Conheci esse livro por indicação em um grupo no facebook,
foi citado como o melhor livro de 2014 por uma das participantes. Procurei a
sinopse e a primeira frase (“Nós tivemos um bebê”) já despertou a minha
curiosidade sobre a história.
A narrativa tem início em 2012 quando Hanna decide contar a
Richard sobre o filho, criando um momento de tensão máxima logo nas primeiras
páginas. No próximo capítulo, já temos uma volta ao passado.
Hannah é uma garota pobre, filha de pais separados e mora
com a mãe. Tem problemas de convivência com o pai e sua nova família e ajuda a
mãe na organização de festas para que as duas possam ter uma vida melhor. Em
uma das festas, em 1999, conhece Richard, um estudante rico e que vive em um
mundo completamente diferente do seu.
Um ano depois, os dois se aproximam novamente quando Hannah
cuida de Ruby (irmã de Richard), uma menina de 10 anos que adora ler e é
fascinada por Harry Potter. Já na universidade, Hannah consegue trabalho, tenta
se aproximar do pai e marca novo encontro com Richard, que também tem planos
para o futuro: abrir uma empresa com um amigo.
A dinâmica dos capítulos do livro é bem interessante: há um
intervalo de um ano para cada capítulo, período em que é possível perceber o
amadurecimento dos personagens, mesmo que quando se encontrem o tempo pareça
não ter passado.
O ano de 2001 é marcante pela descrição tensa do atentado de
11 de Setembro e por um fato que determinará o futuro de Richard, no qual
falhar não é uma opção. As circunstâncias os levam a mudar os planos, mas
concordam em tentar um namoro à distância. A partir daí, tudo se complica:
problemas na empresa de Richard e doença na família de Hannah os afasta. Quando
finalmente a narrativa volta ao ano de 2012, a frase da sinopse é repetida e
temos a reação (bem real) de Richard ao receber a notícia do filho.
Os trechos em lugares como Nova York, França ou Londres são
bem descritivos, a narrativa nos leva a imaginar a vida nestas cidades, assim
como há ênfase na música, tão presente na vida de Tom, o amigo que apoiou
Hannah no momento em que ela mais precisava.
Considerando tudo, a história é cheia de momentos
complicados, parece uma novela mexicana, quando tudo parece se encaminhar para
o final feliz acontece algo que pode separá-los de vez, até com uma certa
“vilã” na trama. O livro aborda a
questão de que nem sempre os planos que fazemos se concretizam, a importância
da amizade e apoio em momentos críticos e a possibilidade de oferecer a segunda
chance a um amor verdadeiro. Os protagonistas não são vistos como heróis e sim
como pessoas normais, que reconhecem suas falhas e tentam melhorar sempre.
A estrutura do livro e a história
me fizeram lembrar bastante de “Um dia” (David Nicholls). Não o consideraria
como o melhor livro do ano, mas é válido para quem gosta de histórias com esse
estilo.
“Tudo parecia diferente e ao mesmo tempo, tudo era igual” – página 77

Como eu leio pela internet?
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