Ficha
Técnica:
Nome
Original: The Horse Dancer
Autora:
Jojo Moyes
País de Origem: Inglaterra
Tradução:
Ana Ban
Número de Páginas: 400
Ano de Lançamento: 2016
Fiquei animada com vários lançamentos
de Jojo Moyes em 2016 e o escolhido foi o de título mais forte, mesmo que o
título dado aqui não tem nada a ver com o original. A narração é em 3ª pessoa e
logo aparece a relação de amor entre as pessoas e os cavalos, com o cavaleiro
francês Henri Lachapelle.
“Todo mundo era apaixonado por algo e queria protegê-lo; Sarah sem dúvida deveria saber disso melhor do que a maioria das pessoas”. – página 152
Cada capítulo é iniciado com uma
citação de Xenofonte que compara homens aos cavalos, assim como há vários
trechos com nomenclaturas e explicações sobre os movimentos dos cavalos nas
apresentações, como as que Henri participava antes de deixar o país para estar
com a namorada inglesa, Florence. Henri é responsável pela criação da neta
Sarah e transmite todo o amor aos cavalos a ela, que se dedica a cuidar de Boo,
até que a doença do avô transforma sua vida.
Como é comum nos livros de Jojo
Moyes, há personagens paralelos que se encontram no decorrer da história:
Natasha Macauley é advogada, especialista em causas com crianças e
adolescentes. Ela está em processo de divórcio com Mac e namora Conor, seu
companheiro no escritório. Tem traumas importantes que definem suas ações e
atitudes.
Natasha conhece Sarah em um supermercado,
vê que está sozinha, sem estrutura e decide que ficará em sua casa por uma
noite. A partir daí, a vida de Natasha muda e Sarah permanece extremamente
preocupada com o avô e o cavalo, até que decide fazer a viagem que tinha
planejado com o avô antes de que ele ficasse doente: quer ir a França e
conhecer Le Cadre Noir, a escola nacional de equitação da qual o avô participava
e se apresentava.
“Mas como explicaria que precisava permitir que a menina fizesse aquilo? Mesmo depois de ouvi-la falando sem parar nas últimas horas, ele a invejava um pouco. Quanta gente tinha a oportunidade de correr atrás de um sonho?”. – página 283
Sarah é uma personagem bem
contraditória, forte e vulnerável ao mesmo tempo e desperta vários sentimentos:
no início tive pena por ela estar tão sozinha, porém, algumas atitudes e
decisões dela no planejamento para a viagem seriam imperdoáveis para mim. Por
outro lado, a admirei pela persistência por alcançar seu objetivo (ainda que
por meios errados, vale ressaltar) e o intuito de proteger a quem ama em todos
os momentos. As atitudes de Natasha com ela são justificadas e Mac se mostra responsável
e protetor o tempo inteiro, assim como o amigo John, sempre preocupado com
Sarah e Henri.
O livro aborda de forma delicada
algumas questões como namoro à distância, preconceito com estrangeiros e
dificuldades de adaptação em outro país, além de vício em drogas e sintomas e
dificuldades pela esclerose múltipla, mas acima de tudo demonstra a importância
de fazer o melhor possível com o que a vida nos apresenta. Senti falta de uma apresentação
formal de Sarah com o cavalo, acho que enriqueceria bastante a história, como
fechamento de um ciclo. Há algumas expressões em francês sem tradução nos
diálogos, nas que tentei seguir o contexto, mas a tradução teria ajudado
bastante.
"Às vezes só eram necessárias algumas palavras de incentivo para reacender uma fagulha da confiança de que o futuro poderia ser maravilhoso, em vez de uma série infindável de obstáculos e decepções”. – página 329
Nos agradecimentos, a autora relata
que é apaixonada por cavalos e que se inspirou ao ler uma matéria sobre uma
garota chamada Meca Harris, também apaixonada por cavalos, sendo que os cavalos
significavam uma saída ou até outra forma de vida para as duas.
Recomendo para quem goste de drama,
com exemplos de superação, determinação e persistência. Também é interessante
pelas informações sobre cavalos e seus movimentos, fiquei impressionada com o
“capriole”, tão almejado por Henri e Sarah. Gostei bastante!
Um pouco sobre a autora: Jojo Moyes nasceu em 1969 e cresceu em Londres. Trabalhou como
jornalista por dez anos, nove deles no jornal The Independent, de onde
saiu em 2002 para se dedicar integralmente à carreira de escritora. Como eu
era antes de você, seu romance de maior sucesso, vendeu quase oito milhões
de exemplares em todo o mundo, ocupou o topo da lista de mais vendidos
em nove países e foi adaptado para o cinema, estrelado por Sam Claflin (Jogos
Vorazes) e Emilia Clarke (Game of Thrones). Uma das poucas escritoras
no mundo a ter emplacado três livros ao mesmo tempo na lista de mais vendidos
do The New York Times, Jojo mora em Essex com o marido e os três filhos. Seus livros publicados no Brasil são:
- A última carta de amor
- A garota que você deixou para trás
- Baía da esperança
- A casa das marés
- Em busca de abrigo
- Um mais um
- Como eu era antes de você
- Depois de você
- O navio das noivas
- Nada mais a perder
- O som do amor
Oi Kelly, depois que eu li Como Eu Era Antes de Você, eu me apaixonei pela Jojo, e esse livro está na minha listinha de futuras leituras.
ResponderExcluirBeijokas
[SORTEIO] Aniversário de 1 Ano: Livro - Perdida
Quanto Mais Livros Melhor
Kelly!
ResponderExcluirOs livros da autora são sempre bem dramáticos, porém nos trazem muito conhecimento e aprendizagem.
Fala de temas fortes e que de alguma forma nos faz refletir.
E aqui percebi que os personagens secundários tem papel fundamental em toda trama do livro.
“Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância.” (Sócrates)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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