Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 19º livro lido em 2015 e foi A LISTA DE BRETT (Lori Nelson Spielman). Estava com saudade de ler um ChickLit e acreditei que este livro seria uma boa solução para isto.
O livro nos traz Brett, uma mulher de 34 anos que acaba de perder a mãe para um câncer. Brett e a mãe eram grandes amigas e além disso, Brett admirava muito a mulher que lhe deu a vida. Elizabeth, a mãe de Brett, foi um a mulher que com muito trabalho, construiu uma sólida e lucrativa empresa de cosméticos e Brett sendo a filha caçula, uma vez que seus irmãos já possuíam suas vidas estabilizadas, todos acreditavam que ela herdaria a presidência da empresa da mãe, porém quando ela e os irmãos se reúnem para a leitura do testamento, o bonito e eficiente advogado Brad Midar avisa que Brett só terá a sua parte na herança se cumprir determinadas metas.
Essas metas foram criadas pela própria Brett quando ela ainda tinha 14 anos e escreveu uma lista de coisas que gostaria de fazer. O tempo passou e ela esqueceu aquela lista de sonhos estranhos que incluíam ter um cavalo ou ajudar os pobres.
A lista também tem metas bem audaciosas como ser mãe e se apaixonar e Brett tem exatamente um ano para cumprir cada item. A principio ela se revolta com a decisão da mãe, mas com a ajuda de Brad, ela aceita o desafio de recuperar sua herança e assim, passo a passo, vemos Brett amadurecer e entender que cada uma daquelas coisas na lista eram fundamentais para que ela fosse uma mulher feliz.
Brett é uma protagonista maravilhosa. As vezes imatura e insegura, mas com qualidades tão críveis que é impossível não enxergar um pouco de nós na personagem. Ela se obriga a deixar a comodidade de uma vida tranquila e em função do desejo da própria mãe, muda sua vida radicalmente e se descobre em realidades que antes ela jamais imaginaria que a fariam feliz.
O livro foi uma leitura deliciosa para mim. Não se trata de nada profundo e reflexivo, mas também não possui aquelas características comuns de livros do gênero comédia romântica. Não me vi dando gargalhadas e nem me chocando com alguma frase de efeito bem construída, mas ainda assim, o livro é ótimo. A história se desenvolve de forma gradual e de uma meta para outra, torcemos sem parar para que a Brett além de recuperar sua herança, se torne uma mulher feliz e satisfeita consigo mesma.
O livro traz aquele tipo de narrativa leve, mas consistente e que satisfaz o leitor. Desenvolvido em primeira pessoa, entramos na cabeça de Brett e partimos para a execução de suas tarefas com medo, mas com determinação.
Eu gostei demais da leitura e confesso que economizei as últimas páginas para que a Brett e suas aventuras não me abandonassem e de certa forma, o livro me fez pensar em mim mesma e nas listas que um dia eu já fiz, considerando cada item como se fosse fundamental para minha felicidade. Consigo lembrar de algumas coisas que aos 14 anos eu considerava importantes e no quanto eu estaria enrolada se tivesse conseguido... rs
Enfim, se trata de uma leitura leve, boa, original e com um desfecho digno de algumas lágrimas de alegria. Amei a escrita da Lori Nelson e vou caçar mais algumas coisas dela porque realmente suas características me conquistaram.
Recomendo para quem gosta de ChickLit onde o romance não é o foco central. O livro é uma delícia nestes aspectos.
"— Porque você não está apaixonada por ele.
Eu desvio o olhar.
— Mas devia estar. Talvez se eu tentar, me esforçar mais um pouco, der mais um tempinho pra nós dois...
— O amor não é um teste de resistência."
Um pouco sobre a autora: Lori Nelson Sipelman é uma escritora americana e atualmente mora em Michigan com seu marido e um gato muito educado. Antiga palestrante para o curso de patologias e antiga guia conselheira, ela atualmente trabalha como professora particular para estudantes de baixa renda. Lori adora correr, viajar e ler, apesar de que sua verdadeira paixão é a escrita. Ela gasta seus invernos amaldiçoando os deuses do inverno no Michigan, e seus verões velejando as gloriosas margens do lago Michigan. A LISTA DE BRETT é o seu único livro publicado no Brasil.