Cidade das Garotas (Elizabeth Gilberth)

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

FICHA TÉCNICA

Nome original: City of Girls
Autora: Elizabeth Gilberth
Tradução: Débora Landsberg
País de origem: Estados Unidos
Número de páginas: 424
Ano de Lançamento: 2019
ISBN-13: 9788556520869
Editora: Alfaguara
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Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 79º livro lido em 2020 e foi Cidade das Garotas (Elizabeth Gilberth). Meu interesse pelo livro surgiu pela autora, que ficou mundialmente conhecida pelo livro Comer, Rezar e Amar, que amo muito. Li 4 livros dela, três de não ficção e um de ficção. O único que não me agradou foi o de ficção, mas decidi ler Cidade das Garotas por curiosidade e já adianto que amei intensamente e ele se tornou um dos meus favoritos de 2020.

O livro nos traz Vivian Morris, uma jovem de 19 anos que não sabe o que quer da vida. Abandona a faculdade e vai morar com a tia Peg no seu teatro decadente chamado Lily Play House. Lá conhece atores, coristas, dançarinas, escritores e grandes estrelas do teatro mundial e ao lado da amiga Celia, se aventura em uma Nova York cheia de festas, bebidas e amor livre.

Vivian não demora muito para integrar a equipe de artistas do teatro com seu talento para roupas. Com sua máquina de costura, ela desenha e constrói figurinos lindíssimos que aumentam o brilho das estrelas e dos espetáculos. Ainda assim, o teatro é pobre e em meio a segunda guerra mundial, mal paga suas contas, mas surge a oportunidade de um novo espetáculo chamado Cidade das Garotas que coloca o espaço dentro da cena artística da noite da cidade que nunca dorme. Conviver com tudo aquilo, dá uma profissão a Vivian, bem como amigos e uma história cheia de aventuras a serem contadas.

Já nos primeiros parágrafos, o livro nos deixa claro que Vivian está contando a história de sua vida para alguém chamado Angela. Não sabemos quem é a destinatária deste relato e por vezes a história é tão fluida e desenvolvida de modo tão natural, que esquecemos que tudo é uma imensa carta, depoimento ou testemunho. Apenas nos capítulos finais temos consciência de quem é Angela e a importância dela para o enredo. Até este ponto eu havia construído muitas hipóteses de quem poderia ser essa personagem, mas errei em todas minhas deduções, o que me surpreendeu positivamente por humanizar ainda mais a protagonista, que a princípio pode ser julgada por ser relapsa, mimada ou inconsequente, mas escreve a sua própria história de forma muito honesta e verdadeira.

A maneira como a autora desenvolve o enredo é tão bem-feita que eu podia ver o palco, ouvir as músicas e assistir as apresentações no teatro, assim como perceber Vivian construindo novos caminhos para sobreviver e encarar novas fases em sua vida.

Como existe um intervalo de tempo bem grande dentro da trama, vemos os diversos cenários políticos nas páginas, com certa discrição porque o objetivo é apenas situar o leitor na narrativa, mas podemos perceber as consequências da guerra, a luta pelos direitos iguais entre homens e mulheres e demais evoluções que as décadas deixaram gravadas no mundo.

A experiência de leitura com esse livro foi muito parecida com a de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo e não estou comparando as duas obras, mas apenas tentando me fazer entender quando digo que o livro é muito bem escrito de maneira que você se apega aos personagens, sofre suas perdas e se sente a melhor amiga da protagonista. 

As páginas finais reservaram algumas lágrimas para mim e ao encerrar a leitura abracei o livro, totalmente satisfeita por ter lido uma história forte, bem escrita e completamente envolvente.

Eu amei!!!

Um pouco sobre a autora: Elizabeth Gilbert Lambiasi nasceu em 18 de julho de 1969 e é uma americana romancista, ensaísta, escritora de contos, biógrafa e memorialista. Seus livros publicados no Brasil são:

    • Comer, Rezar e Amar
    • Comprometida
    • Sobre Homens e Lagostas
    • Peregrinos
    • O Último Homem Americano
    • A Assinatura de Todas as Coisas
    • Grande Magia – Vida Criativa sem Medo
    • Cidade das Garotas


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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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