Ficha Técnica:
Nome Original: The Truth About Love and Dukes
Autora: Laura Lee Guhrke
Tradução: Thalita Uba
País de Origem: Estados Unidos
Número de Páginas: 320
Ano de Lançamento: 2018
ISBN-13: 9788539825387
Editora: Harlequin
Oi gente que ama livros, hoje
venho com a resenha do 23º livro lido em 2018 e foi A Verdade Sobre Amores e
Duques (Laura Lee Guhrke). Este livro chegou até mim como uma cortesia de
boas vindas da editora Harlequin para selar nosso início de parceria em
2018.
O livro nos traz a inteligente e
independente Irene Deverill, uma jovem de vinte e poucos anos que dirige
o jornal Society Snippets e que através de uma coluna assinada sob o
pseudônimo de Lady True Love recebe cartas de leitoras e lhes dá conselhos
amorosos. Um dia,
ela recebe uma carta de uma senhora viúva dizendo que está apaixonada por um
homem mais moço e mesmo eles sendo de classes sociais diferentes, ela está
perdida de amor. A lady True Love então a aconselha a seguir seu coração. A
questão é que esta senhora apaixonada é a mãe de Henry Torquill, ninguém
menos que um duque e
quando a mãe dele foge de casa para se casar com um pintor italiano, 20 anos
mais jovem e sem fortuna, Henry
culpa Lady True Love pela insensatez da mãe.
Henry é um homem que aprecia as
regras da sociedade e de sua vida privilegiada, acha justo que as classes sejam
de fato separadas e gozem a vida de formas diferentes. Por ele ser um homem
poderoso e de grandes condições financeiras, coloca Irene contra a parede e ameaça acabar com o
jornal dela se ela não convencer a mãe dele a desistir daquele casamento. Irene
se assusta e
sabendo que o sustento de sua casa e o dote do casamento de sua irmã dependem
do seu trabalho no jornal, ela se sujeita a passar duas semanas na casa do
duque com o único propósito de fazer a mãe do duque voltar atrás nas suas
decisões.
O romance é óbvio. Henry e Irene
irão se apaixonar, porém o romance é o pano de fundo para embasarmos dois
personagens muito bem desenvolvidos. Irene é uma mulher definitivamente a frente
de seu tempo, que trabalha, adora sua profissão, acredita na igualdade entre as
classes e que é uma sufragista, ou seja, militante, participante e panfletária
do movimento feminista. Inclusive seu modo de se vestir e de falar é todo
argumentado sobre sua filosofia de vida. Henry não acredita em nenhuma das causas
que Irene defende, porém, tem motivos sérios para desejar seguir com as regras:
foi criado por um pai sistemático que exigia dele a certeza que levaria seu
título com rigor e que cuidaria para que toda a família não se envolvesse em
escândalos ou que permitisse que a evolução dos tempos acabasse com as
tradições.
A interação do casal é muito boa,
a começar do antagonismo. As discussões são inteligentes e rápidas e a cada
resposta que Irene dava para o duque a fim de mostrar o quanto ele era
retrógrado, eu dava um grito de satisfação como se meu time de futebol tivesse
feito um gol. A parte romântica do livro é gradual, sem pressa e um começa a se
interessar pelo outro pela admiração. Henry admira o fato de Irene ser forte o
suficiente para defender seus ideais, mesmo em uma sociedade machista. E Irene
acha maravilhoso o fato de Henry cuidar tão carinhosamente da família.
A maneira como a autora nos
convence que Henry e Irene precisam ficar juntos é baseada em respeito e a
única coisa que pode interferir em um final feliz é o fato de que ambos são
extremamente inflexíveis.
A única coisa que me incomodou um
pouco na leitura foi que a problemática principal do enredo, Irene precisar convencer a
mãe de Henry a não se casar com seu grande amor, é deixada de lado no livro e
de certa forma, não é resolvida com a atenção que merecia, uma vez que foi este
conflito que acabou por unir o casal.
Salvo isso, a leitura foi muito
boa. A narrativa traz um humor leve e bem fluido. Não é um livro para gargalhar
como vemos em outras histórias do gênero, mas também não é dramático, ainda que
os personagens principais tenham uma boa carga de sofrimento em suas histórias
de vida. Os personagens secundários são ótimos também. A mãe de Henry é uma
mulher que sofreu no primeiro casamento, mas educou os filhos com amor e
carinho e apenas quer uma segunda chance para viver um amor pleno ao lado de
outro homem. A irmã de Irene é maravilhosa, sabe o quanto o jornal é importante
para ela e está disposta a ajudar no que for preciso para que Irene não seja prejudicada, ainda
que seu desejo pessoal seja se casar e fazer parte da sociedade, coisas que
para Irene não são importantes.
Enfim, eu gostei bastante do
livro porque com uma escrita leve e fluida, a autora nos trouxe uma história
original com romance, sensualidade e com uma personagem que nos inspira ao
feminismo de forma inteligente e prática.
Para quem gosta de romance de
época, tem todos os elementos que o gênero exige e com uma dose simpática de
reflexão no texto, o que sempre é agradável de encontrar, ainda que seja uma
leitura de entretenimento. Recomendo a leitura para quem gosta do gênero e para
quem quer começar a conhecer melhor este tipo de romance, as vezes negligenciado
na literatura contemporânea. Este livro aqui merece um lugar especial na sua
lista de leituras.
Eu amei!!!
