Para Sempre Alice (Lisa Genova)

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

FICHA TÉCNICA:
Nome Original: Still Alice
Autora: Lisa Genova
Tradução: Vera Ribeiro
País de Origem: Estados Unidos
Páginas: 288
Ano de lançamento: 2007
ISBN: 9788520921579
Editora: Nova Fronteira
SKOOB

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 62º livro lido em 2015 e foi PARA SEMPRE ALICE (Lisa Genova). Li a sinopse do livro e me interessei automaticamente. Já tinha ouvido falar da brilhante atuação da atriz Julianne Moore na adaptação do livro para o cinema, mas na época do lançamento do filme no Brasil, eu não me interessei, mas fui conquistada pela sinopse e comecei a ler bem empolgada.

O livro nos traz a Alice Howland, uma mulher de 50 anos, bonita e com uma boa família, professora a 25 anos na conceituada Universidade de Harvard e com uma mente ativa e brilhante descobrindo pequenos lapsos de memória incomuns a sua rotina. Um dia ela esquece onde colocou o carregador do celular, no outro onde guardou uma determinada publicação, porém é quando está fazendo a sua corrida diária em um percurso que repete sistematicamente todos os dias e acaba se perdendo é que desconfia que alguma coisa está errada com sua cabeça. Ela é então diagnosticada com a doença de Alzheimer de Instalação Precoce. Ou seja, na consolidação de sua carreira acadêmica e quando ela começa a usufrir das conquistas que os seus filhos estão alcançando, ela descobre que tem uma doença degenerativa e incurável. O livro então vai se desenvolver em nos contar a história de como os sintomas vão lentamente tomando conta da vida de Alice, como será a aceitação e o auxilio do marido que ela ama tanto e de como isso irá refletir na vida dos filhos.


O livro é muito tocante e com uma narrativa tão rica e intensa que é impossível não se colocar no lugar de Alice e tentar lutar com todas as forças que ela tem para vencer a enfermidade. E ao contrario do que pode parecer, o livro não se torna em nenhum momento um melodrama choroso, embora a história seja melancólica do inicio ao fim.

A autora do livro é doutora em neurociência e com um amplo conhecimento sobre o Alzheimer, ela constrói um cenário consistente e insere nele uma personagem que nos conquista ora pela inteligencia e determinação, ora pelo amor indestrutível pela família. De forma objetiva, a narrativa nos apresenta Alice no momento em que a doença começa a dominá-la, porem faz um apanhado inteligente sobre o passado dela, sobre suas perdas e sobre a construção da família. A personagem nos conta seu passado como um resgate oficial daquilo que a doença tirará dela: suas lembranças e sendo assim, temos um panorama completo de quem é a personagem.


Eu adorei o livro e me senti extremamente conectada à história. Os capítulos que trazem a originalidade de serem organizados de forma cronológica em formato de meses para que o leitor acompanhe o progresso da doença, me fez sentir que a cada página, eu me aproximava cada vez mais de Alice e entendia exatamente o que ela estava perdendo.

O livro fala da doença de uma forma humana, traz alguns dados estatísticos inseridos na narrativa sem cansar o leitor e do quanto a família e os amigos são importantes na vida de alguém que recebeu este diagnostico. Sutilmente, sem se aprofundar no assunto, fala sobre o gene que pode causar a doença e de como ele pode ser descoberto ainda na juventude e sobre a hereditariedade dele e ainda que tenha sido lançado em 2007, fala dos avanços que já se foi feito no assunto, sempre colocando a protagonista como um exemplo vivo na difusão destes dados.

Eu me emocionei bastante e descobri que eu não sabia absolutamente na da sobre a doença. Despertou em mim curiosidade, interesse e compaixão e quando eu finalizei a leitura, me sentia menos ignorante.
"Meus ontens estão desaparecendo e meus amanhãs são incertos. Então, para que eu vivo? Vivo para cada dia. Vivo o presente. Num amanhã próximo, esquecerei que estive aqui diante de vocês e que fiz este discurso. Mas o simples fato de eu vir a esquecê-lo num amanhã qualquer não significa que hoje eu não tenha vivido cada segundo dele. Esquecerei o hoje, mas isso não significa que o hoje não tem importância." Página  241
Como disse no inicio da resenha, uma adaptação cinematográfica foi feita do livro e eu a assisti assim que conclui a leitura. O filme mesmo tendo uma série de adaptações, é bastante fiel ao livro e traz alguns cortes de continuidade que eu interpretei como se quisesse passar para quem o está assistindo, a sensação de desorientação que um portador de Alzheimer possui. O filme é bonito, intenso e sério, totalmente concentrado na personagem da Alice e atrelado ao livro, foi uma experiencia enriquecedora para mim. O filme ganhou o Oscar pela atuação de Julianne Moore com muita justiça porque ela está exuberante no longa-metragem. Coloquei algumas fotos do filme espalhadas pela resenha, espero que gostem.

Trailer oficial:


Com a adaptação que o livro ganhou para o cinema, o livro ganhou uma capa nova a partir da produção cinematográfica, porém a primeira capa que foi lançada aqui no Brasil, nos traz um detalhe bem interessante sobre a história. No livro, a personagem tem um cordão com pingente de borboleta que tem um significado muito intimo para ela. Quando criança, ela questionou a mãe sobre a vida curta das borboletas, mas a mãe falou que por mais que elas vivessem menos tempo, a vida delas era intensa e colorida e embelezavam a vida por onde passavam. Sempre prefiro as capas originais às capas correspondentes aos filmes, mas em especial essa, deveria tr sido mantida, independente do apelo comercial.

Super recomendo a leitura para quem gosta de drama, mas com uma dose interessante de informação. O livro cumpre com o seu papel de maneira sóbria e concreta e para mim, foi uma leitura que acrescentou do começo ao fim.

Adorei!!!


Um pouco sobre a autora: Lisa Genova nasceu em 22 de novembro de 1970 nos Estados Unidos. É neurocientista e escritora. Com seus conhecimentos, tem se dedicado a criar personagens que sofram de distúrbios mentais e como escritora tem conquistado seu espaço no mundo literário pois suas histórias tem ganhado o mundo. No Brasil, seus livros publicados são:
  • Para Sempre Alice
  • Nunca Mais Rachel
  • Abandonados
  • Com Amor Anthony
Comentários
3 Comentários

3 comentários :

  1. Eu assisti o filme mas não sabia que tinha o livro!
    E concordo com você, prefiro as capas originais e essa deveria ter sido mantida... tão linda!

    Visite meu blog
    virandoamor.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Eu gostei bastante do filme também Carol, foi uma boa adaptação. Mas se tiver oportunidade, confira o livro, é mais intenso!!!
      beijos

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  2. Olá!!
    Nossa amei sua resenha, me fez lembrar varias coisas do livro e deu vontade de re-ler esse foi um dos livros mais tocantes que li esse ano, porque é algo tão real sabe, que eu ficava me imaginando ali na pele de todos os personagens, como eu agiria como eu seria a pele de cada um, esse é um daqueles livro que recomendo a todo mundo acho que todo mundo deveria ler.
    Bjocas

    ResponderExcluir

Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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