Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Stieg Larsson)

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Ficha Técnica:
Nome Original: Män Som Hatar Kvinnor
Autor:  Stieg Larsson
Tradução: Paulo Neves
País de Origem: Suécia
Número de Páginas: 522
Ano de Lançamento: 2005
ISBN-13: 9788535913248
Editora: Companhia das Letras

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 55º livro lido em 2019 e foi Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Stieg Larsson). Esse livro foi a minha terceira escolha para a Maratona de Releituras que realizo todo mês de Julho. A primeira vez que li este livro foi em 2010, quando era o mais badalado na época. Primeiramente, preciso confessar que tive muita dificuldade no início do enredo e o deixei de lado por umas semanas, entretanto quando voltei para a história, o livro me dominou de tal maneira que até hoje é o meu livro de investigação policial preferido da vida.

O livro traz um enredo intrincado com muitos personagens importantes para a trama. A narrativa é aberta com o jornalista Mikael Blomkvist sendo condenado a prisão por ter caluniado um empresário em uma matéria para a revista que trabalha. Mikael tem quase certeza que caiu em uma armadilha, mas para não desgastar a imagem da revista Millenium, decide não recorrer da sentença. Porém, um outro empresário multimilionário, Henrik Vanger, entra em contato com Mikael para investigar o desaparecimento de sua sobrinha, Harriet Vanger, que desapareceu nos anos 60. A princípio, Mikael se nega a realizar o trabalho, porém, Vanger diz que se ele aceitar o trabalho dará mais informações sobre o empresário que alega ter sido caluniado por Mikael e desta vez, as informações podem ser mais relevantes. Mikael aceita o trabalho enquanto espera a execução de sua sentença, descobre que foi investigado por Vanger para a execução daquele trabalho e que a investigação foi feita por Lisbeth Salander, hacker profissional. Ele a procura, a convida para trabalhar com ele na investigação sobre o sumiço de Harriet e ela aceita.

Ambos começam a investigar a família Vanger que é extremamente rica, mas muito bizarra. Os parentes quase não se falam, muitos se odeiam e nem se desgastam mais em manter as aparências. Mikael e Lisbeth começam a encontrar as falhas que a polícia teve no passado e por isso o caso nunca teve uma solução. Conforme as investigações avançam, surgem segredos horríveis de família.

A história do livro é extremamente instigante a partir do ponto que Mikael e Lisbeth começam a descobrir alguns fatos, mas até chegar nesse momento, o autor desenvolve os personagens de modo a orientar o leitor durante a fase em que as verdades familiares da família Vanger venham à tona. No início do livro isso pode parecer cansativo, mas faz muito sentido conforme a trama avança rumo a conclusão e quando ela acontece, é cheia de ação e adrenalina, com direito a perseguições violentas.


Reler esse livro foi uma experiência deliciosa porque embora eu não tivesse esquecido os detalhes do enredo, a característica de escrita do autor me surpreendeu mais uma vez por se tratar de um texto forte quando o assunto é violência. Outro ponto muito positivo da trama é o poder que o casal de protagonistas exerce sobre o leitor. Mikael é carismático, galã, inteligente e comedido em suas atitudes. Lisbeth destoa totalmente dele sendo ousada, franca e com um senso de justiça fora dos padrões. Eles nem sempre harmonizam, mas juntos conseguem chegar em um ponto que nenhum investigador conseguiu sequer imaginar ao longo dos anos.

O desfecho do livro é muito consistente e ainda que tenha uma ponta melancólica na relação entre Mikael e Lisbeth, isso dá veracidade à narrativa, tornando-a crível e ideal para o enredo que nos manteve amarrados em sua história por mais de 500 páginas.

Dois filmes já foram produzidos baseados neste enredo. Um foi produzido na Suécia, país do autor e onde a narrativa se desenvolve. Eu gosto muito desta produção, ainda que não tenha a beleza e o ritmo da produção americana que de igual modo, também é muito boa. No entanto, nenhuma das duas honram a história que encontramos nestas páginas, por isso sempre recomendo que leiam primeiro o livro.


Enfim, é uma história forte, original e que merece a atenção de quem gosta de uma boa investigação policial e com estômago forte para as cenas explícitas de violência que a trama traz.

O livro é o primeiro volume da trilogia Millenium, mas a história se encerra neste volume e suas sequencias desenvolvem outra trama, que são excelentes de igual modo.

Eu amei.


Um pouco sobre o autor: Stieg Larsson nasceu em 1954 e faleceu em 2004. Foi fundador e editor-chefe da revista sueca Expo, que denuncia grupos neofascistas e racistas. Especialista na atuação das organizações de extrema direita em seu país, é coautor de Extremhögern, livro que coloca o assunto em evidência. Morreu em sua casa, vítima de um ataque cardíaco, pouco depois de ter entregado os originais dos romances que compõem a trilogia Millennium. Seus livros publicados no Brasil são:

  • Os Homens Que Não Amavam as Mulheres
  • A Menina que Brincava com Fogo
  • A Rainha do Castelo de Ar
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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