Filme da Vez #113 Mulher Maravilha 1984

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

FICHA TÉCNICA:
Título Original: Wonder Woman 1984
Ano de Produção: 2019
Lançamento no Brasil: 17 de dezembro de 2020
Duração: 151 minutos
Gênero: Aventura e Ação
País de Origem: Estados Unidos
Classificação 12 anos
Direção: Patty Jenkins
Elenco: Chris Pine, Gal Gadot, Kristen Wiig, Pedro Pascal, Amr Waked, Connie Nielsen, Gabriella Wilde, Kelvin Yu, Kristoffer Polaha, Lucian Perez, Lynda Carter, Natasha Rothwell, Oliver Cotton, 
Patrick Lyster, Ravi Patel, Robin Wright, Stuart Milligan.
Sinopse: Mulher-Maravilha 1984 acompanha Diana Prince/Mulher-Maravilha (Gal Gadot) em 1984, durante a Guerra Fria, entrando em conflito com dois grande inimigos - o empresário de mídia Maxwell Lord (Pedro Pascal) e a amiga que virou inimiga Barbara Minerva/Cheetah (Kristen Wiig) - enquanto se reúne com seu interesse amoroso Steve Trevor (Chris Pine).
Oi gente que ama livros, hoje venho compartilhar com vocês as minhas impressões sobre o filme Mulher Maravilha 1984. Ela é, sem dúvida, minha personagem favorita do universo dos super-heróis e conferi-la no cinema era imperativo.

Pode parecer clichê, mas foi de fato um alívio ter um filme como Mulher-Maravilha 1984 em 2020. Neste ano horrível, que nos roubou tanto – de pessoas queridas a atividades cotidianas como ir ao cinema sem preocupação – o longa traz uma mensagem confortante de esperança e crença no melhor que a humanidade pode ser. Mas isto só é um grande trunfo do filme porque se encaixa com perfeição em uma narrativa bem amarrada.


Quando a Mulher-Maravilha foi criada em 1941, pensou-se na heroína como um antídoto para o excesso de violência dos super-heróis, que estava na pauta do dia. Para ele, criar uma super-heroína era um modo de associar à ideia de valores como altruísmo, empatia, ternura e amorosidade, normalmente desvalorizados em uma cultura que considerava que ser forte era apenas ter força bruta e derrotar inimigos. Diana surgiu então como uma heroína de força sobre-humana que se guiava por esses valores, que não empunhava armas mortíferas e que procurava sempre reabilitar os vilões em vez de matá-los.

É esse espírito que está presente neste filme. Diana mora em Washington, trabalha no Museu Smithsonian e leva uma vida de quem já vive entre a humanidade há quase 70 anos: como Diana, é um tanto solitária e nostálgica pelas pessoas que já viu partir; como Mulher-Maravilha, encara como algo cotidiano salvar uma corredora de um atropelamento ou crianças de um assalto a um shopping. Diana já não é mais a jovem ingênua do primeiro filme, mas não se deixou tomar pelo cinismo e não perdeu a fé na humanidade, e ainda encara a vida com um olhar amoroso. 


Os cenários e situações são familiares – um shopping, um apartamento bagunçado, um conjunto de escritórios, um congestionamento no meio da cidade – e nos permitem vislumbrar Diana não só em ação, mas em momentos de intimidade e vulnerabilidade. A química entre Chris Pine (Steve Trevor) e Gal Gadot dá ainda mais brilho a essas situações, agora com os papéis invertidos - ele é o peixe fora d’água no mundo de 1984 –, e essas interações não são mais meros alívios cômicos pontuais, e sim algo melhor integrado ao espírito do filme. 

Por outro lado, a ação é dinâmica, divertida e tornada mais fantástica pela facilidade com que Diana explora a vantagem que tem sobre seus oponentes, desarmando-os sem grande esforço com a ajuda do laço da verdade e de sua tiara, o que exige do espectador uma boa dose de suspensão da descrença, mas também traduz uma visão mais ingênua do que é um super-herói. Há também um tom de aventuras como as de Indiana Jones, na busca de pistas sobre a relíquia que move a trama de Mulher-Maravilha 1984.


E é essa relíquia, um misterioso cristal, que tem a função de elevar os obstáculos no caminho de Diana, quando coisas estranhas começam a acontecer a pessoas que tiveram contato com ela, incluindo a própria Diana, sua colega gemologista Barbara Ann Minerva e a estrela de televendas e aspirante a magnata do petróleo Maxwell Lord. Os poderes dessa pedra permitem que o roteiro apresente e desenvolva as motivações de cada personagem de modo que os espectadores sintam que coisas realmente importantes e muito pessoais estão em jogo para cada um – recuperar um grande e verdadeiro amor, não se sentir mais menosprezada e invisível, conquistar admiração e respeito etc.

