Filme da Vez #122 Maverick

sexta-feira, 3 de junho de 2022

FICHA TÉCNICA:

Título Original: Top Gun: Maverick 
Ano de Produção: 2022 
Lançamento no Brasil: 19 de maio de 2022
Duração: 131 minutos
Gênero: Ação e Drama
País de Origem: Estados Unidos 
Classificação: 12 anos
Direção: Joseph Kosinski
Elenco: Glen Powell, Jennifer Connelly, Miles Teller, Tom Cruise, Val Kilmer, Alec Williams, Bashir Salahuddin, Charles Parnell, Ed Harris, Jack Schumacher, Jake Picking, Jay Ellis, Jon Hamm, Leland Campbell, Lewis Pullman, Manny Jacinto, Monica Barbaro, Thomas Kijas.
Sinopse: Após 34 anos na força, o lendário Capitão Pete "Maverick" Mitchell (Tom Cruise) se torna o novo instrutor de voo da Top Gun, fazendo com que ele seja o mentor de Bradley Bradshaw (Miles Teller), o filho de Goose, que busca ser um piloto melhor do que o seu pai foi.
Oi gente que ama livros, hoje venho com meus comentários sobre o filme Top Gun: Maverick, sequência do sucesso dos anos 80 que eu particularmente não gostava muito, apesar de sempre achar o ator principal, em qualquer produção, um show de beleza e talento.


Top Gun: Maverick caminha numa linha entre ser a sequência nostálgica de Top Gun: Ases Indomáveis e ser um dos projetos de façanhas impossíveis de Tom Cruise. A premissa parece tirada da narrativa de um Missão Impossível, em que o personagem interpretado pelo ator, ainda capitão e um piloto de testes da Marinha, é chamado de volta para o programa TOPGUN para ser professor de um grupo talentoso, tendo que treinar os jovens para uma missão com planos de voos perigosos, altitudes baixas, inimigos mais bem equipados e situações que testam a emoção dos pilotos. O processo narrativo traça similaridades com a história do primeiro filme sobre egoísmo patriótico, rebeldia contra o autoritarismo e competitividade.

Todas as cenas de voo foram filmadas em jatos F/A-18 da Marinha dos EUA, para as quais o elenco teve que ser treinado durante um processo árduo. Essa autenticidade é vista em tela, com o cineasta Joseph Kosinski criando emocionantes tomadas aéreas com câmeras de cabine de última geração. O resultado é uma carta de amor à aviação que proporciona uma experiência inovadora e imersiva com o impacto da gravidade em seres humanos e acrobacias cheias de adrenalina, tanto nos exercícios de treinamento quanto no intenso clímax da missão.

Para uma indústria cada vez mais digital, é libertador assistir um filme tão tátil e sensorial como este. Se tivesse que caracterizar a experiência no cinema, diria que é como estar no simulador visual de voos mais realista do mundo, sentindo os solavancos, as vertigens das manobras de subida e descida, o peso da força gravitacional, e a sensação pura de emoção e risco da zona de perigo. Além da direção e a belíssima fotografia, é preciso dar mérito para a montagem coerente e dinâmica, com progressão ágil e dramática com o fluxo e deslocamento entre as cenas da cabine e os meios externos. A sonoplastia da produção também deve ser citada, como pano de fundo sensitivo ao estabelecer abalos sonoros com os rasantes dos jatos, o ronco dos motores e até elementos mais simples e imperceptíveis como o som dos controles ou o barulho de metais que mostram o cuidado detalhista da equipe criativa.


Saber que Tom Cruise está fazendo seus próprios voos é mais um aspecto impressionante da produção, e algo que me leva à força motriz da história: a celebração do ator, sua juventude inconsequente beirando os 60 anos e a aparente imortalidade do artista. Nesse sentido, a obra até ganha camadas quase metalinguísticas, mostrando Maverick com a mesma energia, guarda-roupa, habilidades e vícios em adrenalina de quatro décadas atrás; o fato de ser um professor que participa da ação e tem os jovens rostos que Hollywood tanto estima apenas circulando seu inacreditável e interminável estrelato; e a sentimental interação de Cruise com um Val Kilmer substancialmente mais velho. Vemos também suas famosas corridinhas como sinal de que essa sequência é uma forma de homenagem vaidosa à carreira de Cruise, sua aparência e vigor quase intactos, seu lendário empenho artístico e todo o carisma e egomania que marcam seu legado.

Ainda nesse sentido, a narrativa do filme também procura elementos nostálgicos, com os mesmos temas dramáticos do original, como amizade, lealdade, romance e rivalidade. Também há recriações de cenas e personagens do filme original, como a abertura na pista de pouso com névoas de calor, homens de macacão e a sequência de futebol de praia bastante sensual, filmada com tons carmesins. São acenos nostálgicos bem resolvidos e trabalhados num roteiro bem construído em bons melodramas, dramaturgia simples e antiquada, e conflitos humanos que causam impacto sentimental, especialmente a necessidade de redenção de Maverick em relação à morte de Goose.


Top Gun: Maverick é uma ótima obra e uma excelente experiência cinematográfica que nos faz lembrar da magia prática e sofisticada da Sétima Arte. 

Eu adorei!!!

Trailer Oficial:

Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




.

Colunistas

sq-sample3
Kesy
sq-sample3
Kelly
sq-sample3
Laís

Facebook

Instagram

Lidos 2024

Filmes

Meus Livros

Músicas

Youtube


Arquivos

Twitter

Mais lidos

Link-me

Meu amor pelos livros
Todas as postagens e fotos são feitas para uso do Meu amor por livros. Quando for postado alguma informação ou foto que não é de autoria do blog, será sinalizado com os devidos créditos. Não faça nenhuma cópia, porque isso é crime federal.
Tecnologia do Blogger.