seu nascimento no interior de São Paulo, na distante Birigui até o momento da sua cura do câncer. Nos fala sobre os tempos de escola, as primeiras namoradas, a relação com a família, os primeiros passos como modelo e ator e paralelo a tudo isso, o autor foi nos contando sua luta contra a doença. Se isso fosse tudo, teria sido para mim uma leitura bem tranquila e até proveitosa, porém a citação exagerada de nomes de outras celebridades, bem  como elogios gratuitos à diretores, produtores e demais profissionais da televisão brasileira colocou toda a narrativa em dúvida para mim. Foram tantas personalidades mencionadas que me pareceu ser um vídeo-show escrito da vida do ator e isso fez com que eu perdesse o interesse pela obra. Em alguns momentos, algumas situações arrancaram de mim algumas risadas, como a conclusão que ele tira da sua primeira experiência sexual ou de um trabalho publicitário que ele foi fazer em Teresina-PI, mas salvo estes momentos descontraídos, o livro é muito pedante, uma propaganda deslavada da emissora Rede Globo. Isso realmente foi bem cansativo.
Quando eu leio uma biografia eu busco conhecer o ser humano por trás do nome que ele carrega e que vem a ser famoso e eu não consegui conhecer o personagem principal desta história que é verdadeira, aconteceu, o país inteiro acompanhou com curiosidade, malícia em algumas situações e empatia em outras, sua luta contra uma doença que algumas pessoas sentem até medo de pronunciar o nome. Eu particularmente não consegui fazer esta conexão com o personagem. Queria descobrir o homem por trás do mito e para mim, o mito e todas as circunstâncias citadas no livro, foi  mais descrito que o ser humano em si.
Talvez tenha sido apenas minha impressão, mas é o tipo de biografia escrita para curiosos, não exatamente para se deixar uma lição, ou que tenha alguma pretensão de ajudar pessoas que passem pelo mesmo problema. Na minha opinião, foi apenas uma matéria grande de uma revista especializada em televisão.
Continuo admirando o ator - que apesar do sofrimento físico, continua lindíssimo. Mas não é um livro que eu recomende.


Um pouco sobre o autor: Guilherme Fiuza é brasileiro, nasceu em 1965 e desde 1987 é jornalista. Seus livros publicados no Brasil são:
  • Meu Nome Não É Johnny - 2004
  • 3000 Dias no Bunker - 2006
  • Amazônia - 2008
  • Bussunda - 2010
  • Giane: Vida, Arte e Luta - 2012
Comentários
20 Comentários

20 comentários :

  1. Eu fujo às léguas de biografias e são poucas as que me chamam a atenção, e essa é uma dessas que não me atraíram em nada. Gosto mais de biografias de pessoas mais importantes como a do Nelson Mandela que estou louca para ler, pra me chamar atenção teria de ser algo de alguém realmente importante e participante de alguma forma da história.

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  2. Biografias não me encantam, isso é um fato.
    Inclusive, gosto muito mais de ficção, aquele tipo bem absoluta mesmo, no melhor estilo distopia/utopia rsrs.
    Seria meio contraditório gostar de biografias de qualquer forma.
    Enfim, é esse lado da vida das pessoas que acho incrivelmente chato, a exceção de algumas talvez, mas não sei se nem meu grande interesse por determinado nome me levaria até uma biografia, por "N" motivos, mas principalmente para falta de interesse em conhecer alguém melhor.
    Depois da sua renha deu para perceber o por que de algumas serem, na realidade, um grande marketing.
    Beijos

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    1. Gabi, eu amo biografias e é difícil uma distopia me ganhar, só quando ela é MUITO boa. Como disse, a vida real me seduz de forma mais intensa... beijos

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  3. Antes mesmo da biografia ser lançada eu já fiquei na dúvida se seria interessante, porque tudo bem ele ser um ator lindo e que até interprete bem, já o vi no teatro e gostei muito do trabalho dele, mas ele é relativamente novo na carreira e novo na vida pra ter grandes histórias para contar, e se ele não explorou mais sua luta contra a doença então não consigo mesmo imaginar o que pode ter de interessante em uma biografia. Eu tb gosto de biografias onde mostre o lado humano, se essa á basicamente uma propaganda ou como uma matéria grande de uma revista nem vou querer perder meu tempo lendo.
    Talvez ele e o autor não se aprofundaram mais na vida dele por ele não querer nos contar toda sua verdade.
    Bjs :)

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    1. Como eu expliquei, a doença por si só já me chamava a atenção por questões pessoais, mas essa foi a parte da grande decepção com o livro. Enquanto ele estava doente, ele visitou, talvez de forma marketeira, várias instituições de combate ao câncer, uma inclusive que eu trabalho como voluntárias, mas o cara no livro, nem citou estes lugares que a despeito de governo e condições sociais, fazem muito pelos pacientes que estão atravessando esta luta. Uma outra coisa me chamou a atenção no livro: O autor teve 4 meses pra escrever a obra. 4 meses? Sim, só 4 meses... Nem se ele fizesse a biografia do Elvis, cara a cara, essa coisa ficaria boa...

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  4. Eu fujo com todas as minha forças de biografias não consigo ler mas agora que não quero ler já não gosto da globo e não sou ligada as pessoas que trabalham lá e agora que to sabendo que metade desse livro é quase voltada pra isso ai que perdi a vontade.Mas ainda queria saber se a Claudia Raia é mencionada no livro porque escutei falar que quando ele fazia a quimi ela tava fazendo um musical toda noite ela ia pro hospital dançar e cantar pra ele.

