Nome Original: The Mister
Autora: E. L. James
País de Origem: Inglaterra
Tradução: Cassia Zanon, Catharina
Pinheiro, Maria Carmelita Dias e Julia Sobral Campos
Número de Páginas: 432
Ano de Lançamento: 2019
ISBN: 978-85-510-0516-3
Editora: Intrínseca
Depois do polêmico sucesso da autora
com a série Cinquenta Tons, fiquei curiosa para conhecer seu novo livro e como conferir
seriam seus personagens fora do universo de Christian Grey.
Mister tem narração alternada:
começa com Maxim, solteirão disposto a aproveitar a vida, mas os planos mudam
depois que ele assume a posição de conde após a morte do irmão Kit, pois não se
vê preparado para as responsabilidades do título. Há uma atitude de Maxim logo
nas primeiras páginas que me pareceu absurda e desnecessária.
A outra narradora é Alessia,
albanesa e diarista na casa de Maxim. Como era totalmente previsível, Maxim se
sente atraído por ela e os dois se envolvem, porém, ambos escondem segredos e
fatos importantes do outro. Os dois também tem coisas em comum, como o fato de
Maxim compor ao piano e Alessia amar tocar nesse instrumento, afirmando inclusive
que consegue ver cores em cada nota executada. Um ponto positivo do livro é o
fato de Alessia ser natural da Albânia (não lembro de nenhum personagem do país), são mencionados costumes e lugares com direito a descrições detalhadas, além de expressões no idioma albanês.
Como personagens secundários, a mãe
a irmã de Maxim são mencionadas, sem muita importância para o desenvolvimento
da história. Carolina (esposa de Kit) é a única que ganha destaque no início da
trama e pode afetar os planos de Maxim. Por outro lado, uma amiga de Alessia
demonstra preocupação e carinho por ela a todo momento.
O desenvolvimento do livro é bem previsível,
casal típico nesse tipo de romance (Maxim como homem poderoso e traumatizado;
Alessia como mulher simples e humilde que se surpreende por atraí-lo). Os segredos
dela trazem temas que poderiam ter sido melhor explorados, porém, a forma que a
autora os soluciona me causou espanto, quase que incentivando a desrespeitar
leis e procedimentos do país.
Se o desenvolvimento já me pareceu
forçado, o final foi praticamente uma cena de novela de época. Mesmo
considerando as diferenças de costumes entre a Inglaterra e a Albânia, Alessia poderia
ter tomado outra atitude e tornado o desfecho de acordo com uma história
lançada em 2019.
Na minha opinião, a autora tentou
mostrar com este livro um protagonista que se importa com a parceira e faz com
que ela tome as decisões para diminuir a polêmica de Cinquenta Tons, mas faz o
leitor lembrar da série por vários aspectos, como por um dos sobrenomes de
Maxim ser Trevelyan (o mesmo de Grey), ele ter traumas familiares e inclusive
um quarto “secreto”.
Esperava mais, a história me pareceu
“forçada” em diversos aspectos e não me convenceu.
Um pouco sobre
a autora: E L James é ex-executiva de TV e
mora em Londres. Casada e com dois filhos, sempre sonhou em escrever histórias
pelas quais os leitores se apaixonassem. Sua estreia na literatura, a trilogia
Cinquenta tons de cinza, se tornou o maior fenômeno editorial dos últimos anos. Seus livros publicados no Brasil
são:
- Cinquenta Tons de Cinza
- Cinquenta Tons Mais Escuros
- Cinquenta Tons de Liberdade
- Grey
- Mais Escuro
- Mister