Ficha Técnica:
Nome Original: Eu Vejo Kate – A Lua do Assassino
Autor: Cláudia Lemes
País de Origem: Brasil
Número de Páginas: 280
Ano de Lançamento: 2019
ISBN-13: 9786580505012
Editora: Independente
Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 91º livro lido em 2019 e foi Eu Vejo Kate – A Lua do Assassino (Cláudia Lemes). Este livro é o segundo volume de uma duologia e li o primeiro livro em 2015, quando foi lançado pela editora Empíreo. Na época, a minha intimidade com livros de suspense policial era inexistente e este livro abriu meus olhos e meu coração para um gênero que leio cada vez mais. Porém, quando li o primeiro livro, não fazia ideia que se tratava de uma duologia e descobri isso exatamente na época em que a autora iniciou a campanha de financiamento coletivo para o lançamento do segundo volume. Claro que apoiei porque além de ter adorado o primeiro volume, tenho acompanhado o trabalho da Cláudia Lemes e lido seus outros livros, então era imperativo ter o segundo volume em mãos.
Para começar, resenhar este livro sem spoilers do primeiro volume é algo absurdamente complicado, mas me comprometo a tentar fazer isso.
Resumindo o primeiro livro da duologia: o livro nos traz a Kate, uma escritora americana que no momento está muito envolvida em seu novo projeto: escrever a biografia de Nathan Bardel, um serial killer que matou doze mulheres com requintes de crueldade na cidade de Blessfield (cidade natal de Kate) e após ser capturado, foi punido com a pena de morte pelo estado da Flórida. Kate fez uma excelente pesquisa sobre Bardel e ao começar a escrever o livro, recebe a notícia que a editora que publicaria a biografia não está mais interessada no projeto e oferece uma boa quantia para que Kate comece a escrever outro romance, gênero que ela já escreveu antes. Mas Kate está muito envolvida neste projeto, não quer parar de pesquisar, escrever e ignora as orientações da sua agente para interromper a biografia. Segue pesquisando e neste processo de angariar informações, conhece Owen, agente federal que traçou o perfil de Nathan e teve a oportunidade de entrevistá-lo muitas vezes antes da sentença de morte ser executada. Owen e Kate se envolvem quase que automaticamente, porém ambos estão sufocando fantasmas do passado e em paralelo a isso, Kate recebe ameaças para arquivar o projeto sobre Nathan e novas mulheres começam a aparecer mortas. Embora Nathan esteja morto, as mortes possuem as mesmas características das vítimas dele. O livro se desenvolverá em descobrir quem é o novo serial killer e a investigação se estabelece sob a plataforma de que qualquer um pode ser o assassino, inclusive Kate e Owen.
O segundo livro começa cinco anos após os acontecimentos do primeiro e reencontramos Kate com uma nova realidade familiar e alguns adicionais: ela tem que lidar com as sequelas emocionais de toda a violência que sofreu e apesar de ter tentado se preparar para o embate com outro tipo de criminoso, feito aulas de tiros e se preparado fisicamente, ela não sabe como lidar com o fato de que o criminoso do primeiro volume está de volta às ruas.
A escrita da autora é extremamente envolvente e instigante. De um modo fluido, mas muito inteligente, o texto estabelece uma relação de vício intenso com o leitor. É impossível ficar longe do livro e a curiosidade aumenta a cada página virada enquanto acompanhamos os desdobramentos das situações criadas.
Como no primeiro livro, encontramos três vozes narrativas e isso dá um panorama completo para a trama. Conseguimos acompanhar a protagonista, bem como o ponto de vista de outros dois personagens da história. Um é muito relevante e o outro foi uma surpresa bem interessante.
O plote em si me decepcionou um pouco. Senti alguns furos e facilitações narrativas na trama que me desapontaram, porém, o grande trunfo deste livro não é o enredo e sim a maneira como você é inserido em um cenário de perigo e sofre com os personagens conforme a história avança. As descrições, sensações e motivações dos personagens fazem com que você estabeleça uma relação de intimidade com os personagens e é orgânica a maneira como você torce por uns e condena outros.
O final do livro é um tiro de canhão no meio do peito. Eu tinha ouvido e lido algumas pessoas comentando sobre o quanto ficaram surpresas com o desfecho, e me preparei para possíveis baixas, mas preparo nenhum foi o suficiente para me consolar pelo final que a autora deu para essa história. Fechei a última capa do livro e fiquei olhando para o nada, chocada e me perguntando se eu tinha realmente lido aqueles capítulos finais.
Além do poder da escrita, a autora preparou uma edição caprichadíssima para os leitores e este é aquele tipo de livro que dá orgulho ter na estante. Sem dúvida, a autora é profissional dentro do gênero que desenvolve suas histórias e quero seguir lendo seus trabalhos para sempre.
Para quem gosta de suspense policial, a duologia é mais que indicada. O primeiro livro é mais pesado em relação as cenas gráficas de violência e o segundo livro tem uma ênfase mais assertiva nas questões emocionais de traumas psicológicos, mas também há violência física no segundo volume.
