SÉRIES DO MEU CORAÇÃO #62 Ruptura

quarta-feira, 15 de junho de 2022



Oi gente que ama livros, hoje venho com mais um post da coluna Séries do Meu Coração e compartilharei com vocês meu amor por mais uma série apaixonante.

A série do mês é Ruptura.

Criada por Dan Erickson e produzida e dirigida por Ben Stiller, Ruptura conta a história de Mark Scout, um homem com a mente dividida entre o pessoal e o profissional. Enquanto está no trabalho, Mark não sabe quem é na vida pessoal, quem são seus amigos, familiares e hobbies, já quando está em casa, não faz ideia de quais são as suas tarefas na empresa Lumen Industries e quem são seus colegas de trabalho.

Uma das temáticas de séries e filmes que mais fazem sucesso entre os fãs de ficção científica são as distopias, que trazem uma realidade desesperadora e opressiva de diferentes formas. Em Ruptura, a distopia está relacionada à saúde e tecnologia, trazendo questões já abordadas em outras séries que também fizeram bastante sucesso em todas as suas temporadas. A trama mostra a divisão da mente dos trabalhadores como uma forma equivocada de melhora na qualidade de vida.

No entanto, o esquecimento de quem você é na vida pessoal ou no trabalho coloca os trabalhadores em situações antiéticas ou ferem seus próprios princípios. A incógnita dessa dúvida, inclusive, gera mais desconforto e insatisfação.


Apesar de se tratar de uma série de ficção e com elementos distantes da realidade, Ruptura é uma daquelas produções que fazem alusão ao mundo real, trazendo questões do nosso dia a dia em sociedade. A primeira semelhança é trazer reflexões sobre sermos pessoas diferentes no ambiente de trabalho, sem precisar de nenhum tipo de cirurgia neurológica para isso. Em ambiente corporativo, precisamos gerenciar o humor, as tarefas, o contato e a socialização, nos adaptando a uma forma inventada de existir. Em casa, há a liberdade para sermos nós mesmos, seguindo nossas próprias regras. Ainda assim, é difícil viver uma vida corporativa sem pensar na vida pessoal, assim como é difícil ter uma vida pessoal sem pensar em trabalho.

Ruptura também conquista pela estética existente dentro do ambiente de trabalho, mesmo que cause estranheza na mesma proporção. Nos escritórios, vemos a mistura de uma tecnologia de ponta com equipamentos que remetem aos anos 1980 e 1990, como se os funcionários não pudessem nem saber em que ano estão. Na sala em que Mark trabalha, vemos um ambiente com apenas quatro pessoas que poderia facilmente abrigar dezenas. A paleta de cores é extremamente bem combinada, assim como os ângulos e posições dos objetos, os locais são extremamente limpos e organizados, compondo um perfeccionismo perturbador. Já do lado de fora, as coisas são normais.


A série do Apple TV+ é uma obra intrigante, causando uma primeira impressão que traz muitas dúvidas sobre o que está acontecendo. Quando começamos a entender, Ruptura começa a mesclar a tecnologia com o desespero. A trama passa a se tornar uma produção investigativa, uma vez que já entendemos os dramas dos personagens e começamos a torcer por eles. O enredo da série não é tão simples assim e apresenta várias camadas intensas e profundas, como se a cada resposta viesse uma dúvida ainda maior.

Sem dúvidas, o mistério é o maior atrativo de Ruptura e começa com Mark recebendo a informação de um ex-colega de trabalho que desfez a cirurgia escondido e hoje paga pelas consequências da quebra de contrato. Os momentos desesperadores sobre o que está acontecendo são manifestados através da personagem Helly, interpretada por Britt Lower. Antes da revelação sobre a sua identidade no mundo externo, ela já se mostra inquieta desde o primeiro dia após o procedimento.


É quando os protagonistas passam a ter os mesmos pensamentos que a revolta começa de fato. O que complementa o suspense é que nada de bom pode existir em um ambiente que não quer que você lembre do que faz lá, então a Lumen é concretizada como uma grande vilã.

O mistério, suspense e qualidade visual de Ruptura não seriam nada sem grandes performances e o elenco da trama também ganha mérito. Além de Adam Scott e Britt Lower entregarem grandes atuações, a série ainda conta com a participação da veterana Patricia Arquette, que rouba a cena interpretando a inimiga dos trabalhadores da Lumen.


Ruptura não é simplesmente uma série sobre tecnologia, apenas se apoia na temática para fazer uma crítica ao universo corporativo e à transformação mental que algumas pessoas podem passar para ter um trabalho. Mesmo assim, é possível aproveitar a qualidade que a produção oferece quando se busca por algo não tão profundo, mas também não superficial, sendo uma boa trama de mistério e suspense.

Com um final de temporada muito tenso e que nos leva a desejar ter novos episódios o mais rápido possível, nos faz feliz saber que a série foi renovada e nos resta esperar.

Eu adorei!!!

Trailer oficial

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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