Um pouco sobre a autora: Desde
a publicação de seu primeiro livro, LAURA LEE GUHRKE tem recebido muitos
elogios e excelentes críticas, tanto pelas histórias que narra como por seu
estilo. Ela já recebeu o prêmio mais prestigiado do gênero, o RITA Award,
concedido pelo Romance Writers of America. Escreve para veículos como Romance Writers Report, The British Weekly e
Irish-American Press. Laura vive em Idaho, nos Estados Unidos, com seu
labrador Sam, que adora correr atrás de bolas de tênis e escavar o jardim. No
Brasil, A Verdade Sobre Amores e Duques é o seu único livro publicado.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi.
ResponderExcluirEstou apaixonada por romances de época nos últimos tempos. E adoro quando eles trazem alguma dose de reflexão, mesmo que sejam mais voltados ao entretenimento.
Amei essa frase da sua resenha: "As discussões são inteligentes e rápidas e a cada resposta que Irene dava para o duque a fim de mostrar o quanto ele era retrógrado, eu dava um grito de satisfação como se meu time de futebol tivesse feito um gol."
Com certeza parece um livro que eu adoraria ler.
Beijos.
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirRecebi esse livro e estou ansiosa para ler. E como amo romances de época, mal vejo a hora. Estou feliz que a Harlequin esteja investindo tanto em boas historias. Eu ADORO a Laura, de verdade. Ela é uma das melhores autoras de romances que conheço. Amei a resenha, quero me empolgar assim também! Beijos
Gosto da premissa desse livro e a algum tempo ele está na minha lista de desejados. Acredito que seja bem humorada relação entre Irene e Henry, ainda mais sabendo que são personagens tão bem desenvolvidos, sem dizer que o fato do romance acontecer de forma gradual me agrada muito. Mesmo com sua ressalva sobre a problemática principal do livro eu quero ler e fico feliz em saber que você gostou da leitura.
ResponderExcluirAbraços.
https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/
Olá, como vai?
ResponderExcluirAdmito que inicialmente o livro não me chamou a atenção por parecer aquelas velhas histórias de amor em que as "conselheiras" nunca tinham o seu próprio par, mas ajudavam outras a ter. Porém, ao continuar lendo percebi como a historia de repente parecia cativante e inovadora. A estrutura desta me remete um pouco a série "A Seleção" da autora Kiera Cass por se tratar de romances envolvendo a plebe e a realeza. Me interessei muito pelo enredo e principalmente pela parte na qual cita suas personagens "inflexíveis. Adoraria ver como se desenrola esse romance inusitado é como ele fluiria de acordo com a história, com certeza é um livro que vai diretamente para a minha lista.
Abraços.
Olá, ficou ótima a sua resenha. Também já li esse livro e curti bastante a interação do casal, senti falta de um aprofundamento maior na questão do casamento da mãe do mocinho, mas quem sabe o próximo volume da série ainda nos traga algo sobre isso.
ResponderExcluirOi Ivi!
ResponderExcluirA Ana do blog foi quem recebeu esse livro pra ler, mas ainda nao leu. A premissa parece bem interessante, ainda mais por ter uma mulher mais velha se casando. Isso era um tanto escandaloso para a época.
Fico feliz que tenha gostado da leitura, ainda não sei se vou ler ou não, mas eu fiquei bastante interessada no livro por causa do relacionamento dos personagens principais.
Beijinhos
www.paraisoliterario.com
Oie!
ResponderExcluirComo eu adoro um romance de época, com certeza vou gostar dessa leitura. adoro quando a narrativa tem esse toque divertido, que alegra o leitor.
Já estou anotando essa dica para conferir futuramente, com certeza vou gostar muito dessa leitura.
Bjks!
Histórias sem Fim
Olá!
ResponderExcluirEstou bem curiosa com esse livro. Vi bons comentários e lendo sua resenha fiquei ainda mais animada com o desenrolar proposto para os personagens. Sendo romance de época certamente vou amar.
Beijos!
Camila de Moraes
Olá! Tudo bom?
ResponderExcluirEu já li esse livro e gostei bastante, o drama principal que no caso é o da mãe dele eu não gostei, principalmente pq tinha todo o auê da herança e isso não me convenceu e conquistou em nada. De fato a narrativa é bem fluida e conquista. O livro merece mesmo um lugar especial! Adorei a resenha ❤️
Beijos
Oii Ivi, tudo bem?
ResponderExcluirQue resenha maravilhosa, esse livro é uma delicia, eu simplesmente amei. Já está no topo da lista de livros favoritos desse ano.
Eu adorei a Irene, mocinha forte, determinada e que não dá o braço a torcer. O Lord Torquil é o perfeito oposto dela, um cavalheiro super fino. Amei o contraste entre os dois.
Sem palavras para descrever meu amor por esse livro lindo. Quero mais livros da Laura por aqui.
Bejinhos Mary
Oi Ivi,
ResponderExcluireu já disse que sou completamente apaixonada pelos seus textos? Caso não tenha dito, saiba que sou. Sempre concisa e direta. Vai parecer clichê mas espero algum dia ter um terço desse seu talento. Quanto ao livro já havia lido vários elogios a esta protagonista, exatamente por ela ser tão a frente do seu tempo e engajada ao movimento feminista, estou bem curiosa por essa leitura que inclusive está na minha TBR desse mês.
Abraços!
Nosso Mundo Literário