FILME DA VEZ #137 Aquaman 2 – O Reino Perdido

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Ficha Técnica:
Título Original: Aquaman and the Lost Kingdom
Ano de Produção: 2023
Lançamento no Brasil: 21 de novembro de 2023
Duração: 125 minutos
Gênero: Fantasia, Aventura e Ação
País de Origem: Estados Unidos da América
Classificação Etária: 14 anos
Direção: James Wan
Elenco: 
Amber Heard, Dolph Lundgren, Jason Momoa, Martin Short, Nicole Kidman, Patrick Wilson, Randall Park, Temuera Morrison, Yahya Abdul-Mateen, Indya Moore, Jani Zhao, John Rhys-Davies, Pilou Asbæk, Vincent Regan.
Sinopse: Um antigo poder é libertado e o herói Aquaman precisa fazer um perigoso acordo com um aliado improvável para proteger Atlântida e o mundo de uma devastação irreversível.
Oi gente que ama livros, hoje trago para vocês os meus comentários sobre Aquaman 2 – O Reino Perdido.

O fato de Aquaman 2 - O Reino Perdido ter sido produzido em meio às mudanças de gerência na Warner/DC não impede que a continuação do longa de 2018 seja um exemplo consumado de filme de comitê. Na verdade, a multiplicação de gente que apita e palpita nos bastidores tende a reduzir, até por uma questão matemática, as escolhas de um blockbuster desses ao seu mínimo denominador comum.


Isso fica claro nos primeiros minutos, quando a tradicional cena de ação inicial é interrompida antes mesmo de engrenar, para que Jason Momoa explique quem é o super-herói que fala com os peixes, quem são seus aliados, em que pé estão as coisas na sua cronologia. Na era do consumo irônico e da fadiga do gênero dos super-heróis, esse cuidado em reintroduzir personagens e premissas com o máximo didatismo chega a ser comovente.

Não se trata tanto, porém, de chegar ao espectador com zelo, mas mais de reposicionar a franquia num mercado que o MCU dominou, o do entretenimento para a família, e para tanto Arthur Curry não apenas se torna pai como todas as suas preocupações na trama envolvem o tema dos laços de sangue. Neste segundo filme, Jason Momoa parece mais deslocado na função de bom moço - sua relação com o meio-irmão Orm tira sofridas lágrimas de Aquaman - e o efeito imediato disso é que o ator não consegue sair de uma chave irônica de interpretação. 

O que o filme tem de mais interessante é essa leve tensão entre se entregar a um sentimentalismo e se entregar às autorreferências com um sorriso sarcástico no canto da boca. O diretor James Wan consegue conciliar apenas ocasionalmente as duas coisas, em elementos criativos que lhe parecem caros a uma certa memória afetiva e que devem passar abaixo do radar banalizante do comitê, como o design de produção e de som que emula soluções de scifi pulp (que sabor ouvir o barulhinho do canhão sônico com aquele cone com a bola vermelha luminosa na ponta).


A escolha pelo frenesi não é um demérito em si e o filme faz a boa e velha pancadaria com o mínimo de inspiração, porque afinal Wan sabe como iluminar as cenas e colocar a câmera a serviço do impacto. Ainda assim é muito pouco diante das promessas que um diretor da sua estatura poderia almejar. Não é preciso ir muito longe para desabonar Aquaman 2 numa comparação de valor de entretenimento.

É mais recompensador, também, no drama e nos conflitos que oferece aos seus protagonistas. Já Aquaman 2 depende muito do carisma e da presença de espírito do seu trio principal para se manter de pé; Patrick Wilson, particularmente, eleva o filme quando entra em cena, com a ajuda de uma ou outra tirada bem escrita. Ainda assim, há muito o que lamentar. Quando Orm, em dado momento do clímax, sugere um lampejo de revanchismo, para logo em seguida seguir com seu novo bom mocismo simplificado, não se trata apenas de evitar a vilania - no fundo a questão é apagar qualquer traço de contradição desses personagens ou da narrativa como um todo. A contradição é o que nos torna humanos, mas está claro que o comitê que produz Aquaman 2 encara a contradição como mais um risco a ser evitado contra o seu investimento.

Trailer:

 
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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