A Linguagem do Amor (Lola Salgado)

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Ficha Técnica:
Autora: Lola Salgado
País de Origem: Brasil
Editora: Kindle 
Número de Páginas: 659
Ano de Publicação: 2019
ISBN: B071F98MR8

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 66º livro lido em 2019 e foi A Linguagem do Amor (Lola Salgado). Em 2018 tive a oportunidade de conhecer o trabalho da autora através do delicioso Sol em Júpiter, por isso estava muito curiosa para ler os outros títulos dela e essa foi a minha escolha.

O livro nos traz a Rebecca, uma jovem de 17 anos que sai da sua cidade no interior de São Paulo para fazer faculdade em Maringá, interior do Paraná. Logo no início do livro ela tem um contratempo com um vizinho que é extremamente mal-educado e grosseiro e logo em seguida  descobre que esse vizinho é seu professor no curso de Letras. Adônis, sempre hostil, acaba chamando a atenção de Rebecca e assim se forma o romance do enredo.

O livro se desenvolve sobre esta paixão, a vida de Rebecca nos é contada ao redor disso e várias nuances de problemas familiares sérios são inseridas na história. Além do casal principal temos os colegas de apartamento de Rebecca, Arthur e Nathaly, que se responsabilizam pela parte cômica do livro, mas também com arcos próprios que agregam um pouco de representatividade à trama porque Arthur é gay e isso é um problema imenso para sua família evangélica.

De forma geral, o livro segue uma receitinha: jovem inocente com uma bagagem dramática se envolve com homem que também tem um passado de dor. Porém o foco maior é sobre Rebecca e de certa forma, isso não foi o suficiente para me fazer gostar da história, torcer pelo romance ou me envolver com o casal. Algumas decisões da personagem principal não me agradaram e o romance em si se tornou previsível para mim.

O fato de Adônis ser o professor de Rebecca me deixou muito desconfortável porque ele dá uma nota relativamente baixa para que ela desenvolva trabalhos extras e assim os dois possam interagir mais. Eu não consegui concordar com isso e achei uma falta de ética profissional assustadora.

Outra coisa que me incomodou no desenvolvimento da trama foram as inúmeras referências à cultura pop. Harry Potter, Star Wars e Senhor dos Anéis foram citados em praticamente todas as páginas e isso se tornou tão cansativo que me perguntei se o livro teria metade das páginas – que por sinal são muitas –  se essas citações fossem retiradas.

Rebecca tem uma relação muito negativa com a mãe e isso foi explorado de forma parcial no enredo, eu esperava uma resolução mais pacífica para este conflito e fiquei muito frustrada com a solução dada para a problemática.

Enfim, foi um livro que infelizmente não me agradou e em função da expectativa altíssima por causa do outro trabalho da autora, acabou sendo uma leitura complicada para mim. Porém, ainda quero ler outro livro da Lola Salgado porque a primeira impressão que tive da sua escrita ainda é extremamente positiva.

Para quem gosta de romance New Adult, o livro tem todos os elementos do gênero, contando com bastante sensualidade. 

Esperava gostar mais.


Um pouco sobre a autora: Lola Salgado acredita fervorosamente que o sushi foi a melhor invenção da humanidade. Paranaense, ela gosta dos dias mais frescos, de café amargo e de histórias que mexem com seus sentimentos. Está em um relacionamento sério com os livros desde que se entende por gente e escreve porque alguém certa vez lhe disse que é assim que se faz magia. Escorpiana nascida em novembro de 1993, Lola publicou seus primeiros livros na plataforma Wattpad, onde ganhou o prêmio internacional Wattys com uma de suas obras. Na Amazon, seus livros ultrapassam 10 milhões de leituras. Alguns de seus livros publicados são:
  • Sol em Júpiter
  • As Pequenas Coisas
  • O Advogado
  • A Linguagem do Amor
  • O Acusado
  • Tentador
  • Quando Tudo Ruir
  • Minha vida (não) é uma comédia romântica
Comentários
9 Comentários

9 comentários :

  1. Já vi outros livros dela que gostaria mais, esse também não me agradou por ver umas coisas e detalhes dele. A história da garota é legal, mas também tem uns elementos que me deixam pé atrás. O fato de ser jovem já deixa uma brecha pra se identificar com ela e essas coisas, mas o negócio todo de professor aí no meio não foi lá algo que gostei. O jeito disso. Tinha visto esse negócio das notas e achei tão...bem, não gostei. Sabe aquele franzir a cara pra umas coisas? É isso. Não sei se iria gostar tanto de acompanhar esse romance...

