Filme da Vez #111 Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

FICHA TÉCNICA:
Título Original: Birds of Prey (and the fantabulous emancipation of one Harley Quinn) 
Ano de Produção: 2019
Lançamento no Brasil: 06 de Fevereiro de 2020
Duração: 109 minutos
Gênero: Aventura
País de Origem: Estados Unidos
Classificação Etária: 16 anos
Direção: Cathy Yan
Elenco: Margot Robbie, Mary Elizabeth Winstead, Jurnee Smollett-Bell, Ewan McGregor, Rosie Perez
Sinopse: Depois da traumática separação do Coringa, a Arlequina tenta reconstruir sua vida e sua identidade. Sozinha agora, ela se torna alvo de vingança por parte de vários marmanjos que prejudicou. E também vai ficar no caminho do vilão Roman Sionis, buscando enfrentá-lo com outras mulheres, como Canário Negro e a Caçadora.
Oi gente que ama livros, hoje venho comentar com vocês do que achei do filme Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa (Que nome imenso!). Confesso que meu interesse pelo filme era zero, até assistir o trailer na CCXP e ficar maravilhada com o protagonismo feminino no enredo. Não assisti ao filme que precede essa produção, o polêmico Esquadrão Suicida, mas conheço o arco da Arlequina, que merecia um filme dela.

Arlequina é protagonista, narradora e não tem como negar: é um filme sobre ela. A diretora explorou o renascimento da jovem após o término com o Coringa como ponto de partida para outras formas de emancipação que viriam a seguir, como o próprio título declara. Ela se une a detetive que não é reconhecida no trabalho, a justiceira que tenta cravar um nome por vingança e a cantora que foge de seu real poder. Não existem diálogos elaborados que explanem lições de moral, mas as cenas emocionantes e grandiosas levam o enredo do filme a nos mostrar o processo de libertação dessas diferentes formas de abuso.


Aves de Rapina mostra desde o começo a que veio: é uma miscelânea de humor pastelão, cores e um grupo carismático de mulheres empoderadas. A DC mostra ter aprendido a nivelar as expectativas para não correr o risco de entregar fiascos e aceita entregar algo simples, sem grandes promessas e que serve ao propósito de divertir. É um filme “Sessão da Tarde” e não há problema algum nisso.

A instabilidade mental da narradora é explorada por meio de cenas que misturam realidade e fantasia. O que às vezes, de fato, quebra o ritmo e deixa a linearidade um tanto confusa. Assim como a mente da protagonista: nem tudo faz sentido. Mesmo que a confusão possa ter a justificativa de ser intencional, em alguns momentos é cansativo tentar acompanhar ou compreender cenas com saltos temporais e excesso de informação na tela. Não espere um roteiro caprichado e 100% coerente.


No meio de lantejoulas, glitter e explosões, a Arlequina brilha mais uma vez e entrega uma síntese perfeita da psiquiatra desvirtuada. Pegando carona nos holofotes, a detetive Renee Montoya é apresentada ao público. Em Aves de Rapina, sua luta consiste em provar a qualidade e validade de seu trabalho diariamente, cenário familiar para muitas mulheres que assumem posições de liderança em ambientes majoritariamente masculinos. Montoya traz um equilíbrio de seriedade ao filme.

Canário Negro é cantora no clube comandado pelo vilão da trama. Apesar de seu passado não ser visualmente retratado, bastam alguns diálogos para que aqueles que não conhecem a personagem entendam o que a levou se tornar uma lutadora exímia. Gostaria de ver mais do poder de Canário, no entanto, quando a cena enfim acontece, a execução é bem fraca.


A silenciosa e focada Caçadora fica à sombra das demais, apesar de sua imprescindível importância para o enredo. Seu passado já é mais detalhado e explicado, mas sinto que mais tempo de tela lhe cairia bem. Apesar de toda a roupagem da série, a Helena Bertinelli do filme apresenta um teor cômico que a mantém próxima do espírito do grupo.

Já a pequena Cassandra Cain é uma versão totalmente diferente da conhecida nos quadrinhos. Sem a Batgirl como norte, Cassandra vê em Arlequina uma nova inspiração e é o estopim para a explosão da trama e junção das anti-heroínas como grupo. Pode não ser a Cassandra que conhecemos, mas funciona bem dentro das Aves de Rapina de Cathy Yan.


Do lado oposto do grupo está o vilão Máscara Negra e seu ajudante Szasz, uma dupla que também abraça a insanidade e desequilíbrio coerentes à trama. Não há dúvidas do quanto o Máscara pode ser sádico e vil, bem como ridículo e mesquinho, o que funciona muito bem no universo caótico de Arlequina e sua gangue.

Aves de Rapina acerta em cenas de lutas muito bem coreografadas e prazerosas de assistir. São chutes, socos e piruetas: as habilidades acrobáticas da Arlequina são muito divertidas e reais. O time não está unido em tela o tempo inteiro e nem precisa, já que cada personagem se sustenta muito bem sozinha. Arlequina, Canário, Montoya, Caçadora e Cassandra são igualmente fortes quando  sozinhas, mas apresentam uma potência admirável quando se unem e é realmente muito satisfatório ver essa junção funcionando tão bem, de forma natural.

É um filme simples, mas divertido. A emancipação de cada uma é apresentada sem grandes complexidades, mas não deixa de ser significativa. A falta de linearidade, algumas resoluções superficiais e cenas incoerentes podem incomodar, mas há muita diversão no tempo que você fica na sala do cinema se você se permitir embarcar nessa insanidade colorida e frenética.

Eu gostei!!!

Trailer oficial

Comentários
2 Comentários

2 comentários :

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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