Making Faces (Amy Harmon)

terça-feira, 9 de setembro de 2014

 

Oi gente que ama livros, hoje venho com a resenha do 40º livro lido em 2014 e foi MAKING FACES (Amy Harmon). Nunca tinha ouvido falar na autora e muito menos no livro, mas ao ler a sinopse fiquei encantada e não pensei duas vezes em começar a leitura. A capa deste livro nos leva na onda de protagonistas marsculinos perfeitos e invencíveis, entretanto o livro nos conta outro tipo de história.

O livro nos traz a pequena cidade de Hanna Lake no interior dos Estados Unidos e seus jovens cheios de amor e vida. Ambrouse é um rapaz muito bonito, além de um bom aluno e a esperança da cidade para que seja um lutador profissional de wrestling. Ele é disciplinado e com um talento natural para o esporte, ele treina com alegria juntamente com mais quatro amigos que o acompanham desde a infância. Por ser bonito e bem sucedido nos esportes, encontramos aquele clichê: Ele é um rapaz popular entre as meninas! É admirado e desejado. Em contrapartida temos Fern e Bailey. Fern é a menina sem graça, feiosa que se esconde na sua timidez e insegurança. Ela no secreto do seu quarto, lê livros românticos e sonha em um dia se tornar uma escritora conhecida pelas histórias de amor que ainda irá contar. E também conhecemos o Bailey que é o primo de Fern, um garoto que tem distrofia muscular, que entrou na adolescência já em uma cadeira de rodas e que precisa da ajuda de todos ao seu redor para as atividades mais corriqueiras ao ser humano, porém Bailey possui um bom humor invejável e uma sinceridade deliciosa, o que faz dele um coadjuvante digno de destaque.

Quando todos já estão prestes a terminar o ensino médio, os Estados Unidos é atacado pelos terroristas em 11 de setembro de 2001 e após este evento, Ambrouse decide abrir mão da carreira como atleta e seguir para a guerra. Ele acaba convencendo os amigos a acompanhá-lo na paixão de lutar pelo seu país, mas o que ele não imaginava era que o caos da guerra mataria seus amigos e Ambrouse retornaria à Hanna Lake sozinho e terrivelmente deformado. A bomba que levou a vida dos amigos deixou marcas irreversíveis no rosto de Ambrouse e quando ele volta para casa, além da culpa que o assola o tempo inteiro pela morte dos companheiros, ele ainda sofre com o horror de não se reconhecer no espelho.

A partir disso o desenvolver da história é previsível. Fern e Ambrouse irão se envolver, mas ambos não acreditam que merecem o amor um do outro. Fern por possuir uma auto estima negativa e Ambrouse por achar que ela só está com pena dele e orbitando na história do casal, temos Bailey ajudando os dois.

Eu adorei a premissa do livro, bem como a maneira como a história do casal amadureceu ao longo das páginas. A maneira que a autora desenvolveu os seus personagens na medida certa sem fazer de nenhum deles um grande herói e embora eu soubesse que seria óbvio os dois terminarem juntos, a forma como ela fez isso acontecer foi realmente sensível.

Além do romance, temos Ambrouse superando a culpa pela morte dos amigos e Fern descobrindo em si mesma que sua aparência física era apenas um detalhe. Apesar da autora manter uma certa melancolia para falar sobre amor, amizade e perdão, temos ainda momentos divertidos com os amigos de Ambrouse e com Bailey e em várias partes do livro, eu me vi dando risada de determinadas sitiações.

O livro ainda tem um certo toque cristão sem ser apelativo. Discretamente fala de fé e da forma como muitos de nós não conseguimos entender ou aceitar as contingências da vida. Não tenta doutrinar o leitor, mas abre brechas interessantes para algumas reflexões. Eu particularmente detesto este tipo de abordagem, mas no livro é colocado de uma forma tão suave que em nada me incomodou.

Recomendo o livro para os românticos inveterados. Indico a leitura para aqueles que gostam de uma boa história de amor temperada com uma dose de drama. Tenho quase certeza que leitores deste gênero irão amar a narrativa, se envolver com os personagens e ainda irão refletir sobre os temas abordados.
"A verdadeira beleza, aquela que não se desvanece ou lava, leva tempo. Toma a resistência incrível. É o gotejamento lento que cria a estalactite, o tremor de terra que cria montanhas, o constante bater das ondas que quebram nas rochas e suaviza as arestas. E da violência, o furor, a fúria dos ventos, o rugido das águas, emerge algo melhor, algo que de outra forma, nunca existiria." 
 
Ívi Campos
 
Amy Harmon é uma escritora americana que atualmente está marcando presença nas listas de livros mais vendidos do Today e New York Times. Além de escritora, é professora e palestrante motivacional. Atualmente ainda não temos nenhum livro dela publicado no Brasil.


Comentários
7 Comentários

7 comentários :

  1. O livro não é apelativo, mais sim, completamente inspirador, é uma lição de Vida. Lindo Lindo *--*

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  2. Li esse livro por sua indicação e amei, é lindo, os personagens cativam. Amei, obrigada pela dica. Bjs

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  3. Olá Ivi!! Drama e romance eu amo!! Ainda não conhecia este livro, mas depois de conferir sua resenha foi o suficiente para despertar meu interesse desta trama que deve ser rica de lições e ensinamentos!Ótima dica!!
    Mil beijos!!

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  4. Ainda não conhecia o livro, me apaixonei pela resenha...
    vou começar a ler o mais rápido possível...
    adorei a dica...

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  5. Pela capa achei que seria um y.a adult(acho que é esse o nome do gênero)mas percebi que é um livro inspirador,com personagens tocantes,só que não me chama muita atenção livros assim,pode parecer um absurdo por mais pequeno que seja a mensagem de superação que o livro tenta passar não gosto

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  6. Não tipo de livro que gosto !
    Mas achei a autora soube trabalha bem com personagens
    e deixando as historia mais real possivel

    BLOG- http://b-maluco.tk/
    INSTAGRAM-> http://instagram.com/blog_maluco
    WEHEART- http://weheartit.com/Gikura_Viey

    Ficarei feliz em receber sua visita em meu Blog. Obrigada

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  7. Além do livro, gostei de conhecer mais sobre a autora!
    Agora fica a expectativa de termos os livros dela por aqui.

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Ivi Campos

47 anos. De todas as coisas que ela é, ser a mãe do André é a que mais a faz feliz. Funcionária Pública e Escritora. Apaixonada por música latina e obcecada por Ricky Martin, Tommy Torres, Pablo Alboran e Maluma! Bookaholic sem esperanças de cura, blogueira por opção e gremista porque nasceu para ser IMORTAL! Alguém que procura concretizar nas palavras o abstrato do coração.




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