Nome Original: Adrift
Autoras: Tami Oldham Ashcraft e
Susea Mcgearhart
Tradução:
Tradução:
País de Origem: Estados Unidos
Número de Páginas: 271
Ano de Lançamento: 2018
ISBN: 978-85-8426-734-3
Editora: Astral Cultural
Esse livro foi uma das minhas
aquisições na Bienal do Livro 2018 e tinha grande expectativa na leitura, por
ser uma história real e por eu estar bem curiosa para conferir a adaptação
cinematográfica dele, pois sempre gosto de ler a história antes de ver o filme.
O livro é narrado por Tami e tem
início em 22 de Setembro de 1983, data em que ela e o namorado Richard Sharp
partem do Taiti em um barco rumo a San Diego, nos Estados Unidos. A viagem ia bem até que os dois são
surpreendidos pelo furacão Raymond e o barco fica à deriva. Os capítulos são
alternados entre passado (paixão de Tami pela liberdade, encantamento pelo mar,
como conheceu Richard e as viagens deles pelo mar) e presente, com a luta pela
sobrevivência, o barco destruído e o racionamento de água e comida durante os 41
dias em que estiveram perdidos no mar.
“- Controle a sua mente, você é seu próprio céu e inferno”. – página 140.
Há vários termos e expressões
técnicas referentes a peças, ferramentas e procedimentos de navegação das que
não fazia a menor ideia, mas foram esclarecidas rapidamente pelo glossário no
final do livro. Há também fotos durante a narração, que enriquecem bastante a
leitura.
“Nós nos sentíamos indestrutíveis; sabíamos que o nosso amor poderia conquistar tudo”. – página 194.
Como eu já esperava, o livro é bem
tenso, dramático e descritivo, mas também demonstra inspiração, força e coragem
dos protagonistas, além de ressaltar a necessidade de preparação e de que cada
um é responsável pelo próprio destino. A passagem deles por várias ilhas é
interessante pela descrição dos costumes: de troca de itens (“escambo”), a
nadar com jamantas e proporcionar felicidade a garotas da ilha por
presenteá-las com batons.
“A primeira coisa que destaco quando faço essas palestras é que não estou contando minha história para assustar nenhum futuro navegante da água azul, mas para encorajar qualquer pessoa que tenha o sonho de navegar. A vida de navegante é completa: cheia de aventuras, aprendizado e diversão”. – página 253.
Fiquei admirada e comovida pela
coragem de Tami, assim como a persistência de Richard. Os últimos capítulos
abrangem as reações e sentimentos de todos os envolvidos, o que eu achei bem
importante, assim como o detalhado epílogo também acrescenta muito ao livro.
Além de persistência e coragem, a
história demonstra a importância de acreditar em si mesmo e na própria
capacidade mesmo quando tudo parece perdido. Recomendo para quem queira ler um romance dramático, em que você se
envolve, fica angustiada e sofre com os protagonistas da primeira à última
página.
Um pouco sobre as
autoras: Tami Oldham Ashcraft
é uma ávida marinheira. Capitã licenciada, ela compartilha suas experiências e
já registrou mais de cinquenta mil milhas ao mar. Atualmente, ela mora com o
marido e a família em Friday Harbor, Washington.
Susea Mcgearhart
é uma escritora freelancer que navega há mais de vinte anos.