E o livro NAS ASAS DA BORBOLETA está completando o seu primeiro aniversário de publicação e eu convidei a Laís Caparroz para resenhar o livro para o blog. A Laís além de ser uma das minhas melhores amigas e sem sombra de dúvida, uma das pessoas mais maravilhosas que eu conheço, foi uma das pessoas que leu o livro em seu estado mais cru, no original, com anotações a caneta e cheio de erros. Espero que gostem da resenha e quem sabe não rola um sorteio do livro...
Quando li NAS ASAS DA BORBOLETA pela primeira vez, não sabia o que esperar. Li com
muita ansiedade, afinal era o primeiro livro da minha grande amiga
Ivi. Em menos de 18 horas eu ri e chorei com a Natália e o Henrique.
Agora, pela terceira ou
quarta vez, reli o livro a pedido da Ivi pra fazer essa resenha
comemorativa. Toda vez que leio eu me sinto encantada novamente com
os detalhes, descrições e conflitos, como se fosse a primeira
leitura.
Pra quem ainda não leu,
a obra traz a história da Natália, ou Nat para os íntimos, desde
sua infância até a vida adulta. Parece clichê, não é? Mas não
é. O livro traz os conflitos de Natália com ela mesmo, com a mãe,
com o amor e com a amizade. A história começa no dia do casamento
da Nat com o Victor: neste momento ela acredita que é a realização
de um sonho. Mas ela acorda para a grande realidade da vida: que tudo
acaba um dia, ou pelo menos quase tudo. O casamento enfrenta
dificuldades por conta de uma mentira entre o casal e não suporta a
pressão. Quando se vê sozinha depois de tanto acreditar no amor
que sentia por Victor, tudo que Natália deseja é ser mãe. Mas,
novamente, outros obstáculos aparecem. A partir daí, a vida dela
vira de pernas pro ar. Com a intenção de se "encontrar", nossa
heroína vai para Portugal e outros lugares da Europa, e lá, longe
dos amigos - do grande amigo - da família e do trabalho, descobre
grandes verdades a seu respeito. O final do livro (obviamente não
falarei sobre os detalhes) é a chave da trama. Fui mais do que
surpreendida pela Natália e suas escolhas, assim como pelas suas
renúncias.
O livro traz um estilo
de escrita leve e fácil de se envolver. Muitos conflitos de cunho
filosófico pessoal são debatidos entre a narradora e o leitor, e
isso é algo que me cativou desde o começo da leitura.
Eu sou relativamente
suspeita pra falar sobre essa obra, porque se o livro é "filho"
da Ivi, então ele é meu "sobrinho", mas eu sou uma leitora
quase compulsiva que não se deixa envolver por qualquer texto, mas
NAS ASAS DA BORBOLETA me toca no íntimo, na vontade de realizar
meus sonhos no amor e na maternidade e me dá esperança pra não
desistir, mesmo quando tudo parece não querer dar certo.
Coisas que eu adoro
sobre a obra:
As comparações da
autora, que por ser minha amiga íntima fazem todo sentido pra mim,
para descrever os personagens como, por exemplo, quando ela cita Tom
Welling ou o Orlando Blomm. (Se você não os conhece, pesquise,
garanto que não vai se arrepender...)
As descrições de
Portugal, dos locais da Europa por onde a Nat passeia, porque eu sei
que a Ivi nunca foi lá, mas lendo o livro parece que eu estou
andando por aquelas ruas e vendo as árvores e os prédios.
Os conflitos da Natália que são tão meus, nossos, de qualquer outra mulher, mas ao mesmo tempo tão novos e
revolucionários por serem vividos de forma tão aberta.
Quotes escolhidos:
"Sempre tive uma
intimidade imensa com as lágrimas. Fui uma criança muito chorona,
uma adolescente muito chorona e era sim, uma mulher chorona demais. A
maturidade não secou minha fonte de lágrimas e nem entupiu minhas
glândulas lacrimais. Qualquer coisa me fazia chorar e isto não quer
dizer que eu banalize as lágrimas, mas quando eu choro, me sinto
indo de encontro a solução do que está me afligindo de verdade.
