Oi gente que ama livros, hoje trago a primeira resenha de 2013 e abro este ano com um livro denso, tenso e reflexivo ainda que só possua 154 páginas. Livro que não se encontrava na minha lista de "férias", mas que agregou muito.
A indicação desta leitura veio atraves de um amigo que não vejo a muito tempo, mas que a internet na sua forma eficaz de aproximar os ausentes e afastar os presentes trouxe para minha vida. Percebi que este amigo compartilha da minha mesma falta de fé ainda que tenhamos nos conhecido na esfera religiosa. Na verdade eu estava procurando uma opinião sobre o livro "Carta a Uma Nação Cristã" e este amigo me indicou o EM QUE CRÊEM OS QUE NÃO CRÊM. Coloquei então na minha lista de desejos literários para 2013 e ganhei de presente de Ano Novo de uma amiga. (Não existe troca de presentes no Ano Novo, mas eu quis justificar o regalo.)
O livro é uma aula eletrizante sobre a visão dos que creem e dos que não
creem sobre temas incisivos como vida eterna, aborto, ética. Temas que nos ajudam muito na compreensão
que é possível uma "ponte" entre essas duas posturas na vida: Fé e não fé. O livro ainda traz filosofos, jornalistas e politicos alinhavando o diálogo de uma maneira inteligente e útil para o leitor, que em algum momento, poderá se sentir agredido por qualquer um dos argumentadores.
Enfim, a deliciosa conclusão que tiro depois de uma leitura como essa, é que existe de fato uma forma não absoluta entre a fé ou a ausencia dela, ou seja, existem aqueles como
Umberto Eco e o Cardeal Martini, seres humanos que no diálogo, mesmo
mantendo sua fé ou sua falta de fé, são capazes de derrubar muros e
construir esperanças, visando o bem, o desenvolvimento, a "salvação"
enfim da humanidade. Eu sei que eles não são os únicos. Sei que por ai
existem outros crentes e outros ateus capazes deste diálogo frutífero,
dessa ação comum que só fará melhor o mundo em que vivemos. Não me
importa se as pessoas crêem ou não crêem em Deus, o que importa é
se elas desejam viver num mundo melhor, se desejam juntar suas mãos com
as mãos daqueles que já trabalham por isso e se conseguem enxergar
no outro, não importando absolutamente nada, um igual, um semelhante.
Duas frases do livro me chamaram a atenção, embora o livro seja recheado de achados nobres:
1- O que funda de fato a dignidade humana senão o fato de que cada ser humano é uma pessoa aberta para algo de mais alto e maior do que ela própria? (Carlo Maria Martini)
2- Nada é fácil: Nem a evidência e nem o mistério! (Umberto Eco )
Sobre os autores:
- Umberto Eco, autor entre outros clássicos de "O Pêndulo de Foucault" e "O Nome da Rosa", nasceu no Egito em Alexandria no ano de 1932.
- Carlo Maria Martini nasceu em Torino em 1927, ordenando-se sacerdote pela Companhia de Jesus em 1952. Em 1958 forma-se em Teologia fundamental pela Universidade Gregoriana de Roma, da qual mais tarde será reitor. Foi elevado a cardeal em 1983 pelo papa João Paulo II.
Não conhecia esse livro! Mesmo não sendo mto meu estilo de leitura, achei bem interessante!! Do Humberto Eco tenho O Nome da Rosa e ainda não li rs
ResponderExcluirFlor tem selinho pra vc no blog
http://livroscomresenhas.blogspot.com.br/2013/01/selinho-esse-blog-e-puro-romance.html
Bjos
Samy
Umberto Eco é vida! "O Nome da Rosa" é uma das minhas obras preferidas.
ResponderExcluirMuito bom saber exatamente sobre o que este livro trata. Amei a resenh! :)
Adorei o blog e quero saber todas as novidades! Já estou seguindo. Espero que curta o meu!
www.pronomeinterrogativo.com
Amei a resenha!
ResponderExcluirBem detalhada e dá aquele gostinho de conhecer mais!!!
Beijos
Cara,
ResponderExcluirEmbora parecido, Humberto Eco não nasceu em "Alexandria, no Egito" e sim em Alessandria , na Italia.