Oi gente que ama livros, hoje venho com mais um post da coluna Séries do Meu Coração e compartilharei com vocês meu amor por mais uma série apaixonante.
Sucesso na televisão norte-americana, The Good Doctor é uma série estrelada por Freddie Highmore, que acompanha o residente de cirurgia Shaun Murphy. Shaun é um caso raro, médico em formação e apresenta autismo. Assim, Shaun é muito diferente do que se espera de um cirurgião em geral.
O primeiro episódio se apoia justamente neste conflito existente de sua peculiaridade com o desejo de ser médico. Por meio de flashbacks do personagem principal, o episódio nos conta parte de sua trajetória até a vida adulta. Uma criança autista, cujos pais não faziam ideia de como lidar com ele. Expulso das escolas regulares por não se ajustar, convive com um pai ignorante, violento e encontra um porto seguro no irmão.
Mais novo do que ele, o irmão de Shaun tenta defendê-lo da maldade do pai e das outras crianças. O menino o entende, apoia e protege. Assim, pelo resto da vida, a motivação de Shaun gira em torno das palavras de incentivo e amor ditas pelo irmão. Ainda pequenos, quando o pai mata o animalzinho de Shaun em um ataque de fúria, eles conhecem o Dr. Aaron Glassman.
Esse médico, também chefe do hospital San Jose St. Bonaventure luta e expõe todos os seus argumentos para contratar Shaun. Glassman precisa enfrentar o corporativismo, o preconceito e o ego dos médicos do hospital que não acreditam que um médico autista possa ter capacidade de salvar a vida dos pacientes.
Enquanto o conselho delibera preconceituosamente no hospital, Shaun salva a vida de um garoto de oito anos atingido por uma placa de vidro no aeroporto onde ele estava. Shaun improvisa o que precisa e inclusive produz um equipamento para ventilar o garoto sob os olhos incrédulos das pessoas a sua volta e é aplaudido ao final do trabalho.
Ao chegar ao hospital, um novo show de horrores. O tratamento dispensado a Shaun é sempre negativo. Para conviver em sociedade, Shaun obviamente desenvolveu alguns mecanismos de autodefesa que muitas vezes são encarados com estranhamento pelas pessoas. A dificuldade de comunicação de Shaun é latente, ele pensa bastante antes de falar, quando fala é depressa, não olha nos olhos e entrelaça uma mão na outra. Há uma certeza meio trêmula no tom de voz, como quem junta toda sua coragem para dizer alguma coisa. Shaun fala pouco, mas diz as coisas certas.
Outro destaque da série é tentar reproduzir na tela a forma como o cérebro do médico funciona. Enquanto ele pensa nas soluções para os problemas que se apresentam, os caminhos da resposta aparecem na tela em gráficos, textos e desenhos gravados eternamente naquela memória. O efeito é incrível, visualmente agradável, bonito e didático.
Esta foi uma série que negligenciei por muito tempo. Embora eu seja muito fã de Grays Anatomy e no passado, tenha adorado Plantão Médico, não tenho muita paciência para séries médicas porque são todas muito dramáticas e com muitas mortes. Por isso, apenas agora olhei para esta série com carinho, dei uma chance e sem dúvida foi um caminho sem volta. A série possui uma inocência bem apropriada e apesar dos médicos superiores a Shaun não o compreenderem, não existe um antagonismo real, o que me agradou muito.
Enfim, eu a recomendo porque a série traz temas muito interessantes e sobretudo tem uma linguagem bem tranquila e fácil de maratonar.
Confiram o trailer:
Mês que vem trago mais séries do meu coração.
Beijos