Claro que chorar não traz a solução dos problemas, mas nunca fui
de segurar as lágrimas, sempre me joguei de corpo e alma no rio de
água salgada, me afogando na emoção do momento para me refazer
depois. Sinceramente acho muito estranho que pessoas sintam vergonha
de chorar, que reprimam a emoção com vergonha, medo ou qualquer
outro motivo. Eu não, eu choro mesmo. E ali, mesmo com o rosto todo
perfeito em cores e traçados da maquiagem, deixei as lágrimas
fazerem seu trabalho, seguirem seu percurso, lavarem não só meu
rosto, mas meu coração." Página 37
"Por um lado isto é
lindo. Ela não queria depender de mim, não queria me explorar e
isto tem seu brilho, mas a verdade é que minha mãe nunca quisera
ficar comigo pra valer. Sentia-se responsável por mim, lutou muito
para que nada me faltasse, mas eu era a prova viva do seu fracasso
como mulher. Eu era a filha do casamento mal sucedido. Eu era a filha
do alcoólatra infeliz que a subjugara como mulher e ser humano. Eu
era o peso, ou o castigo, por ter se casado com um inútil. Acho que
toda vez que ela olhava para mim, e via meus olhos, enxergava os
olhos do meu pai e isto a incomodava. Eu não tinha coragem de
confrontá-la, perguntar diretamente porque ela gostava de ficar tão
longe de mim, tinha medo de ofendê-la, então, nossas conversas eram
triviais, as vezes eu tinha a impressão que éramos estranhas uma
para a outra, que sermos mãe e filha, fora um erro burocrático na
reprodução humana." Página. 75
"Fiquei ali na janela e
senti as lágrimas descerem pelo meu rosto e chorei por um tempo.
Acabava ali aquele desgaste de tentar ser filha, de ter uma
referência de homem em minha vida. Nunca precisei dele e nada iria
me convencer que eu deveria cuidar dele." Página 81
"[...] porque ás vezes
fico delirando, achando que se ficar perto de uma grávida, a minha
gravidez se aproximará e logo serei eu a fazer poses no meu
próprio estúdio. É ridículo, eu sei, gravidez não é
algo contagioso... Que pena." Página 83
"Tudo aconteceu de
maneira cadenciada, triste e sombria. Acho que nem se eu tivesse
usado o batom mais poderoso do mundo ou a roupa mais
espetacular da história das grifes, eu teria me sentido
melhor no dia em que nos pusemos na frente de um juiz com o
objetivo de legalizar o fim do amor do Victor por mim. Como se de
fato existissem leis que abrandassem a dor que queimava meu coração.
Como se a justiça pudesse fazer alguma coisa para amenizar a agonia
que eu alimentava dentro de mim por ter fracassado não somente como
esposa, mas como mulher." Página 88
"-Você está querendo
dizer que eu não estou pronta para ser feliz ou pronta para ser mãe?
-Não, eu estou dizendo
que não é sendo mãe que você vai ser feliz, para ser mãe, você
já tem que ser feliz." Página 107/108
"Levei comigo na
bolsa um livro para ler. E o devorei nas primeiras 5 horas de
voo. Não era um livro fininho, pequeno e cheio de gravuras, era um
livro de quase 800 páginas, um romance irlandês cômico que me
fez rir, e me fez companhia durante o primeiro trajeto da viagem." Página 114
Eu poderia escrever
muito mais sobre esse livro, mas resenha não é ensaio certo? Então,
paro por aqui, com esses quotes da obra que mexem muito comigo.
Finalizo parabenizando
a Ivi por sua criatividade e empenho, tanto como escritora, como
também como mãe e mulher batalhadora. Hoje, essa obra completa seu
primeiro ano, e eu desejo muito sucesso e muitas vendas, porque o
livro é realmente bom.
Quer adquirir o livro? Aqui!
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Novamente, foi uma honra fazer essa resenha... Vc merece tdma sucesso Ivi ...
ResponderExcluirTe amo
Xoxo
Parabéns, pelo niver de um ano do livro e parabéns pela resenha Laís, vc conseguiu trasmitir toda sua paixão pelo livro e seu amor pela autora.
ResponderExcluirO livro é realmente muito bom, vale a pena ler, tirei muitas lições e o final é lindooooooooooo.
Bjs
Oi Ivi, parabéns pelos aniversário do livro! A resenha do livro ficou ótima... Me deu muita vontade de ler!
ResponderExcluirAbraços, Isabela.
www.universodosleitores.com
Parabéns pelo niver do livro :]
ResponderExcluirMe apaixonei pela estória, gosto desse tipo de tema
leve e descontraído, e que me faça sorrir ... onde a
principal não vive num mar de rosas, mais sim
com uma vida bem parecido com a vida real!
http://soubibliofila.blogspot.com.br/
Parabéns pelo aniversário do livro Ivi *-*
ResponderExcluirAdorei os quotes que tem na resenha, já dá pra ver que é bem divertido! Que bom que vai ter sorteio iria adorar ler ele.
Beijos :)
Parabéens pelo primeiro aniversário do livro Ivi :)
ResponderExcluirEu fiquei muito curiosa para ler o livro, ainda mais que se passa na Europa e como eu nunca fui para lá também, eu quero imaginar. A história dos conflitos da Nat me deixaram com um gosto de quero ler agora, neste momento!
Parabéns pelo primeiro aniversário, hehe :)
ResponderExcluirParece ser um enredo bem interessante, o ruim agora é encaixar mais livros nas filas de leituras que temos KKKK Mas sempre tem um jeitinho né?
Interessante, esse eu vou ler.
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