LGBTQ – Um livro para cada letra – 2022

sexta-feira, 24 de junho de 2022


Oi gente que ama livros, hoje venho indicar livros com muita representatividade, usando a sigla LGBTQA para trazer livros com universos diferenciados dentro do movimento. Esta é a quarta vez que trago essas indicações, que viraram tradição no blog.

Vamos conferir?

L – Livro com personagem lésbica: 
Rainhas Geek (Jen Wilde). Charlie é youtuber, atriz, bissexual... E uma das atrações principais da Supa Con, a convenção de cultura pop mais famosa do mundo. Essa é sua chance de mostrar aos fãs que superou seu término público com o ex-namorado Reese Ryan. O reencontro de Charlie e Reese deixa o clima pesado, mas quando a it girl Alyssa Huntington aparece como convidada surpresa no evento, o que Charlie pensava ser apenas um crush de internet se mostra muito real. Melhor amiga de Charlie, Taylor quer ser invisível. Seu cérebro parece estar programado para funcionar de maneira diferente das outras pessoas e ela gosta de rotina e estabilidade. A única mudança que ela quer em sua vida é no status de sua amizade com Jamie, o que ela sabe que nunca acontecerá. Mas, ao ouvir sobre um concurso de cosplay de seu fandom favorito, Taylor começa a repensar até onde vai seu medo de se destacar.



G – Livro com personagem gay: 
Um milhão de Finais Felizes (Vitor Martins). O livro nos traz o Jonas, um jovem que terminou o ensino médio e por não ter condições de pagar uma faculdade, foi trabalhar em uma cafeteria para ajudar nas despesas de casa. Jonas não sabe ao certo que curso faria se pudesse pagar pelos estudos porque o que realmente quer ser é escritor. Ele já começou várias histórias interessantes, mas por preguiça e talvez incentivo, ainda não concluiu nenhuma delas. Jonas é um rapaz introspectivo, consciente de sua homossexualidade e sabe que isso não pode ser revelado dentro da sua casa porque sua mãe é uma evangélica fervorosa e seu pai é bem preconceituoso. Jonas tem bons amigos: a amizade com Isadora e Dan desde a escola se mantém firme apesar deles terem outra rotina atualmente. Na cafeteria onde trabalha, fez amizade com a Carina, uma personagem que rouba a cena em alguns momentos da narrativa. Em um belo dia, um rapaz ruivo e barbudo, o Arthur, entra na cafeteria e é atendido por Jonas, que fica com a imagem daquele rapaz na mente até que por uma coincidência, eles se encontram em uma festa de carnaval e a partir daí, começam a se envolver. O livro se desenvolve no amadurecimento do sentimento dos dois e sobre eles a sombra do medo de que a família de Jonas possa descobrir.

B – Livro com personagem bissexual: 
Última Parada (Casey McQuiston). O livro nos traz a August que nunca teve uma vida normal. Quando sua mãe era apenas uma criança, o irmão dela que tinha o mesmo nome da nossa protagonista foi embora de casa e anos depois simplesmente desapareceu. A mãe de August nunca esqueceu do irmão e nem deixou de procurar por ele, se tornando uma espécie de detetive particular, fazendo com que a infância de August fosse bem diferente da maioria das pessoas. August aprendeu tudo sobre como solucionar mistérios e crimes, como achar provas e evidências, e os lugares onde deveria procurá-los durante os anos que se passaram. Quando terminou o Ensino Médio, ela decidiu que já bastava e quis ir embora para encontrar uma faculdade em outro lugar, em que ela pudesse viver longe dessa aparente loucura de procurar uma pessoa sem nenhuma ideia de que a encontraria. Então ela decide ir para Nova York, completamente cética a respeito das pessoas, pois nunca teve muita proximidade real com ninguém. Como aprendeu sempre a desconfiar de todo mundo, ela não sente que se encaixa nem no apartamento que encontrou para dividir com outros três colegas: Myla, Niko e Wes. August começa a estudar, até que um dia entra no metrô e lá conhece a Jane. Jane chama atenção de August desde o primeiro minuto em que se encontram e ela começa a tentar pegar o metrô sempre no mesmo horário para encontrá-la novamente e assim, as duas se aproximam e descobrem que têm algumas coisas em comum: uma delas é que Jane já trabalhou na lanchonete no Brooklyn em que August trabalha. Muito levada pela emoção de achar que têm uma ligação, August a convida para ir até lá, mas Jane não aparece. Quando August dá uma segunda chance e a convida para sair outra vez, Jane também não aparece.