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  5. Adorei sua crítica.
    O livro parece bom por tudo que ele passou e tal, mas fazer propaganda da Globo assim, na maior, não dá, né?
    Eu nunca tinha lido nenhuma resenha desse livro, mas né... Achei que seria bom.

    Adorei seu blog e sua sinceridade.
    http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/

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  6. Eu nunca li uma biografia, acho que só leria se fosse de alguém que eu sou muito fã mesmo. Não que eu não goste do Reynaldo Gianecchine, eu até admiro ela, mas não o suficiente pra querer saber toda a vida.
    E pelo o que você falou, o livro é mais uma propaganda da globo do que uma biografia né...
    Beijos :)

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  7. Ainda não tinha visto nenhum comentário sobre esse livro, mas também nem procurei muito.
    Não sou adepta das biografias e já era de se esperar tanta babação né? O cara tinha acabado de se recuperar e já queria contar a história dele? aff. Pra mim isso é querer se promover.
    Admiro o ator também, mas infelizmente acredito que ele usou tudo isso pra ganhar dinheiro. Sei lá...

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  8. Eu gostava de biografia a alguns anos atrás, agora eu meio que não consigo mais ler, a leitura sempre se torna cansativa, agora só quero ler a do Johnny Depp porque sou muito fã do trabalho dele. mas gostei da resenha sincera! :D


    Seguindo...

    Estandy Books - A Estante Da Andy

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  9. Ao contrario de você eu prefiro a fantasia, de vida real já basta a minha kkkk, eu até leio biografias de vez em quando, mas o protagonista tem que ser alguém muito interessante e esse não é o caso do Giane (pelo menos para mim).
    Bjs

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  10. Eu nunca li nenhuma biografia, pois elas nunca chamaram minha atenção e que chato você achando que o livro ia agradar e acabar recebendo isso em trca desgosto, uma pena pois quando comecei a ler a resenha achei que o livro devia ser legal também né sobre quem ele era, mas ai fui vendo que não era la essas coisas.

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  11. Gosto de biografias. Fiquei desapontada com a impressão que vc teve do livro - não por sua opinião, que tem sido sempre sincera, mas pelo que o livro parece oferecer e não faz. Acho que a doença do Giane foi um atrativo para o livro e a verdade que buscamos, aquela do dia a dia, das inseguranças e medos tão humanos, do lado 'pessoa normal' ficaram ofuscadas pelo mito. Nossa sociedade adora mitos, constrói e com a mesma avidez desconstrói uma pessoa famosa. Giane foi alvo de tantas críticas no começo da carreira de ator, tanto pela atuação 'verde' quanto pelo relacionamento com Marília Gabriela, e depois, a mesma mídia que bombardeava o ator parece querer enaltecer sua vitória sobre a doença e ganhar com isso.
    Que pena que o livro não traz o que seria precioso nesse momento: uma boa lição de humanidade e superação, fé e esperança, gratidão e amor. Acho que Giane queria isso, pelas entrevistas que deu e as lágrimas em seus olhos não escondiam.

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  12. Poxa, que pena... Imaginei que essa biografia pudesse emocionar por toda a história de superação que vimos a mídia apresentar sobre a luta do ator com sua doença. Eu particularmente não gosto de biografias, mas esperava algo diferente da biografia dele.
    Ao que parece, pela sua crítica, a leitura se tornou maçante. Talvez porque informações formais e informais tiveram o mesmo peso (?). Ao ler uma biografia de alguém que fez tamanho sucesso nacional pela sua qualidade profissional, trouxe críticas pela sua vida pessoal quando tinha como namorada a Marília Gabriella (mais velha e com uma inteligência que surpreende) e, ainda, teve uma doença tão séria (mas a superou), esperava algo muito melhor do que um livro que continua preservando sua imagem pública. :/
    Enfim, adorei sua crítica. Faz admirar o que você procura numa biografia... Espero um dia ler uma biografia com seus olhos, flor. (rs)

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  13. Sou bem seletiva na questão biografia ou autobiografia. Para me conquistar tem que ser sobre alguém que gosto, por exemplo, essa já não me intrigaria a ler.
    Mas goste do que você citou ''A vida real sempre me seduz de forma mais intensa que a fantasia'', realmente essa frase para mim, que não sou fã dessa temática, me fez abrir os olhos para esse tipo de leitura.

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  14. Esse não sei se leria, mas tenho de admitir que o cara passou por coisas que merecem um biografia, de certo modo. Quem não acompanhou o recente drama não é? Não gosto muito de ler biografias de pessoas atuais, acho muito...propaganda, sei lá. Esse vale mais pra quem é fã.

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  15. Realmente não gosto de biografias, somente se for de alguém que eu julgo de uma história marcante, interessante. Sou seletiva pra esse tipo de leitura.
    Biografias atuais são forçadas demais, não sei.
    Mas pra quem é fã, deve valer a pena

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  16. Que chato,eu amo biografias também e pela sua resenha,tudo me pareceu que o livro nada mais é do que,como vc mesmo descreveu, uma grande propaganda da Rede Globo...triste ,bjos :/

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  17. Concordo que ele continua lindíssimo hahaha, mas esperava que seria diferente a biografia... Esse mês está recheado de biografias né...

    XOXO
    umnovo-roteiro.blogspot.com

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  18. Tenho linfoma não Hoskins e li o livro para ver como foi para o giane enfrentar uma quimioterapia e um transplante. Adorei porque eu me vi no livro. As emoções, as dores, as angustias tudo igual afora a aula sobre o tratamento. Amei.

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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