Super indico a leitura dos dois livros, tanto para quem aprecia o gênero quanto para quem quer se arriscar fora da zona de conforto.
Muito bom!!!
Um pouco sobre a autora: Cláudia Lemes é brasileira e nasceu em Santos-SP. Cresceu no Rio de Janeiro, onde sob a forte influência da mãe, professora de literatura, tornou-se uma leitora compulsiva. Morou no Cairo (Egito) dos dez aos dezesseis anos. Ao voltar para o Brasil, viveu na cidade de São Paulo e decidiu estudar criminologia por hobby, depois de passar por uma tentativa de assalto. Alguns de seus livros publicados são:
• Eu Vejo Kate – O Despertar de Um Assassino
• Eu Vejo Kate 2 – A Lua do Assassino
• Um Martíni com o Diabo
• Inferno no Ártico
• Cartas no Corredor da Morte
Olá...
ResponderExcluirAdorei a sua resenha!
Ainda não conhecia esse livro, mas, fiquei bastante curiosa para realizar a leitura, principalmente, pelo fato do desfecho ser tão surpreendente assim! Amo livros que consegue surpreender tanto o leitor assim.
Bjo
http://coisasdediane.blogspot.com/
Olá, tudo bem? Já vi falarem do primeiro livro, e parece ser mesmo uma leitura incrível. Não costumo ler livros do gênero, mas pretendo mudar isso, então já vou adicionar a duologia na minha listinha. Adorei a resenha!
ResponderExcluirBeijos,
Duas Livreiras
Olá, tudo bem? Nossa eu to apaixonada nessa nova edição da obra. Infelizmente eu ainda não consegui realizar a leitura, mas ele está na minha lista de desejados e espero ler em breve.
ResponderExcluirUm beijo.
Oi, Ivi!
ResponderExcluirEu devo ter lido o primeiro volume mais ou menos na época em que você leu também, naquela mesma edição da Empíreo. E como você também, comprei esse box com os dois livros no Catarse, mas ainda não tive a oportunidade de lê-lo. Quem sabe consigo ano que vem...
Eu gostei muito do primeiro, mas não sei o que pode acontecer nesse segundo volume. Espero gostar tanto quanto eu gostei do primeiro.
Bjss
http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/2019/12/resenha-mulher-com-olhos-de-fogo-um.html
Oi, Ivi.
ResponderExcluirEu sou super fã de livros policiais e achei essa sua dica bem bacana. Encontro poucos autores nacionais nesse gênero e, mesmo com as falhas que você apontou, acho que vou dar uma chance!!
Beijos
Camis - blog Leitora Compulsiva
Oi, Ivi! Quase não leio este estilo literário, mas estou encantada por sua resenha. Adoro quando o autor nos prende a esse ponto, de maneira que ficamos realmente viciados pela história. Com um final tão forte, tem tudo para ser uma excelente leitura para mim como foi para você! Já quero ler! Beijos!
ResponderExcluirEu estou um tanto louca para ler essa duologia! Já tinha ouvido falar do primeiro livro e ele tinha despertado a minha curiosidade. Fico um tanto angustiada com a violência contida no primeiro volume, pois me pergunto se é algo semelhante aos livros da Karin, como Flores Partidas, que tem uma violência bem explícita e chocante, do tipo que provoca pesadelos.
ResponderExcluirLamento que o plote em si tenha te decepcionado, mas só o que você disse sobre a bomba do final, que te impressionou tanto, já me fez decidir por colocar o livro na lista!
Ei, Ivi!
ResponderExcluirAchei que não conhecia a autora até vê que ela que escreveu Um martíni com o Diabo que é um livro que minha amiga ama e quer muito que eu faça a leitura. Amei o resumo que você fez do primeiro livro, pois assim não ficamos perdidos. Mesmo diante das ressalvas ainda estou bem curiosa com a leitura e para conhecer a escrita da autora. Amo livros policiais ! Amei sua resenha!
Oi, Ivi! Tudo bem?
ResponderExcluirEu não conhecia a duologia e nem a autora, mas fiquei curiosa para conhecer a escrita dela. O primeiro livro talvez seria um problema para mim, por conta da violência. Mas, mesmo assim, sua resenha despertou meu interesse. Uma pena que o segundo livro tenha te decepcionado um pouco em relação a trama, mas que bom que gostou mesmo assim. Já fiquei curiosa para saber que final bombástico foi esse.
Adorei a resenha!
Beijos!
Não conhecia o livro e mesmo achando a premissa interessante, é o tipo de gênero e história que pouco leio, caso tenha oportunidade talvez dê uma chance ao livro, já que gostei bastante de sua resenha!
ResponderExcluirBeijos!
Oi, Ivi! Bem diferente encontrar um livro policial de uma autora brasileira, confesso que foram poucos que já encontrei! Achei a ideia bastante interessante, mesmo o plot decepcionando um pouco. A forma como a escrita envolve o leitor ajuda bem!
ResponderExcluirBjos
Lucy - Por essas páginas