Nome
Original: O Amor Segundo Buenos Aires
Autor: Fernando
Scheller
País de Origem: Brasil
Número de Páginas: 288
Ano de Lançamento: 2016
ISBN: 978-85-8057-917-8
Editora: Intrínseca
Skoob | Goodreads
País de Origem: Brasil
Número de Páginas: 288
Ano de Lançamento: 2016
ISBN: 978-85-8057-917-8
Editora: Intrínseca
Skoob | Goodreads
Esse é um livro que quis ler assim
que soube do lançamento porque simplesmente sou apaixonada por Buenos Aires, meu
lugar preferido no mundo! A Ivi que me conhece bem o escolheu como presente
pelo meu aniversário (adorei, muito obrigada!)
e comecei a leitura com grande expectativa.
O texto lindo na dedicatória já
demonstra a mensagem do livro: capacidade de amar e amor em todas as formas.
Antes de cada capítulo, há um mapa demonstrando o local citado nele, o que me
empolgou logo de cara, já que ficava pensando se já estive próximo ou
diretamente lá.
“E acho que Buenos Aires também me entende. A velha lição que aprendi entre um tapa na cara e um picolé de frutas – a de que se pode sobreviver a tudo – parece ser o mote daqui. A cidade que se arranha, se esfarela, leva safanões e pontapés, mas sempre dá um jeito de se levantar, aqui e ali, imponente”. – página 68
A narração é interessante: cada
personagem comenta sobre outro. A diferença é que conhecemos vários pontos de
vista, já que o personagem narrador será o foco de outro capítulo poucas
páginas depois, o que nos leva a conhecer a situação de forma completa. O primeiro capítulo é Leonor segundo Hugo, estrutura seguida
até o final do livro, alterando somente os envolvidos. Ele é apaixonado por
ela, decide morar em Buenos Aires para acompanhá-la, mas percebe que se
distanciaram e o relacionamento termina. Hugo decide permanecer na cidade
porque se apaixona também por Buenos Aires, suas peculiaridades e seus
costumes.
A segunda personagem apresentada é Carolina, comenta sobre Hugo, que a
apoiou quando ela menos esperava. No terceiro capítulo, aparece o amigo Eduardo, um dos personagens mais importantes
e especiais do livro. Eduardo está presente em todos os momentos de Hugo, seja
para escutá-lo enquanto sofre por Leonor ou para apoiá-lo e ajudá-lo quando sua
vida está em risco, momento em que demonstra conhecê-lo melhor do que ninguém e
faz com que ele se sinta a pessoa mais importante do mundo.
“A ligação entre dois melhores amigos é a mais pura que pode existir. Não é definida por laços familiares, que são uma espécie de contrato tácito de amor, nem pela promessa de uma noite inesquecível de sexo. É inexplicável como é possível conversar por horas ou apenas permanecer calado ao lado de um amigo”. - página 93
A amizade entre eles é linda e
recíproca, já que Hugo é igualmente presente para Eduardo, acredita em sua
capacidade, o aconselha várias vezes e o incentiva no relacionamento com Daniel, o garçom que conheceram em uma
boate. Daniel e Eduardo são totalmente opostos, mas se complementam e o
relacionamento deles é de apoio, confiança e compreensão absoluta.
A família de Hugo também é citada: a
intimidade e companheirismo com o pai (Pedro), o relacionamento complicado com
a mãe Marta, sendo que os pais têm atitudes surpreendentes em determinados
momentos e Hugo tem sentimentos diversos: confuso, surpreso e feliz com os
acontecimentos que envolvem os dois.
“É uma sensação terrível conseguir ver uma história pelos olhos de outra pessoa, entender que você não é o único que se sente injustiçado”. – página 148
Outros personagens são importantes
para a história: Martín é descrito
por Carolina e juntos abordam aborto de forma bem triste. Charlotte demonstra outro estilo de vida e Ernesto é exemplo de alguém que não soube aproveitar as
oportunidades da vida. Há reencontros em momentos críticos para a história:
Hugo com Leonor e Daniel com o irmão Ivan.
Neste momento, Eduardo demonstra coragem e amor na ideia para reaproximá-los. Outro
encontro de Hugo, dessa vez com a turista colombiana Mar pode impactá-lo mais do que ele imagina. Mesmo que Hugo seja o
protagonista, meus personagens preferidos foram Eduardo e Daniel, pela demonstração
de maturidade a todo momento, independentemente da situação.
“Estender a mão e ter coragem e ter coragem de dizer que você quer superar as diferenças com alguém que ama – ou pelo menos aceitar que elas sempre vão existir são atitudes que exigem mais humildade e afeto do que qualquer outra coisa”. – página 236
Sensações, ações, paisagens e
lugares são descritos de forma lenta, senti como se estivesse caminhando /
vivendo com os personagens pelas ruas portenhas. São mencionados hábitos comuns
como comprar um exemplar do Clarín (jornal argentino), pedir comidas típicas
como empanadas, medialunas, alfajores,
lanches com molho chimichurri e
comprar algum item na Farmacity (farmácia MUITO comum por lá); lugares
turísticos como a livraria El Ateneo, a feira de antiguidades de San Telmo e o
Teatro Colón fazem parte dos capítulos, assim como algumas situações
enfrentadas pelos habitantes da cidade como a crise financeira e os cortes de
luz em determinada época.
A minha maior surpresa foi o último capítulo
do livro, pois a narração é extremamente original, criou o clima perfeito para o
desfecho e me fez ficar ainda mais encantada pela cidade! Um momento especial
para todos, amor incondicional, mesmo quando nem todos entendem ou nem tudo é
como desejamos. Como prometido, o livro apresentou o amor de todas as formas (de
pai, mãe, irmão, amigo e como casal) e foi especial acompanhar tudo com a
cidade de Buenos Aires como testemunha.
“Eu tive bons amigos, amigos de quem gostava muito, mas me faltava o melhor amigo. Aquele para quem você pensa em contar o que aconteceu no seu dia antes de todo mundo, e só existe um desses para cada pessoa, é como um outro tipo de alma gêmea”. – página 276
O livro é melhor do que eu esperava,
super recomendo!
oie, que delícia de livro, estou recebendo várias indicações dele mas essa é a primeira resenha que leio e estou encantada, quero começá-lo para ontem, que bacana essa narração de vários personagens que vai se interligando. Parabéns pela resenha.
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