E Se Fosse a Gente (Becky Albertalli e Adam Silvera)

sexta-feira, 10 de abril de 2020

FICHA TÉCNICA
Nome original: What If It's Us
Autores: Becky Albertalli e Adam Silvera
Tradução: Viviane Diniz
País de origem: Estados Unidos
Número de páginas: 352
Ano de Lançamento: 2019
ISBN13: 9780062795250
Editora: Intrínseca

Oi gente que ama livros, hoje eu venho com a resenha do 23º livro lido em 2020 e foi E Se Fosse a Gente (Becky Albertalli e Adam Silvera). Meu interesse surgiu quando vi que Adam Silvera era um dos autores. Li dois livros do autor que se tornaram favoritos para mim e por isso, mesmo achando a escrita da Becky Albertalli bem mais ou menos, fiquei curiosa pelo enredo.

O livro nos traz dois protagonistas: Arthur, um turista vindo da Geórgia para passar seu verão na grande cidade de Nova York por conta do trabalho de sua mãe, e Ben, morador local que passará suas tão esperadas férias de verão em recuperação e, como se isso já não fosse péssimo, com seu ex na mesma sala. Embora Arthur tenha a plena consciência de sua sexualidade, nunca ficou com ninguém, enquanto Ben teve um relacionamento intenso com Hudson e o namoro terminou de forma dramática. Ben e Arthur se conhecem na agência dos correios quando Ben decide devolver via correio todas as coisas que Hudson havia dado para ele. Arthur se interessa por ele, mas não consegue trocar números de telefone e a partir disso, tenta de algumas maneiras encontrar o garoto dos correios.

Tanto Ben quanto Arthur possuem uma boa configuração de amigos e família. Ainda que tenham coisas bem incisivas em comum, suas vidas diferem em muitos pontos e por isso, quando eles conseguem se encontrar ainda na primeira parte do livro, a relação não flui como esperavam.

Arthur é inseguro e ansioso. Adora estar em Nova York, mas sente saudade dos amigos da Georgia. Ben tem que dividir os melhores amigos com o ex-namorado e isso gera uma série de estranhezas entre eles. Tem um melhor amigo chamado Dylan que muitas vezes roubou a cena completamente e toda vez que Dylan aparecia, eu tinha a impressão que a história era mais dele que dos meninos que formavam o casal.

Uma série de detalhes são inseridos no livro, como a paixão de um deles pelo musical Hamilton e a própria consciência que ambos podem sofrer as consequências da homofobia. Particularidades das duas famílias, uma judia e outra com origens latinas também dão espaço para que temas interessantes sejam explorados, porém, tudo é feito de uma forma bem superficial e o fio condutor da narrativa é o romance que é a verdadeira definição de instalove que eu já encontrei em livros assim.

A voz narrativa é um pouco confusa também. Os capítulos revezam entre Ben e Arthur e é tão parecido que eu precisava me lembrar em qual perspectiva a história estava sendo contada, o que foi bem inconsistente para mim, porque uma vez que os dois protagonistas são bem diferentes e a forma como contar os acontecimentos deveria diferir de forma mais pontual dentro do enredo.

De uma forma geral, o livro não me agradou como eu esperava. Encontrei mais da Becky Albertalli no texto do que do Adam Silvera e me senti um pouco frustrada quanto a isso.

O final do livro é fofo e crível e existe um epílogo interessante, mas, ainda assim, o livro foi um romance instantâneo, chato e em vários pontos, problemático para mim.

Esperava gostar mais!


Um pouco sobre os autores: 
Becky Albertalli é psicóloga, o que lhe proporcionou o privilégio de trabalhar com muitos adolescentes inteligentes, estranhos e irresistíveis, e por sete anos foi orientadora de um grupo de apoio em Washington para crianças com não conformidade de gênero. Mora em Atlanta com o marido e os dois filhos. Seus livros publicados no Brasil são:

  • Simon vs. a agenda Homo Sapiens
  • Leah Fora de Sintonia
  • Os 27 Crushes de Molly
  • E Se Fosse a Gente

Adam Silvera nasceu e cresceu no Bronx. Ele era livreiro antes de entrar no ramo editorial infantojuvenil e já trabalhou em uma empresa de desenvolvimento literário, em um website de escrita criativa para adolescentes e como crítico de romances infantojuvenis e de jovens adultos. Atualmente ele mora na cidade de Nova York. Seus livros publicados no Brasil são:

  • Lembra Aquela Vez 
  • História é Tudo o Que Me Deixou
  • E Se Fosse a Gente
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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