A escolha do período também se encaixa bem nessa dinâmica de um clima mais divertido, mas em que há muito a se perder. O visual exagerado, colorido e exuberante dos anos 1980 esconde uma realidade de individualismo exacerbado, consumismo em seu ponto mais alto e líderes que ambicionam mais e mais poder. 

Com esses elementos – heroína e vilões com muito a perder, uma atmosfera de aventuras dos anos 1980, a recusa de cinismos, a possibilidade de redenção, além de referências que devem deixar os fãs satisfeitos, o filme é mais bem resolvido do que o primeiro Mulher-Maravilha (2017), um filme que parece habitar um universo completamente diferente, sem com isso descaracterizar as personagens já conhecidas – talvez porque nos faça sentir que este era o tom que a heroína merecia desde o início.

E essa é a principal razão para a mensagem de esperança ser tão satisfatória: com uma heroína como a Diana que Mulher-Maravilha 1984 apresenta, a mensagem não poderia ser outra.

Eu adorei!!!

Confiram o trailer:

Comentários
7 Comentários

7 comentários :

  1. Oi Ivi!!

    Nossa, eu sou da opinião totalmente contrária da sua sobre o filme HAHAHAHAHA eu amo a mulher maravilha e eu acho que tava esperando demais do filme e dei com a cara na porta. Os closes desnecessários em sapatos, coisas extremamente machistas e bizarras que ocorrem no filme me fizeram não gostar tanto assim, bastante gente da minha bolha também não gostou hahahahah!
    Mas fico feliz que o filme tenha te agradado, é muito bom quando a gente encontra esse conforto no meio do caos!!

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  2. Oi Ivi, tudo bem ?
    Eu estou bem animada com o filme, fiquei empolgada com sua resenha e espero não me decepcionar como a Bianca. Mas ainda não sei quando conseguirei assistir.
    É muito bom quando os filmes nos trazem coisas boas, principalmente neste novo atual.
    Beijos

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  3. Oi Ivi! Eu também amo essa personagem.
    Me deu vontade de assistir agora kkk
    Beijos

    Quanto Mais Livros Melhor

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  4. Oi, Ivi!
    Eu sou apaixonada pelo primeiro filme. Só não acho perfeito por causa do vilão e do último ato.
    Quando saiu os primeiros trailers do segundo filme, fiquei muito ansiosa para assistir e depois de algumas críticas estranhas, estava com um pouco de medo. Mas vou dizer. Adorei o filme! Acho ele mais maduro que o primeiro, sem precisar ficar recorrendo a piadas e o vilão mais bem construído. Quando fiz a minha resenha do primeiro, tinha dito que gostaria que a representação de Ares fosse a guerra, que não precisava pôr um "monstro" para indicar e acredito que nesse segundo eles fizeram exatamente isso: o vilão não é exatamente a Barbara ou o Maxwell, e sim o sentimento de desejo e para mim, isso ficou perfeito.
    O filme tem alguns exageros, mas é clara a homenagem à série com a Linda Carter e que filme de super-heróis não tem?
    Eu gostei demais e tenho a impressão que muito das críticas negativas é um pouco de má vontade.
    Adorei o seu texto e concordo com tudo o que você disse.
    Bjss

    http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/2021/01/resenha-menina-ma.html

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  5. Olá, tudo bem? Eu estou doida para assistir o filme. Eu vi que as opiniões sobre ele estão bem divididas, no entanto acredito que deva ter todos os elementos que eu gosto (então, altas chances de também adorar!). Sou apaixonada no universo da DC, e obviamente não ficaria de fora desse lançamento de Mulher Maravilha. Adorei a crítica!
    Beijos

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  6. Oi, Ivi! Adorei o primeiro filme, mas ainda não assisti o segundo. Vi o trailer várias vezes e sempre que saía um novo, lá estava eu rsrs. Não sei se tenho coragem de ir ao cinema, ainda. Vou aguardar mais um pouco, acho difícil que saia de cartaz tão cedo (e não tenho HBO Max pra assistir...).
    bjos
    Lucy - Por essas páginas

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  7. Também adoro essa heroína, mas ainda não assisti ao longa. Tenho vontade de assistir, mas sempre acabo deixando pra depois e esse depois nunca chega rs Adorei conhecer mais sobre o filme através de sua resenha, ficou claro que não é um filme horroroso como alguns andam falando por aí. Ficou claro pra mim que ou se ama ou se odeia o longa rs

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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