Preguiça Book Tag

segunda-feira, 8 de março de 2021


Oi gente que ama livros, hoje venho com uma tag que me representa demais: Preguiça Book Tag, que consiste em relacionar elementos da preguiça com livros. Para quem não me conhece direito, acha que eu sou super animada para tudo e todos, mas quem me conhece de pertinho, sabe que sou a rainha da preguiça, por isso amei responder a tag e espero que vocês gostem também.

Vamos conferir?

1. Um livro que só de pensar dá preguiça.
Para começar logo com polêmica, um livro que me enche de preguiça só de pensar nele é a Bíblia (vários autores). A preguiça não está no tamanho da obra, mas sim na relevância dela e a minha aversão ao livro está no fato das pessoas em pleno 2021 seguirem endossando pensamentos intolerantes, homofóbicos, machistas e patriarcais baseados em histórias da Bíblia. Ditadores e incompetentes têm sido eleitos em função de religiões que seguem a Bíblia como regra de conduta para todas as esferas da vida, o que é muito sério. Pensando no Brasil, por exemplo, somos um país laico, onde TODAS as religiões devem ter espaço e liberdade para se manifestarem, mas em função do cristianismo, outras religiões têm sido demonizadas por causa de uma opção pessoal de cada um: a fé. Não critico pessoalmente o cidadão cristão que acredita que na Bíblia como uma história verdadeira porque cada um tem a liberdade de crer no que quiser e conseguir, eu critico que essa crença interfira nas vidas das pessoas que não compartilham a mesma fé. 

2. Um local de leitura que logo te dá aquela preguicinha.
A cama é esse lugar na minha casa, porque se eu deitar com um livro na mão disposta a ler, essa leitura vai virar um cochilo bem legal… rs

3. Um clichê literário que te dá preguiça de ler.
O badboy que terá seu interesse romântico na menina virgem que de alguma maneira, tem o poder sobrenatural de levá-lo para o bom caminho. Chato!!!

4. Uma história que você leu na base da preguiça. 
Minha Vida (não tão) Perfeita (Sophie Kinsella). O livro nos traz a Katie, uma mulher de vinte e poucos anos que nasceu e cresceu no interior da Inglaterra e sempre sonhou em viver em Londres. Quando ela tem a oportunidade de trabalhar em uma renomada agência de publicidade, agarra essa chance com todas as suas forças, mesmo que isso represente deixar seu pai ou viver contando as moedas para conseguir pagar o aluguel e sua alimentação. Katie quer tanto que esta oportunidade de trabalhar e viver em Londres dê certo, que abre mão de si mesma em algumas situações. Por exemplo, ela disfarça o seu sotaque original a todo custo e acha que seu nome é de pouco impacto, então sempre se apresenta como Cat. Profissionalmente, tem ótimas ideias, mas tem medo de se posicionar nas reuniões de trabalho e por causa de todo esse desgaste, Katie é infeliz. Mas isso não é expressado em sua conta no Instagram, onde ela posta fotos de uma vida fabulosa que só existe em sua mente. A abordagem muito pertinente sobre a mensagem que as pessoas querem passar nas suas redes sociais e o quanto querem impressionar os outros com suas vidas foi o ponto alto do livro para mim. Apenas esse, pois na verdade a leitura foi bem complicada. A protagonista é extremamente imatura e em alguns momentos eu achava que ela tinha 12 anos em função das pequenas vinganças que tramava. Existe um romancinho no enredo, mas é muito fraco e não me convenceu e as últimas páginas do livro foram bastante arrastadas para mim.

5. Uma capa de livro que parece ter sido feita com preguiça de tão sem graça.
Qualquer livro que tenha sido adaptado para o cinema e ganha capa igual ao pôster do filme me dá a sensação de preguiça. Livros biográficos que via de regra trazem a foto do biografado na capa também me dão preguiça, mas citando um livro que adorei e achei a capa extremamente preguiçosa é Perdão Leonard Peacock (Matthew Quick). O livro nos traz o Leonard no dia em que ele completa 18 anos. Para qualquer jovem esta seria uma data interessante, mas para Leonard é o dia em que ele decidiu matar seu ex-amigo Asher Beal e depois se matar. Para isso, pega uma arma que foi do seu avô, usada na segunda guerra mundial, um P-38. Mas antes de Leonard cumprir com a sua última missão na vida, quer entregar alguns presentes para 4 pessoas, com as quais ele está intimamente ligado: sua mãe Linda, uma mulher egoísta, relapsa e que não deveria ter o privilégio de ser mãe; o vizinho e idoso Walt, com quem Leonard compartilha o lazer de assistir filmes antigos de Bogart Humphrey; Lauren, uma menina por quem Leonard é apaixonado, mas sabe que se trata de um amor impossível porque ela insiste que ele professe a mesma fé que ela e Leonard é ateu resoluto e por fim, o professor Silverman, por quem Leonard tem admiração genuína e acredita que ele é o único professor no universo que se preocupa de verdade com os seus alunos. Após Leonard entregar o seu presente para estas pessoas, matará Asher, alguém que já foi seu amigo, seu único amigo, mas que fez com que Leonard se transformasse em um adolescente nada popular e estranho mediante todos.