T – Livro com personagem trans: 
Os Garotos do Cemitério (Aiden Thomas). Yadriel é um garoto trans e gay que está determinado a afirmar sua identidade de gênero e orientação sexual para sua família latina tradicional. Para isso, ele invoca um fantasma que se recusa a ir embora. Os Garotos do Cemitério é uma fantasia paranormal. Quando a família latina bastante tradicional de Yadriel tem problemas para aceitar sua verdadeira identidade de gênero, Yadriel torna-se determinado a provar que é um verdadeiro bruxo. Fortemente conservadora, a comunidade bruxe não permite que ele passe pelo ritual, com a desculpa de que a Senhora Morte não iria aceitá-lo, por conta de sua identidade de gênero e orientação sexual. Com a ajuda de sua prima e melhor amiga Maritza, ele decide resolver o problema, na expectativa de encontrar o espírito de seu primo assassinado e, então, libertá-lo. No entanto, o fantasma que ele invoca é, na verdade, Julian Diaz, o bad boy da escola… e Julian não tem interesse em deixar esse mundo tão facilmente. Ele está determinado a descobrir o que aconteceu e resolver algumas pendências e pontas soltas antes de partir. Sem escolha, Yadriel concorda em ajudar Julian, para que ambos possam obter o que querem. O que Yadriel não esperava era que, quanto mais tempo passa com Julian, menos quer que o garoto se vá.

Q – Livro com personagem Queer*: 
Menino de Ouro (Abigail Tarttelin). Temos um menino que é exemplo para toda a comunidade: bom filho, excelente irmão e aluno exemplar. Além de ter um comportamento nota 10, ele também é muito bonito e várias garotas da escola suspiram por ele, mas o que ninguém sabe é que Max nasceu com os dois sexos e é uma pessoa interssexual. Este é um livro que pode assustar o leitor já nas primeiras páginas por uma cena de violência sexual fortíssima que ocupa algumas páginas, mas se você puder passar por isso e seguir com a leitura, encontrará um personagem forte mesmo em meio à confusão de sua vida e uma família cheia de amor que as vezes toma decisões equivocadas para protegê-lo. Eu li em 2013, quando foi lançado no Brasil e nunca mais esqueci a história, porque além de ter sido bem escrito e com uma dose de drama eficiente em arrancar lágrimas, o livro também traz um conflito que muitas pessoas acham que não existe. É uma história forte e sensível, que merece ser lida e divulgada.


A – Livro com personagem Assexual: 
Rádio Silêncio (Alice Oseman). O livro nos traz Frances Janvier, uma adolescente focada inteiramente nos estudos que tem como única válvula de escape desenhar fanarts para o seu podcast favorito, Universe City. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela descobre que o criador anônimo do podcast de sucesso na internet, é, na verdade, seu vizinho, o tímido e excêntrico Aled Last. O livro se desenvolverá em Frances conhecer e desenvolver com Aled uma linda história de amizade, em que duas vidas extremamente diferentes encontrarão um no outro apoio e acolhimento para suas inseguranças. No início do livro, shippamos Frances e Aled, mas com o tempo percebemos que Aled é assexual, não se sente atraído sexualmente por ninguém, nem meninos ou meninas e o livro é sobre a amizade, independentemente de qualquer coisa. A escrita da autora é maravilhosa, do tipo que começamos a ler e quando percebemos já lemos mais de 50 páginas e não queremos mais parar. Ela consegue transmitir todas as emoções sentidas pelos personagens sem ultrapassar o limite do dramático. Constrói cada um deles de forma verossímil, pois eles têm defeitos e falhas e ainda assim, queremos que os dois façam parte da nossa vida. O livro aborda temas como saúde mental de forma leve e responsável. Ter personagens que lidam com a ansiedade e depressão e dialogam abertamente sobre isso é muito importante, principalmente nos dias de hoje. O estigma da saúde mental ainda é muito presente e é importante ter histórias que possam dar a devida importância para esses temas.

Essas foram as minhas escolhas para responder este post e gostaria de saber quais seus livros favoritos abordando estes temas. Deixem nos comentários porque vou adorar conferir.

Beijos

*Queer é uma palavra inglesa, que em português significa excêntrico. É uma palavra usada para designar pessoas que não seguem o modelo de heterossexualidade ou binaridade de gênero.
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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