Messi (Leonardo Faccio)

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Ficha Técnica:
Nome Original: Messi
Autor: Leonardo Faccio
País de Origem: Espanha
Número de Páginas:
Ano de Lançamento: 2014
ISBN: 978-84-9992-461-8
Editora: Debate
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Como já comentei algumas vezes aqui, meu lugar preferido no mundo é Buenos Aires e como gosto de futebol, acompanho (e torço, reconheço) pela Argentina também. Admiro Lionel Messi e às vésperas da copa do mundo de 2018, quis conhecer um pouco mais da história dele com esse livro, que é dividido em três partes (entre 2009 a 2011) e o epílogo relata o período entre 2012 e 2013.

Nos primeiros capítulos, Messi tem 22 anos e está feliz por ter podido levar a família e a namorada (Antonela Rocuzzo, atual esposa) à Disney, mas se mostra bem introvertido e só é motivado pelos desafios do futebol. Voltando um pouco no tempo, a rotina dura e solitária de treinamento do adolescente Messi em Barcelona é abordada, sua estreia no clube aos 16 anos, assim como aventuras e momentos engraçados com os amigos na infância e adolescência. Messi demonstra gratidão e lealdade a todo momento ao Barcelona, clube que apostou em seu talento, investiu em sua formação e pagou metade de seu tratamento de crescimento. 
“Existem jogadores de futebol geniais que nunca puderam levantar a taça de uma copa do mundo: Di Stefano, Cruyff e nessa época, por enquanto, Messi é  o símbolo da obra genial e inacabada.” – posição 2191.
Ainda assim, não aceita nacionalidade espanhola, escolhe esperar para jogar pela Argentina. Viveu glória com título olímpico argentino em 2008, é o mais jovem eleito melhor jogador do ano em 2009, mas se frustra ao não fazer nenhum gol na copa de 2010.
“A lealdade é um ato de fé que às vezes não é correspondido”. – posição 919.
Messi é admirado e tido como heroi pelos irmãos, mas tem problemas com alguns representantes. O autor buscou relatos de várias pessoas relacionadas a Messi, como amigos de infância, uma professora e também os avós paternos, que declaram não ter ajuda por parte dele ou da família, o que enriquece a leitura.
“Duas décadas depois, esse menino de quem todos lembram pela lentidão, é o primeiro” – posição 862.
Os anos de 2012 e 2013 foram complexos: Messi já não “governa” jogos, mas é responsável por jogadas geniais. O nascimento do filho Thiago em 2012 muda suas prioridades e o faz mais paciente e maduro, inclusive como jogador. A questão da acusação de desvios fiscais também é mencionada, com direito a trechos engraçados, já que algumas pessoas que o esperam do lado de fora do tribunal o defendem e pedem autógrafos.
“Era um líder que exercia em silêncio. Por ações e não por palavras. Vejo que permanece assim”. – posição 139.
A leitura foi interessante, porém, devo ressaltar que ficou nítida a tendência do autor a “defender” o atleta de qualquer situação, o que mesmo sendo fã dele, me incomodou. A versão que li é a atualizada (a anterior foi publicada em 2011) e a inscrição na capa “o mundial de sua vida” fez com que eu esperasse um relato sobre a copa de 2014, já que os argentinos disputaram a final e tiveram sua maior chance de conquistar o título, mas isso não acontece, somente a classificação para a copa é relatada.  

Se no livro publicado em 2014, Messi se sentia em dívida com a Argentina e com ele mesmo por não ter ganho a copa, a dívida permaneceu em 2018 e infelizmente é possível que permaneça para sempre, já que acredito que a copa realizada na Rússia possa ter sido a última em que ele participe.

Recomendo para fãs do jogador, mas esperava mais do livro, não detalhar a expectativa e os jogos da copa de 2014 foi bem decepcionante.


Um pouco sobre o autor: Leonardo Faccio nasceu em Buenos Aires, em 1971. Mora há mais de 10 anos em Barcelona, é editor da revista Etiqueta Negra e trabalhou para a mídia europeia e norte-americana, como El Periódico, La Vanguardia. Premiado com menção honrosa pela Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano de García Márquez, é um dos escritores incluídos na antologia Lo mejor del nuevo periodismo de America Latina II, editado pela FNPI e pelo Fundo de Cultura Econômica. Não era fã de futebol até que começou a acompanhar Lionel Messi.
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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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