6. Um hábito preguiçoso de leitor que você tem.
Ter o livro físico e ler o e-book por ser mais prático, leve e prático de carregar para qualquer lugar.

7. Um livro em que a preguiça de ler deu certo (livro curtinho e maravilhoso).
Maluca Por Você (Rachel Gibson) tem menos de 100 páginas e conta uma história ótima. O livro nos traz a Lily, uma mulher de 38 anos, divorciada, bem-sucedida na sua profissão e com um filho fofo, o Pip. Porém Lily nem sempre foi assim, já foi uma mulher inconsequente e chegou ao limite de entrar com o carro dentro do escritório do ex-marido para mostrar que não estava de brincadeira. Lily é conhecida como maluca na pequena cidade de Lovett no Texas e por mais que hoje tenha uma vida respeitável, ainda pensa que todos ao seu redor acham que ela é irresponsável. Um jovem policial se muda para a casa ao lado de Lily, o Tucker. Ele já foi soldado e esteve em locais violentos como Iraque e Afeganistão. Jovem e bonito, completamente inocente quanto ao passado de Lily, se interessa por ela e ela por ele, porém ela não quer se envolver, afinal é mais velha, mãe e morre de medo que as pessoas voltem a falar dela como no passado. A narrativa se desenvolve com Tucker querendo um relacionamento sério com ela e ela fugindo do que poderia ser um compromisso.

8. Um livro em que a preguiça de ler não deu certo (livro curtinho, mas não gostei).
Foi o clássico O Grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald). Eu entendo a relevância deste livro para a cultura americana, mas não funcionou para mim. O livro traz Nick Carraway narrando a história que se desenvolve sobre ser vizinho de um homem muito rico que festeja alegremente a prosperidade americana pós Primeira Guerra Mundial. O milionário que dá nome ao livro, Jay Gatsby, promove estas festas com um objetivo simples: reencontrar o amor da adolescência, Daisy, agora casada com Tom, um personagem que foi construído, acredito eu, com o objetivo de personificar a hipocrisia gritante que existe no ser humano. Tom sempre tinha um discurso moralista e conservador sobre todo e qualquer tema. Nick é convidado para uma destas festas e então passa a frequentar este mundo glamouroso do dinheiro e da posição social elevada.




9. Um livro que manda a preguiça para longe (livro longo que devorou).
Memórias de um Amigo Imaginário (Matthew Dick). O livro nos traz Budo, amigo imaginário de Max, um menino de 8 anos. Max é um garoto muito inteligente, que lê muitos livros e filho único de um casal extremamente cuidadoso com ele, porém na narrativa de Budo percebemos que Max possui uma série de características de uma criança no espectro autista. Ele não olha nos olhos, ele não gosta de ser tocado, é sistemático e vive dentro do mundo dele. Apesar de Budo ser criação da imaginação de Max, Budo é independente. Ele goza do direito de ir e vir, de construir suas próprias opiniões e impressões do mundo e sabe diferir muito bem entre o bom e o mau. Budo interage apenas com Max enquanto ser humano, mas ele tem outros amigos também imaginários de outras crianças e assim, temos o dia a dia do Max bem explicado no livro. Porém uma situação acontece com Max e somente Budo poderá ajudar. O livro tem uma narrativa que transita entre a ingenuidade de uma criança e a profundidade de alguém que observa e reflete o mundo ao seu redor. Por mais que Budo saiba que sua existência é vulnerável, procura vivê-la intensamente e o modo como ama o menino que o criou dentro da riqueza da imaginação que apenas uma criança pode criar é muito tocante. O livro é uma daquelas aventuras densas e acredito que é o tipo de leitura que te faz pensar e repensar uma série de situações na vida.

10. Um gênero que nunca te dá preguiça (que você nunca cansa de ler).
É o romance dramático. Adoro uma história de amor com aquela carga de drama que pode envolver guerras, doenças terminais, separações, tragédias, enfim, eu amo um amor temperado com tristeza e superação.

E aí, gostaram das respostas? Mais uma vez trouxe indicação de livros que eu não tenho falado muito aqui no blog para aumentar a diversidade. Quais seriam as suas respostas? Deixe nos comentários porque vou adorar conferir.

Beijos
Comentários
2 Comentários

2 comentários :

  1. Oi Ivi, sua linda, tudo bem?
    Achei o tema da tag muito legal, nunca vi ninguém relacionando preguiça com livros, risos...Realmente começar a ler na cama, é certo que o sono chegará logo. Rachei Gibson está na minha lista faz tempo, tinha até esquecido dela. E já anotei na minha lista memórias de uma amigo imaginário. Engraçado que eu reconheço essa capa. Já quero ler.
    beijihos.
    cila.

    ResponderExcluir
  2. Olaá Ivi,
    Nossa, adorei essa tag. A preguiça toma conta aqui também e por incrível que pareça a maioria das respostas compartilho com você. Principalmente deitar para ler.

    Beijo!
    www.amorpelaspaginas.com

    ResponderExcluir

Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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