Nome Original: Edge of Eternity
Autor: Ken Follet
País de Origem: País de Gales
Tradução: Fernanda Abreu
Número de Páginas: 1072
Ano de Lançamento: 2014
ISBN: 9788580412918
Editora: Arqueiro
Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 15º livro lido em 2022 e foi Eternidade por Um Fio (Ken Follet). Este é o terceiro volume da trilogia O Século e eu estava muito animada para conhecer o desfecho dos personagens que ao longo dos três livros, aprendi a amar com força.
Esta resenha possui spoilers dos outros livros da trilogia.
Ken Follett fecha a sua trilogia do século muito bem. É um retrato do final do século XX, da guerra fria, da luta pelos direitos civis nos EUA e do colapso da URSS. Um bom livro e, acima de tudo, um bom final para a trilogia.
Estamos na terceira geração das famílias que começamos a seguir em “Queda de Gigantes” e, lamento informar, nenhum dos personagens é tão envolvente como Maud ou Daisy dos livros anteriores e isso não chega a ser um problema. Em A Eternidade por Um Fio o importante são os acontecimentos, é a subida do muro de Berlim, a crise dos mísseis em Cuba, os assassinatos dos Kennedys, e tudo o que as últimas décadas do século passado trouxe para a história da humanidade.
Follett cria personagens e suas famílias e os coloca como testemunhas ou participantes de eventos que mudaram e moldaram o mundo> A história do mundo nos é trazida de forma envolvente e instigante e é tão didático quanto estar numa sala de aula. Esse terceiro livro é o fechamento de um projeto que começou umas 2000 páginas antes, o leitor, na teoria, já se envolveu com essas famílias, já tem os seus personagens preferidos, já torce e se envolve com a sua história. Nesse terceiro livro os romances são muitos mas suas histórias são ofuscadas pelo que acontece a sua volta.
O grande mérito desses personagens é nos conduzir por 30 anos recheados de acontecimentos. Talvez por esses acontecimentos estarem mais próximos de mim, faço parte de uma geração que assistiu na TV a queda do muro de Berlim, me envolvi mais e sabia a sequência dos acontecimentos. O discurso de Martin Luther King, o assassinato de John Kennedy, a primavera de Praga, todos fatos históricos que sei precisar no tempo e sei que consequências posteriores tiveram, e sei de uma forma mais clara do que o que é relatado nos livros anteriores. É o efeito da proximidade com o relatado.
Nada disso faz o livro menos envolvente, pelo contrário. Eu sabia o que estava para acontecer e mesmo assim devorei as mais de mil páginas. Me emocionei como os personagens como discurso “I Have a Dream” de Martin Luther King, fiquei em choque com o assassinato de Robert Kennedy, torci para que as tentativas de reforma nos países da cortina de ferro dessem certo, para que as descobertas de Watergate tirassem Nixon logo do poder. É isso que faz de Eternidade Por Um Fio um bom livro, a capacidade de te fazer torcer, se emocionar e se revoltar com situações das quais você já sabe o final. Somos conduzidos a isso por uma grande quantidade de personagens.
Vou sentir falta dessas famílias e acho que a trilogia merecia mais um livro, afinal o século XXI começou só em 11 de setembro de 2001, Follett teria uma década ainda para cobrir todo o século XX, mas isso é papo de fã e que depois de mais de 3 mil páginas está meio órfã dos Peshkov, dos Dewar, dos Franck e, principalmente, dos Williams.
Foi uma jornada de aprendizado e de uma leitura grandiosa!
Um pouco sobre o autor: Kenneth Martin Follett é um escritor formado em Filosofia pela University College, de Londres. Seu primeiro best seller foi O Buraco da Agulha, vencedor do Edgar Award como melhor romance de 1978. Encorajado pela excelente recepção, escreveu nos anos seguintes uma sequência de sucessos. O tema primordial de seus livros é a ação de espionagem e de guerra, com ritmo rápido que tende a prender até mesmo os leitores mais casuais. Seus livros regularmente dão origem a séries televisivas e filmes, caso de O Buraco da Agulha e A Chave de Rebeca. Em 1989 lançou o seu livro de maior sucesso, Os Pilares da Terra que foge à regra dos seus temas usuais, por se tratar de um romance histórico passado na idade média europeia; ironicamente o livro não foi um grande sucesso na altura do seu lançamento, apenas ganhando popularidade ao longo da década de noventa, quando entrava regularmente nos mais diversos círculos e clubes de leitura graças à propaganda boca-a-boca.
Alguns de seus livros publicados são:
• Pilares Da Terra
• Mundo sem Fim
• As Espiãs do Dia D
• Um Lugar Chamado Liberdade
• Noite sobre as Águas
• Uma Fortuna Perigosa
• Coluna de Fogo
• O Buraco da Agulha
• A chave de Rebecca
• Contagem Regressiva
• O Homem de São Petersburgo
• Tripla Espionagem
• O voo da Vespa
• Queda de Gigantes
• Inverno do Mundo
• Eternidade por um Fio
• Notre-Dame
• O Crepúsculo e a Aurora