Nada Dura Para Sempre (Sidney Sheldon)

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Ficha Técnica:
Nome Original: Nothing Lasts Forever 
Autor:  Sidney Sheldon
País de Origem: Estados Unidos
Tradução: A. B. Pinheiro de Lemos
Número de Páginas: 366
Ano de Lançamento: 1994
ISBN 13: 9780446354738
Editora: Record

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 49º livro lido me 2021 e foi Nada Dura Para Sempre (Sidney Sheldon). Este livro foi a minha segunda escolha para a Maratona de Releituras de 2021. Li pela primeira vez em 1997 e na época tudo o que eu queria era uma trama que me envolvesse do começo ao fim do livro. Como eu já era fã do autor, tinha certeza que isso aconteceria.

O livro nos traz três médicas em seu primeiro ano como residentes em um conceituado hospital de São Francisco. Kat Hunter, Betty Taft (Honey) e Paige Taylor são as únicas mulheres dentro do grupo de novos médicos, o que já causa uma certa resistência por parte dos médicos e diretores do hospital e dificulta a vida de cada uma delas. Além disso, cada uma tem uma história de vida totalmente diferente da outra, dando camadas ao enredo e fazendo com que nos envolvamos com cada uma delas de forma distinta. Kat é uma mulher que sofreu abusos seríssimos na infância e existem cenas bem gráficas sobre suas memórias quando ela era sistematicamente estuprada pelo padrasto. Fugindo dessa vida, ela encontrou abrigo na casa de uma tia que a ajudou a se formar. Além disso, Kat tem um irmão que vive em encrencas e quando o livro começa, ele está no olho da máfia. Paige cresceu para ser médica e leva muito a sério sua profissão, sendo elogiada por todos a sua volta, mas encontra problemas com pessoas renomadas do hospital que a hostilizam o tempo todo. Honey é uma garota que sempre quis ser enfermeira, mas a família insistia que ela deveria ser médica porque ser enfermeira era algo menor para ela. Nunca foi uma boa aluna, mas encontrou um meio de driblar os professores para conseguir se formar.

Essas três mulheres se conhecem no hospital, dividem o apartamento e se tornam grandes amigas. O livro se desenvolve sobre a trajetória delas, porém começa com Paige no banco dos réus acusada de homicídio, embora ela afirme ter realizado eutanásia a pedido do paciente. Mas o mais estranho disso é que esse paciente deixa um milhão de dólares para ela, o que é no mínimo suspeito. Após a introdução com este julgamento, voltamos um ano na história e conhecemos o dia a dia das três mulheres no hospital.

O livro é envolvente e nos coloca dentro do dia a dia de um hospital grande com uma série de especialidades que podem nos despertar curiosidade e aversão. O autor desenvolve situações em que profissionais são relapsos enquanto outros dão a vida pelos doentes.

O livro se passa no começo dos anos 90, mas o autor insiste que ter mulheres médicas era algo muito inusitado naquela época, algo que sabemos que não era e só insiste nesse ponto para justificar a estranheza dos médicos do hospital com as três mulheres. Várias situações machistas e misóginas acontecem com o trio de médicas, que também podem acontecer nos dias de hoje, mas a argumentação do autor é a época, algo que não dá para entender.


Lembro de ter amado muito esse livro no passado, não estava entre os meus favoritos do autor, mas ainda assim, foi uma leitura de entretenimento que havia cumprido com o prometido. Hoje achei a narrativa superficial, caricata e problemática em vários aspectos.

Essa releitura me fez pensar seriamente sobre reler os livros do autor. Já tinha tido essa sensação no ano passado quando reli Um Capricho dos Deuses. O autor foi fundamental no meu desenvolvimento de leitora, mas algumas de suas histórias não funcionam mais para mim e não sei se quero que ele perca o brilho dentro da minha história com a literatura.


Enfim, é um livro com uma narrativa fluida, intensa e envolvente, mas, ainda assim, superficial e problemática.

Lembrava de ter amado, mas desta vez, não gostei tanto.


Um pouco sobre o autor:
Sidney Sheldon foi um novelista e roteirista. Nascido Sidney Schechtel, de pai judeu alemão e mãe judia russa, iniciou sua carreira em Hollywood como revisor de roteiros em 1937 além de colaborar em inúmeros filmes de segunda linha. Preferiu trabalhar no cinema do que na literatura por não julgar-se capaz de escrever um livro. Sheldon também escreveu musicais para a Broadway além de roteiros para a MGM e Paramount Pictures. Foi o criador de séries televisivas de grande sucesso e como escritor, um dos mais lidos e vendidos. Alguns de seus livros publicados no Brasil são:
  • A Outra Face
  • O Outro Lado da Meia Noite
  • Um Estranho no Espelho
  • A Herdeira
  • A Ira dos Anjos
  • O Reverso da Medalha
  • Se Houver Amanhã
  • Um Capricho dos Deuses
  • As Areias do Tempo
  • Lembranças da Meia-Noite
  • O Juízo Final
  • Escrito nas Estrelas
  • Os Doze Mandamentos (infanto-juvenil)
  • Nada Dura para Sempre
  • Corrida Pela Herança (infanto-juvenil)
  • O Estrangulado (infanto-juvenil)
  • Manhã, Tarde e Noite
  • O Plano Perfeito
  • Conte-me Seus Sonhos
  • O Céu Está Caindo
  • Quem Tem Medo do Escuro?
  • O Outro Lado de Mim: Memórias (auto-biografia) 

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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