Viagem #02 - San Andrés - Kelly Silva

A segunda parada da viagem pelas terras colombianas foi na ilha conhecida pelo mar de sete cores: San Andrés. Em um voo de pouco mais de uma hora partindo de Cartagena, já era possível visualizar o mar que nos dava as boas-vindas a ilha.

De cara já notamos que o clima era diferente de Cartagena, bem mais ventilado, ufa! Chegamos lá em um domingo por volta das 17 h e nos surpreendemos com o aeroporto: bem pequeno, me fez lembrar o aeroporto de Porto Seguro (Bahia).

1º dia: Caminhada pelo centro: O centro de San Andrés ficava próximo da pousada em que estávamos, então resolvemos caminhar até lá assim que nos instalamos. Passamos por várias praias que não conseguimos apreciar como deveríamos porque já anoitecido, então ficaram como pendência para os próximos dias. Ao caminhar, encontramos o funcionário do aeroporto que tinha nos ajudado.

A parte engraçada do dia foi que não conseguíamos localizar táxi para voltar (não são identificados por cor, somente um adesivo escrito “taxi” no para brisa ou “servicio público”na parte de trás que normalmente você só visualiza quando já passou). Pedimos ajuda a um policial pensando que ele chamaria um táxi e nos surpreendemos demais quando ele ofereceu carona para nos levar a pousada. Encontrar o funcionário do aeroporto e o policial oferecer carona já demonstraram o clima de cidade pequena e tranquila de San Andrés.

2º dia: El Acuario / Manglares: De volta aos passeios de lancha, o encontro com o mar mais lindo que já vi na vida! Chegando lá, é possível ver a divisão entre os tons de azul certinho, em que segundo o guia, quanto mais escuro, mais fundo é. Encantados ao ver “el acuario”, fizemos mergulho com snorkel (vários peixinhos lindos, muito legal!) e um passeio no barco com fundo de vidro que também valeu a pena pela quantidade de espécies diferentes vistas.

À tarde tínhamos o passeio para ver as arraias, estranhamos ao voltar ao Acuario e ver somente uma arraia. Não era o que esperávamos (depois ficamos sabendo que havia outro passeio sobre arraias, diferente desse), mas tudo bem, fica como aprendizado. Na lancha, estávamos com um guia de 13 anos bem atencioso e engraçado, que pulou na água e em alguns minutos trouxe uma estrela do mar para que víssemos, impressionante! Fomos também a parte dos mangues (“manglares”), essa parte me deu certa aflição por imaginar a quantidade de animais por ali.

Tínhamos pensado em ir ao Jhonny Cay (uma das ilhas mais famosas de lá), mas não nos recomendaram pela minha deficiência e pela falta de acessibilidade ao descer da lancha lá, então descartamos a ideia.

3º dia: Aquanautas: Havíamos programado city tour pela ilha, que acabou não dando certo. Então decidimos pelo Aquanautas, atividade que não tive coragem de fazer, mas meu amigo adorou. É um mergulho sem cilindro, em que você utiliza somente uma espécie de “capacete” e visualiza muitos peixes. No parque em que está o Aquanautas, também há tobogãs e trampolins.

À tarde fomos à praia (peatonal) e compramos lembrancinhas no centro comercial, que tem opções de comida e também agência de viagens que fomos para pesquisar passeios. Como não curtimos muito a comida colombiana, nossa escolha para refeições era massa, lanches ou pizza.

4º dia: Caminhada a praias e city tour: Saímos da pousada e fomos conferir as praias que não havíamos visto no primeiro dia, mar como sempre lindo, em que contávamos as cores para confirmar se realmente havia as 7 cores!

Como havíamos fechado para fazer o city tour à tarde, fomos ao centro e esperamos por lá. Um detalhe importante é que o comércio de San Andrés fica fechado entre das 13 às 15 h, somente alguns restaurantes abrem, então é bom se programar contando com esse detalhe.  

Imaginei que faríamos o city tour com um grupo e me surpreendi ao perceber que éramos só nós e o motorista. Descobrimos que a ilha tem apenas 27 km de extensão e a primeira parada foi na “Cueva Morgan”: lugar em que segundo disseram, o pirata Henry Morgan escondia seus tesouros. Há também o museu do coco e uma apresentação de dança típica. É um passeio rápido, necessário pagar entrada, mas achamos interessante.

O próximo lugar visitado foi o “Hoyo Soplador”:  Túnel subterrâneo formado por corais que expulsa água de acordo com o movimento das ondas. A próxima parada seria no “West View”, mas descartamos porque já o havíamos visitado antes pelo Aquanautas. Assim, terminamos o passeio na Igreja Batista, local em que há o mirante da cidade.

À noite voltamos ao centro (com wi fi grátis do governo em quase todo lugar e vários banquinhos para descansar, observar o movimento ou tomar sorvete) e vimos um concurso de dança na rua, bem divertido!

5º dia: Praia e Noche Blanca: Último dia para mergulhar nas águas imensamente azuis de San Andrés, então fomos a praia, alugamos tenda e cadeiras e ficamos bem confortáveis, apreciando a vista linda! À noite fomos a “Noche blanca”, uma baladinha em um barco em que todos deveriam ir  vestidos de branco, com jantar incluído. Esse passeio só valeu a pena pela música latina que adoro, pelas risadas que demos e pelas pessoas que conhecemos, mas enquanto estrutura e comida, esperávamos MUITO mais, não recomendo!

6º dia – Despedida de San Andrés, tomamos café da manhã e já fomos para o aeroporto, nosso voo saía por volta das 12 h. Não imaginávamos que o voo sairia atrasado de San Andrés e perderíamos a conexão ao Panamá (mesmo com todo o esforço do funcionário no aeroporto de Bogotá), o que nos fez dormir em Bogotá e voltar somente no dia seguinte. Foi transtorno porque tínhamos compromissos no dia seguinte, mas a companhia aérea cumpriu com tudo o que foi prometido e pagou táxi, hotel, alimentação e reagendou a passagem, nos colocando em um voo direto.

A viagem de volta foi mega turbulenta, tanto que as comissárias não conseguiam servir as refeições, muito tensa para mim, considerando o medo de avião, mas chegamos bem!

Locomoção: Caminhamos bastante, já que não vimos muitos ônibus e era bem difícil localizar um táxi na ilha. Quando localizávamos, eram veículos bem antigos, mas que nos levavam ao destino, então tudo certo. Assim como em Cartagena, não possuem taxímetro, o valor é combinado antes da corrida.

Moeda: Mais uma vez o Bancolombia nos ajudou no câmbio. Ressalto que San Andrés é uma cidade mais cara do que Cartagena (no sentido de comida e compras), tivemos que efetuar saques lá, o que não recomendo pela cobrança do IOF. As pessoas comentam bastante na internet sobre os produtos sem impostos, há várias lojas de produtos importados, mas não notamos muita diferença dos preços daqui.

Temperatura: O sol brihou em todos os dias da nossa semana e pudemos fazer todos os passeios que queríamos. Normalmente a ilha é ensolarada e com vento agradável, mas caso chova (o que ocorreu na semana anterior a que fomos, como comentou o dono da pousada), acaba impactando os passeios, já que vários são feitos pelo mar.

Considerações finais: San Andrés é linda, as pessoas são tranquilas, mantém o clima de cidade pequena ainda que haja MUITOS turistas (maioria brasileira, argentina e chilena) e o mar é absolutamente incrível com seus vários tons de azul. Super vale a pena conhecê-la, recomendo! Que venha a próxima viagem! :)