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  2. Ainda não li nada da Lola, mas tenho vontade de conhecer a escrita dela.
    Bom saber dos pontos que citou, é bom que não inicio com tanta expectativa.
    Amo referências nas histórias, mas tudo em excesso fica cansativo mesmo.
    No mais, acho que será uma leitura prazerosa.

    Beijos

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  3. Olá Ivi!
    Confesso que achei a premissa da obra bastante genérica, sendo que a autora não consegue trabalhar essa história de forma a despertar a preocupação do leitor para com os protagonistas. Por outro lado, gosto de alguns temas familiares que são abordados ao longo da trama, bem como da reprentatividade LGBT. Mas realmente parece ser difícil de engolir essa atitude totalmente descabível de Adônis, o que torna a experiência ainda menos atrativa.
    Beijos.

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  4. Olá! ♡ Essa foi minha primeira experiência com um livro da Lola Salgado e confesso que esperava um pouco mais da história, já que tudo que eu lia sobre esse livro era totalmente positivo. Eu não achei o livro ruim, até gostei, mas de fato, têm alguns pontos nesse livro que deixaram a desejar.
    Achei a história um tanto cansativa em alguns momentos, mas nada que comprometesse minha leitura. Talvez esse fato se deva em parte pela previsibilidade do livro, já que eu esperava uma trama diferente dos livros que já li dentro do gênero, mas por fim, me deparei com uma história que não acrescenta muita coisa nova.
    Essa questão dos trabalhos extras também me incomodou, em vários momentos do livro eu achei o Adônis um professor totalmente sem ética, eu esperava atitudes mais responsáveis da parte dele.
    Enfim, foi uma leitura boa, mas que acredito que o livro poderia ter sido desenvolvido de forma diferente e menos previsível. Eu adoraria ter conseguido me apegar aos personagens, mas infelizmente isso não aconteceu.
    Adorei sua resenha! Beijos! ♡

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  5. Assim, não sou muito fã de livros com personagens protagonistas que ficam com o professor.Não goato mesmo. Nada contra, mas também nada a favor. E quando citou que o professor dava notas baixas para poder passar mais tempo com a mocinha, fiquei bem chateada pois concordo plenamente com o que disse, muita falta de profissionalismo.
    Desejo ler alguma obra da autora algum dia, mas essa não.

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  6. Olá!
    Então, já no início da resenha já achei bem clichê. Eu gosto de alguns deles, gosto de romances de época - que são recheados de clichês - mas "A linguagem do amor" não é esse tipo. E não é um gênero que eu deteste, mas sempre sou puxada pelos outros. Além disso, gosto de referências mas quando elas são excessivas podem estragar tudo.
    Não fiquei com nenhuma vontade de ler.

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  7. Olá!
    Eu ainda não tive a oportunidade de ler algo da autora, mas gosto bastante de romances clichês. Muitos leitores irão se identificar com a protagonista pois sair de sua cidade natal pra estudar é algo muito comum mas nada fácil. As coisas que a autora explora no livro sao bem interessantes, já criei muita empatia pelo Arthur. Também vejo um problema ético na atitude do professor, me sentiria incomodada também. Um pouco de cultura pop na história não faz mal mas em excesso se torna irritante mesmo.
    Beijos

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  8. Oiii ❤ Eu amo a escrita da Lola Salgado, então é uma pena que esse livro não seja tudo isso que parece, já que minhas expectativas sobre ele eram altas.
    O clichê desse livro é do tipo que gosto, mas é uma pena que não seja como eu esperava.
    Não gosto quando os personagens tomam decisões idiotas, sempre me irrito quando isso acontece.
    É uma pena que o romance seja previsível, pois adoro ser surpreendida durante a trama.
    Que absurdo Adonis dar nota baixa para personagem só para passar mais tempo junto com ela. Quanta falta de ética e profissionalismo!
    Não sei se quero fazer essa leitura, já que parece que eu me irritaria bastante ao fazê-la.
    Beijos ❤

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  9. Poxa, entendi seu ponto de vista em relação ao livro. Pela resenha, teria tudo para dar certo e ser uma història rica e de sucesso, mas pelo jeito a autora fugiu um pouco do foco. Mesmo assim tenho a curiosidade em ler esse livro.

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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